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Com certeza uma das séries mais polêmicas e mais lucrativas dos últimos tempos. Há uma ano atrás a saga dos vampiros bonzinhos chegou ao fim nos cinemas com “Amanhecer – Parte 2, colocando a história de amor entre uma humana (Bella Swan) e um vampiro (Edward Cullen) entre os grandes blockbusters de sua época. Por isso, até o dia 19 de novembro o blog “No Meu Mundo” estará trazendo para vocês algumas matérias especiais sobre esse grande sucesso de bilheteria.

Tudo começou quando durante uma noite, a história de Edward e Bella veio a autora Stephenie Meyer após um sonho. Na época Stephenie era apenas uma simples dona de casa, mãe de três filhos, com pouca experiência literária, que não poderia prever o estouro de sua criação.

O que começou como um romance despretensioso escrito por uma dona de casa mórmon americana se sagrou, também, como um grande sucesso financeiro. Crepúsculo logo virou um best seller, figurando entre os livros mais vendidos e comentados em todo o mundo.

O enredo criado por Stephenie é bastante simples: uma adolescente humana se muda para uma pequena cidade no estado de Washington e, em meio à chuva e às árvores, ela se vê apaixonada por um vampiro. E é claro, o amor de Bella e Edward não poderia ser tranquilo e por isso durante toda a histórias os dois protagonistas precisam remover e superar todos os medos, obstáculos e perigos que permeiam seu relacionamento.

A escrita de Stephenie é leve e agradável (apesar da viagem em alguns momentos). O livro tem uma atmosfera de mistério que faz com que o leitor queira prosseguir para saber mais sobre o misterioso garoto de cabelos cor de bronze que passa a habitar os pensamentos de Bella, até que aos poucos e de uma jeito envolvente e especial, Bella pouco a pouco vai descobrindo quem de fato é Edward Cullen

A primeira vista parece uma história simples e banal. Na verdade é uma história simples e um tanto banal. Mas  o sucesso de Crepúsculo explica muito bem aquela velha frase que diz: A importância de não nascer importante.

Havia na indústria do ramo nichos mal atendidos. Os garotos estavam muito bem servidos por romances de aventura quando Stephenie lançou sua história. Harry Potter já tinha estourado e O Senhor dos Anéis já havia arrastado milhões até o cinema. A diferença é que em Crepúsculo uma garota comum de 17 anos – entediada e se sentindo deslocada na escola, como muitas meninas por aí – é a grande heroína. Seu romance com o bonitão Edward levou adolescentes – e também mulheres crescidas – a suspirarem pelo mundo a fora.

Stephenie fez o que muitas empresas deveriam estar sempre prontas a fazer: prestar atenção nos públicos mal atendidos e desenvolver produtos e soluções para as suas necessidades.

A autora declarou uma vez em entrevista que o grande estouro da saga Crepúsculo se mantém como um mistério. Mas ela acredita que o fato de ter escrito a história “para ela mesma” seja uma das grandes respostas para esse sucesso. O fato de os personagens lidarem com situações de dor de cotovelo, uma certa depressão e a necessidade de se reerguerem também faz com que os leitores e espectadores se identifiquem. A autora se lembra de enfrentar uma “depressão leve” quando estava no Ensino Médio e acha que, com isso, conseguiu criar cenas com que as pessoas realmente se identifiquem.

O primeiro filme da franquia, dirigido por Catherine Hardwicke (‘Aos Treze’), chegou aos cinemas massacrado pela crítica especializada, o que geralmente significa fracasso absoluto nas bilheterias. E justamente o oposto aconteceu, em um inexplicável fenômeno. As bilheterias mundiais somaram incríveis US$ 392 milhões, transformando-o no sétimo filme mais visto nos cinemas em 2008.

Mas vale salientar que; a esmagadora crítica negativa que o filme recebeu, se deve pelo fato de que de todos os cinco filmes da franquia ele foi de longe o menos bem produzido (até mesmo pelo baixo orçamento que teve), recheado com atuações fracas (o que não foi muito diferente nos filmes seguintes), com efeitos especiais medíocres e até com muitas coisas que ficaram diferente das descritas no livro escrito por Stephenie. Mesmo assim, apesar dos pesares e contra todas as correntes, o sucesso de bilheteria foi algo indiscutível.

O fato da história ser uma romance açucarado e politicamente correto, atraiu um nicho poderoso de fãs fervorosos e apaixonados. Conquistou pais e adultos. Conquistou até mesmo quem nunca teve contato com o livro que deu origem ao filme – o que também explica todo o sucesso de Crepúsculo, já que os livros da série se tornaram um divisor de águas na vida de muita gente que nunca tinha pego um livro para ler. Era fácil fácil topar com alguém lendo o livro no trem, no metrô, nos terminais e ainda hoje, depois de tanto tempo, a cena ainda se repete.

E tenho que dizer que eu não acho, mas Robert Pattison tem um rostinho que caiu na graça das calcinhas. O que explica muita coisa já que nos dia de hoje o visual acaba importando muito mais do que o próprio conteúdo.

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Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

3 Responses

  1. Foi a primeira saga que eu me apaixonei e li realmente então ela sempre terá um espaço especial no meu coração. Eu sempre vou amar, embora atualmente eu já conheça sagas melhores.

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