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Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Durante a temporada de casamentos da alta sociedade de Londres, a chegada do jovem duque de Hastings, Simon Basset, promete dar trabalho para as mães que pretendem arranjar bons partidos para suas filhas. Determinado a jamais se casar sob nenhuma circunstancia, Simon se vê à procura de uma maneira de desviar a atenção de tantas moças cobiçando seu titulo. É assim que Daphne Bridgerton, irmã mais nova de seu melhor amigo, moça de personalidade forte e respondona demais para sua época, entra na história.

Desconsiderada pelos demais rapazes das redondezas por ser facilmente alcançável ela se une a Simon no plano de fingir que estão se cortejando para que sua posição como Duque lance um holofote sobre si mesma. Porém, com o tempo, Daphne acaba se envolvendo demais nos sorrisos enviesados e olhares furtivos de Simon e quando menos espera, ela precisa se policiar para que não acabe se apaixonando verdadeiramente por ele, que nutre uma aversão por tudo o que ela poderia representar em sua vida.

É uma surpresa o quanto eu gostei desse livro, porque eu esperava uma coisa muito diferente de romances de época. Mesmo sem perceber eu tinha criado toda uma base do que deveria ser esse gênero sem nunca ter lido com tanta variedade e acabou sendo uma ótima surpresa descobrir que eu estava errado em alguns pontos. Não que eu nunca tenha lido um romance de época, sou completamente apaixonado pela série Outlander, algo entre romance de época e histórico, mas eu queria experimentar novos autores e de preferencia livros não tão infinitos como Outlander.

Esperava que fosse algo muito regrado até mesmo na escrita, mas na verdade a escrita da Julia Quinn é bem divertida, leve e, em muitos momentos, muito engraçada. Me fez lembrar um pouco minha experiência de ler Stephen King pela primeira vez. Óbvio que são autores completamente diferentes, mas ambas as leituras foram experiências bem reveladoras no sentido de “olha não é um bicho de sete cabeças”. Ao mesmo tempo em que eu achava que King era algo muito complexo e que eu não conseguiria alcançar, Julia Quinn me dava à impressão de que seria clichêzão demais para mim.

Os Bridgertons são simplesmente maravilhosos (só um ou outro que destoa né Anthony). Eu tenho um fraco por livros com focos familiares, logo essa família onde basicamente se espirra e brota mais uma criança, porque são oito filhos, é uma coisinha pra me fazer explodir arco-íris. O modo como a família interage ao longo do livro da uma sensação de que eles são uma família de verdade e parece que você já leu muito mais sobre eles do que a realidade. É uma ambientação muito boa para que série siga seu curso com um livro para cada um dos filhos, mesmo que alguns deles não tenham sido apresentados tão diretamente quanto outros. Logo de cara eu já estou na vontade dos livros do Colin e da Hyacinth porque eles são muito amor.

O que mais me surpreendeu é que a protagonista desse primeiro livro, Daphne, foge muito de um dos pontos que me fazia ter preconceito com esse gênero, que é a compassividade. A Daphne tem um ar bem contemporâneo que me ajudou muito a gostar do livro. Ela se expressa e impõe suas opiniões pra quem ela quiser, ao contrario do que seria a mulher padrão do século XIX, e por isso os homens da sociedade só a veem como amiga e não como uma potencial esposa. E essa quebra de paradigmas é simplesmente maravilhosa.

O único ponto que me fez sentir um amor infinito por esse livro é que o Simon tem um trauma de infância com o pai que o rejeitou de todas as formas possíveis e isso foi tratado de uma maneira tão extensa e maçante que teve momentos que eu só queria que de algum modo misterioso ele morresse para parar de encher o meu saco. O livro vai todo maravilhosinho, a família superdivertida, diálogos irônicos entre Daphne e Simon e coisinhas e tal, até que ele tem uns ataques de mimimi infinitos e isso acaba fazendo o livro dar uma caidinha, mas ainda assim, no geral, é muito bom.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

6 Responses

    • Eu meio que ignorava toda a hype dos romances de época e da Julia Quinn, mas aí uma amiga me pediu para ler, pois queria minha opinião, e como eu não tinha muita expectativa, acho que foi o que ajudou a gostar ainda mais. Acho que você vai adorar, é bem leve e gostosinho de ler!

  1. Quando você ler o livro do Anthony a sua opinião irá mudar rsrs, não fala assim dele rsrs.
    Olha, só li os dois primeiros livros e eu simplesmente amei.
    Vc tem razão quando fala sobre a escrita da Julia. Ela é simplesmente maravilhosa com seu texto leve, gostoso, divertido e envolvente.
    Também gosto muito do foco familiar e essa família grande então, não tem como não amar.
    Preciso ler o próximo logo, já estou com saudades de Violet e suas crias rsrs.
    Bjo
    http://www.viciadosemleitura.blog.br

    • Oi Bia!

      Uma amiga também me disse que eu mudaria de opinião no livro do Anthony, mas sei não hein uahsuha! Eu senti que ele estava sendo controlador demais com relação a Daphne, quase num nível possessivo, extrapolando o papel de irmão mais velho protetor que ele representa. Em algumas partes até acho que ele ficou empatando a história de ir mais para frente.

      A escrita da Julia é tão envolvente que eu tenho vontade de maratonar a série toda de uma vez só, mas ainda não tenho todos os livros; quando tiver, com certeza serão um atrás do outro.

    • Oi Vanessa!

      Não te digo que também amo romances de época, só li esse até agora, mas com certeza estou pronto para aceitar que esse amor me possua uhauhsa!

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