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É com certeza um livro triste, mas acho que Stephenie Meyer exagerou na mão. Acho que Bella deveria ter sido menos depressiva e menos dependente das pessoas para se sentir bem com ela mesma. Para ter seu buraco no peito fechado ou parcialmente cicatrizado. Em Lua Nova por causa de sua “fraca” personalidade diante das adversidades da vida, eu me vi meio que desgostosa com a personagem. Fora que eu não gosto mesmo dessa coisa de triângulo amoroso.

Digo isso porque no segundo livro da série Crepúsculo, Lua Nova, Edward Cullen mesmo após fazer uma promessa no final do primeiro livro, após o ataque de vampiros durões que ele, sua família e Bella tiveram que enfrentar, o vampiro acaba deixando Bella após a desastrosa festa de aniversário dela, onde após se machucar a garota é atacada por um dos irmãos de Edward menos acostumado com a “dieta vegetariana” que a família tem.

Com o coração partido por colocar a vida de sua amanda em risco, Edward cria uma muralha entre ele e Bella até que finalmente a deixa de vez, indo embora com sua família da cidadezinha de Forks.

É nesse momento que Bella, Edward, Stephenie e tudo nesse livro meio que se desprende e desanda.

Tudo bem que perder um amor, aquela pessoa que você acredita que será para a vida inteira e que é o príncipe dos seus sonhos, deve ser um saco – ainda mais quando esse cara é um príncipe de verdade – Tudo bem também que aquelas páginas em branco são uma das coisas mais tristes em “Lua Nova”, mas acho que a Bella demorou tempo demais para levantar a poeira. E mesmo assim fez isso usando seu amigo de infância, Jacob, como uma espécie de muleta ou uma pomada quase que milagrosa para o buraco negro que Edward abriu em seu peito quando se foi.

Mesmo assim, apesar do vazio que o livro tem pela falta de muitos personagens, ele ainda tem aquele clima molhado, verde e misterioso do primeiro livro. Novos personagens (alguns interessantes como o núcleo da Itália) foram introduzidos na história e Jacob (totalmente mais gostoso e musculoso) ganha muito mais destaque e passa  a criar uma relação mais estreita com Bella Swan, que culminada no tão batido mas nunca fora de moda triângulo amoroso.

Gostei da passagem do livro pela Itália e dos Volturis (a coisa mais interessante do livro na minha opinião), embora o motivo que tenha levado Bella até  eles tenha sido muito louco e doentio. No final das contas, Bella e Edward se merecem mesmo, são perfeitos um para o outro. Ambos se alimentam  e respiram um do outro. O que eu não acho nem um pouco saudável, mas que caiu como uma luva se levarmos em questão o psicológico de ambos.

Com o sucesso do primeiro filme, que arrecadou uma quantia abusada de 392 milhões de dólares, a Summit teve dinheiro não só para um segundo filme da franquia, mas também para um terceiro, A Saga Crepúsculo: Eclipse, que foi filmado logo após o término de A Saga Crepúsculo: Lua Nova.

Com certeza, Lua Nova foi muito melhor do que o primeiro filme, embora tenha sido meio entediante e repetitivo.  O novo diretor, Chris Weitz (que substitui sem deixar saudades a fraca Catherine Hardwicke) apostou menos em flashes backs e mais em rapazes sarados (com exceção de Robert Pattison) sem camisa.

As atuações também deram uma melhorada, embora eu tenha achado muitas coisas teatrais e forçadas demais. A fidelidade com o livro se manteve dentro do possível, o que acontece com praticamente todos os filmes da saga. Claro que há uma dedicação atenciosa dos roteirista quanto ao que colocar no filme, mas acredito que essa tão falada fidelidade encontrada nos filmes da Saga Crepúsculo ocorra porque não há mesmo muito o que se possa fazer. A história é limitada, sem grandes reviravoltas, o que acaba facilitando o trabalho de quem tem que adaptar os livros para o cinema.

Outra coisa diferente nesse livro, foi que Chris Weitz apostou numa película dourada, mais quente para o mundo chuvoso de Bella, o que deixou as imagens bonitas, embora eu ainda prefira a película gelada-azulada-desbotada do primeiro filme. Acho que aproximou-se mais da Forks que imaginei quando li o livro pela primeira vez.

Lua Nova foi um dos filmes mais aguardado em seu ano de estreia e fez incríveis 708 milhões  nas bilheterias de todo o mundo, deixando uma grande expectativa para “Eclipse” que estreou em junho de 2010. Falo dele aqui amanhã!

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Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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