Gabriela é funcionária do luxuoso Resort “Sun & Sea”, em uma paradisíaca cidade do Nordeste brasileiro. Ela vive para o trabalho e leva uma vida tranquila e estável. É uma garota tímida, vinda de uma cidade do interior. Teve uma criação bastante rígida e severa por parte de seu pai. Muito esforçada, formou-se em hotelaria com muita luta e dedicação. Avessa à tietagem, jamais se imaginou tendo um relacionamento, mesmo que passageiro, com qualquer uma das celebridades que já se hospedaram por lá.
Sam Williams é um ator inglês. O mais novo queridinho de Hollywood. Após uma intensa jornada de trabalho devido ao lançamento, quase simultâneo, de dois filmes e uma série de TV, os quais ele protagoniza, resolve aceitar o convite de um amigo para passar uma temporada num Resort no Brasil. Sam nunca se envolveu com nenhuma garota que não fosse do seu meio de trabalho, por acreditar que sua fama e dinheiro atrairiam pessoas interessadas em se promover através dele. Além do mais, as atitudes de algumas fãs obcecadas o assustam um pouco.
Até que numa casa noturna os destinos se cruzam. Gabriela e Sam descobrem o poder de uma “Incontrolável Atração”!
Um esbarrão… Um olhar… Aquele olhar… E tudo muda…
Primeiro comentário que me veio à cabeça quando recebi este livro com a finalidade de resenhá-lo, foi com relação à diagramação: que livro leve! Nunca havia visto um livro com mais de duzentas páginas (251, para ser exata) e tão fácil de carregar! Numa época onde a correria diária nos obriga à comumente ler em ônibus ou demais transportes coletivos para não se abandonar o hábito da leitura, este passa a ser um pronto pragmático importante a ser mencionado numa resenha. Até porque, já penei tendo que carregar livros mais finos e curiosamente mais pesados que este aqui na mochila. Algo que felizmente não ocorreu com este.
Sobre a história, a protagonista Gabriela é funcionária do luxuoso Resort “Sun & Sea”, em uma paradisíaca cidade do Nordeste brasileiro. Ela vive para o trabalho e leva uma vida de trabalho estável. É uma jovem mulher reservada, vinda de uma cidade do interior. Teve uma criação rígida e severa por parte de seu pai e se mostra ainda ligada à família, à quem ajuda mandando dinheiro. Muito esforçada, formou-se em hotelaria com muita luta e dedicação. Avessa à tietagem, nunca antes se interessara por um relacionamento, mesmo que passageiro, com qualquer uma das celebridades que já se hospedaram em seu local de trabalho.
Vale aqui afirmar que minha especialidade, inclusive para romances e histórias com erotismo, tende mais a enredos com tramas que envolvam algo de sobrenatural, contudo aqui o que teremos é um livro que se distancia bastante disto e certamente agradará em cheio leitoras que gostam de fantasiar sem sair muito do mundo real.
Logo de início a história deixa claro que enquanto uma amiga se empolga com a chegada de Sam Williams, um ator inglês queridinho de Hollywood, Gabi não se interessa sequer em aguarda-lo na recepção com a tal amiga. Entretanto logo após numa casa noturna Gabi acaba esbarrando em Sam e muito repentinamente tudo muda, apesar de ela ter derrubado bebida nele sem querer e ter sido convidada à se retirar do local pelos seguranças… E eis o ponto onde acontecerá a “Incontrolável Atração”…
Quanto à Sam este está naquela cidade porque resolveu aceitar o convite de um amigo para passar uma temporada num Resort no Brasil após uma intensa jornada de trabalho devido ao lançamento, quase simultâneo, de dois fils e uma série de TV, os quais ele protagoniza… O ator – descrito com todo o estereótipo de homem perfeito para as mulheres que apreciam um “bonitão global padrão” (o que, com sinceridade, tende a não ser o caso desta que voz fala): o corte de cabelo curto da moda, hollywoodiano musculoso ricasso – nunca se envolveu com nenhuma garota que não fosse do seu meio de trabalho, por acreditar que sua fama e dinheiro atrairiam pessoas interessadas em se promover através dele. Além do mais, as atitudes de algumas fãs obcecadas tendem à assustá-lo.
No entanto o que mais me chamou a atenção foi exatamente o fato de que, apesar da desconfiança, há cenas em que ele costuma tratar muito bem as fãs que o abordam e demonstra atenção e gentileza com cada uma delas assumindo que deve à elas o sucesso de seu trabalho – algo cada vez mais raro nos artistas atuais da vida real. Um trecho que me chamou bastante a atenção também foi a questão dé como Sam responde quando perguntado de porque escolheu Gabi para um relacionamento diante de tantas outras possibilidades à sua volta. Pensei em transcrever aqui a cena, mas para dar o menos spoiler possível apenas direi que foi o diálogo que mais me afetou e impressionou o livro inteiro e o modo como Sam fala do assunto foi um trecho realmente convincente e interessante, pois aborda a questão das celebridades no fundo estarem apenas buscando quem as veja ou trate como pessoas normais. Porém as falas desta cena evocam outros pontos desta questão, ao menos na minha perceção…
O livro nesta parte me fez refletir sobre tal condição dos artistas de verdade – ou famosos de modo geral, uma vez que nem todos são artistas de fato, sendo mais ligados à fama que à arte em si… Atráves da cena mencionada e outros acontecimentos adjacentes à ela, acabei refletindo uma questão que sempre foi avessa à mim: com relação ao fato de que talvez seja difícil para famosos namorar ou fazer amizades sinceras sem nunca saber quando estão sendo de fato aceitos ou amados por quem eles são de verdade nos bastidores, ou simplesmente atraindo pessoas que vão amar mais a fama, o dinheiro e os privilégios do que o ser humano existente por trás de tudo isto.
Me surpreendeu o fato de o livro me ser descrito como “puramente hot”, no entanto vemos não apenas cenas de sexo, mas aos poucos a trama vai se tornando algo próximo de um “conto de fadas moderno” que me lembrou muito novelas mexicanas antigas para quem gosta deste estilo – o que não tende a ser meu caso atualmente. A história me trouxe um clima de uma mistura de “Mari Mar” com “Amigas e Rivais”, algo que considerei um diferencial para fãs destas temáticas…
Contudo observei que junto à romantização o livro traz diversas armações como trama dos acontecimentos, com ocorrência inveja e omissões como sendo a coisa “mais natural do mundo”, principalmente entre personagens femininas… E EU pessoalmente não aprecio histórias que valorizam disputas entre mulheres, principalmente rivalidades que ressaltam competição sexual ou amorosa entre elas… Não costumo realmente ler livros ou assistir tramas assim, mas para quem gosta deste estilo apreciará muito a história.
No entanto, algo que de fato não me agradou foram certos apelidinhos nada românticos que passaram a não combinar com o clima amoroso… Concordo com um ponto que é muito ressaltado pelos leitores deste livro ao dizerem que os personagens principais foram bem construídos, mas há também inconsistências como o fato de Gabi ser vista como uma mocinha, recatada e não deslumbrada com a fama, mas ao ver uma menina chegar perto de Sam quando os dois já estavam num relacionamento ficava irritada, e dizia coisas com vocabulário chulo, vocábulos como “meu homem” e “meu macho”. Tal achei também um ponto baixo do livro a cena na qual nosso bonitão gringo (SPOILER) demonstra querer que a mocinha represente para ele o “estereótipo de mulher brasileira”, pedindo que ela “sambe para ele” quando ela fica sem graça e deixa claro que não sabe fazer isto direito (fim do spoiler)… Mas não cabe a mim julgar as fantasias sexuais alheias, apenas expressar que não fez me empolgou… Contudo, pode certamente empolgar a outras leitoras.
No entanto o cenário foi o ponto forte da trama, algo com o que outros leitores certamente concordam comigo, ao afirmarem que apreciaram acompanhar e de certa forma através dos personagens desfrutar vários lugares da cidade que só pela descrição passam a sensação de estar lá. Com certeza depois de ler esse livro vai ter gente querendo visitar a tal cidade nordestina mencionada no livro e cada um dos pontos turísticos que é apontado pela autora.
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Uma coisa que eu aprendi é diferenciar a fala do personagem da fala do autor. Eu ainda não li esse livro, mas, de acordo com a resenha, percebi que pode ser que quem o lê confunda. O protagonista, sendo estrangeiro, pode sim rotular a mulher com quem se relaciona, tipo, pedir para ela sambar. Essa seria a voz do personagem e não da autora.
Ms, como já disse, não li o livro, então estou apenas fazendo cojecturas que podem estar erradas e por isso me desculpo. Vou procurar ler.
Bom, em momento algum da resenha me lembro de ter remetido esta fala à “voz da autora”… Apenas comentei que ela me incomodou! Não importa de quem tenha sido a voz… Boa noite!