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Havia tempos que eu queria adquirir esse livro, o título sempre me chamou atenção e me fez questionar. Apesar do título em inglês “To Kill a Mockingbird” , não ter nada a ver com a sua tradução em português, não me impediu de interpretar o título, após a leitura e achar que caiu como uma luva.
Vamos a resenha, e vamos ver se você concorda comigo.

“O Sol é para todos” é narrado em primeira pessoa, por uma criança, chamada Scout, o livro se passa nos EUA, no Alabama, no início dos anos 1930. Historicamente falando, devemos lembrar que em 1929 se teve início da chamada “Grande Depressão” uma grande crise que atingiu principalmente os EUA, provocando muito desemprego e pobreza. Foi importante nós falarmos sobre isso, já que no decorrer do livro aparece uns “flashes” dessa crise envolvendo alguns personagens.
O primeiro questionamentos que lhe faço é, quando você era criança você tinha algum tipo de preconceito?
Vamos conhecer nessa história, Jem, Scout e Dill, três crianças que resolvem caçoar de um morador, que não é visto pela sociedade, pois passa seus dias trancafiado em casa. Atticus, advogado, viúvo, pai de Jem e Scout, precisa conciliar a vida de educador, mostrando grandes valores aos filhos , que ainda irei destacar alguns nesta resenha. O mesmo, enfrenta uma grande luta defendendo um homem, negro, pobre, que foi acusado de estuprar uma mulher branca.
O grande ápice do livro, sem dúvidas é o dia do julgamento, onde podemos notar que infelizmente a cor de uma pessoa influenciava ( ainda ocorre) nas decisões judiciais, mesmo quando se sabe a verdade.

-Ensinamentos de Atticus –

“A única coisa que não deve se curvar ao julgamento da maioria, é a consciência de uma pessoa.”
“… Levante a cabeça e abaixe os punhos. Não importa o que digam, não deixe que eles a façam perder o controle. Tente lutar com as ideias, para variar…mesmo que seja difícil.”

Minhas impressões
Um livro incrivelmente rico em detalhes, em ensinamentos, a cada capítulo nos faz questionar sobre os nossos valores, as nossas ações e principalmente o reflexo que  possuem para as próximas gerações.
Eu confesso que me senti pequena lendo esse livro, pequena por ver que nós não somos nada além de pessoas
Independente da religião, cor, classe, somos apenas pessoas. Atticus, ou melhor, Harper Lee me fez sair da caixinha e me colocar no lugar de vários personagens
Me colocar no lugar de Tom Robison, de Boo Radley, de Atticus. Sabe aquela pessoa que você não gosta muito, por algum motivo, motivos até pequenos? Então, ele é uma pessoa, com sentimentos, a falta dela pode não ser importante para você, mas certamente é para alguém. Por mais ruim que ela possa aparecer, em uma conversa de dois personagens podemos reconhecer isso

“…Atticus, ele era muito bom..
– A maioria das pessoas é Scout, quando enfim as conhecemos”

Não preciso nem dizer que Scout e Atticus são os meus personagens preferidos do livro, esse laço que os dois possuem é muito forte. O respeito de pai e filha, a influência que um tem sob o outro, a inspiração que Scout sente por esse pai é o que deixa a história mais humana.
Como prometido, a minha interpretação é que, todo dia o sol brilha para todos nós, independente do que somos, ele está ali para nos lembrar que não somos melhores do que ninguém, só pelo simples fato dele estar ali.
Finalizo aqui, lembrando que “O Sol é para todos” tem filme, mesmo sendo em preto e branco vale muito a pena ser visto.
Vi o filme muito antes de ler o livro, foi o que me deu incentivo para poder comprar essa grande obra.
O filme é de 1963, é muito fiel ao livro, desde os acontecimentos, como algumas falas. E para facilitar, ainda está em catálogo no Netflix!!!!
Não vamos perder essa oportunidade né?
O que achou da resenha? Se você já leu o livro, vamos conversar?
Espero que vocês tenham gostado, e que esse livro possa enriquecer cada vez mais a vida de novos leitores.
Ficamos por aqui, até a próxima
Beijos!

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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  1. Olá Lorena!
    Eu amei a resenha e descobri há pouco tempo que ele faz parte dos “1001 livros para ler antes de morrer”, então quero adicioná-lo na minha estante em breve!
    Beijos!
    Paulinha C.
    naoleia.com

    • Olá Paulinha, me alegra muito saber que meus leitores gostam das resenhas.
      Quando tiver oportunidade, leia este livro!
      Tenho certeza que não irá se arrepender, e espero que possa entrar para a sua listinha de favoritos.
      Beijinhos!

  2. Parabéns, um belo texto, que nos leva a refletir o quanto a humanidade ainda precisa evoluir, digo isso porque ainda somos preconceituosos. E só olhar nos noticiários para comprovar, que muitos de nós ainda se comporta como ” homens da caverna” mesmo andando em carro importado

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