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O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

A Corte de Névoa e Fúria é segundo livro da trilogia Corte de Espinho e Rosas da Sarah J. Maas. Na boa, eu AMO a escrita dela e suas coleções e trilogias são incríveis. Sem contar com as lindas capas. Eu estava numa ansiedade tão grande por esse livro que parei tudo que estava lendo assim que pus as mãos nele.

Só acho que esse segundo livro deveria se chamar: “Os 658 motivos para AMAR MAIS O RHYSAND”. Quando fui apresentada ao personagem no primeiro livro tive uma visão de bad boy que vivia sobre sua própria agenda e em prol do seu próprio benefício, o que não foi ruim, longe disso, mas eu acabei esse novo livro com uma visão totalmente diferente.

Maas trabalha muito bem essas nuances em seus personagens quebrados. Quem poderia imaginar que o Grão-Senhor Feérico da Corte Noturna, na verdade é um homem muito altruísta que luta por seus amigos e família. Ok Ok, o Rhys não é perfeito. É muito intenso e a máscara que ele vende para o mundo não condiz com o seu verdadeiro eu. #muitoamorenvolvido

Após libertar a todos Sob a Montanha e ser refeita, Feyre se partiu por inteira, seu interior estava rasgado e tinha pesadelos constantes relacionados a tudo que passou. Por mais que tivesse junto com o seu noivo nada era mais o mesmo, ela não tinha paz de espirito e a super proteção dele ao invés de ajudar só a aprisionou e a destruiu mais e mais. A relação deles se tornou abusiva acabando em um amontoado de situações desastrosas.

Numa visão bem simplória da coisa, seguindo essa referência ao conto da Bela e a Fera, a reviravolta foi absurdamente grande. Tamlin que para todos nós era a nossa “Fera”, literalmente, nada mais era que o Gaston cara. Nunca um personagem caiu tanto no meu conceito como ele. Entendo que o Grão-Senhor da Corte Primaveril deveria lutar pelo amor de quem ele ama, mas há formas e formas de fazer isso. Tomou atitudes questionáveis e imaturas. O próprio Lucien se perdeu um pouco nesse livro.

Enquanto Tamlin optava por não contar nada a Feyre e deixa-la no escuro, Rhys mostrou a real situação do Prythian, a guerra eminente e a política das cortes. Exatamente por isso tivemos um crescimento enorme da personagem, já no primeiro livro ela tinha se mostrado forte e determinada, mas nesse por conta de todo o sofrimento Sob a Montanha e toda essa carga emocional o amadurecimento foi de dentro pra fora e continuo durante o livro. Não foi uma coisa rápida e sem sentido foi de pouquinho em pouquinho e com seus altos e baixos.

Essa perspectiva artística que tanto frisei na primeira resenha continua dando uma intensidade e sensibilidade a narrativa.  A Feyre conhece novas cortes suas peculiaridades, estilo de vida e comportamento e isso também agrega muito nessa visão lírica desse novo mundo. Como todo bom pintor há os momentos depressivos e interiorizados e aqueles que as cores e as formas transbordam significados e paixão.

Conhecemos novos personagens: Mor, Cassian, Azriel e Amren. É muito difícil saber de quem você gosta mais.  Todos tem passados complicados, mas que não deixaram se abater por eles e construíram entre si uma amizade quase família.

Nessas 658 páginas não tem só a guerra e os conflitos internos e externos, mas também o amor e o relacionamento. Com momentos viscerais e carnais e momentos sutis que um olhar ou uma atitude dizem mais do que qualquer coisa. É uma história com uma mitologia rica em detalhes e belíssimos cenários. Estou aqui ansiosíssima pelo último livro e nem ligo se tiver 1000 páginas, pois vale muito a pena a leitura.

Trilogia Corte de Espinho e Rosas:

Coleção Trono de Vidro:

 

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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