Nesta segunda parte de “Ninfomaníaca, finalmente entendemos melhor a história de Joe, uma mulher “viciada em sexo”, mas que nunca encontra prazer nele, pelo menos não desde uma cena que a mostra ainda na adolescência, onde ela tem seu único orgasmo autêntico.
Achei essa segunda parte muito melhor do que a anterior, que ao meu ver apesar de não ter sido ruim e ter me surpreendido, serviu mais como marketing e para fazer com que as pessoas interessadas pelo filme pagasse por mais uma entrada ao irem ao cinema. Pelo menos está a conclusão que se chega após assistir a segunda parte de “Ninfomaníaca”.
Há poucas cenas de sexo aqui, mas em contrapartida, Lars Von Trier, fornece ao público uma coleção de cenas impactantes, nunca vistas antes no cinema; como o maior close de uma vagina (com direito a um movimento panorâmico da câmera), as fortes e longas cenas onde uma Joe adulta (Charlotte Gainsbourg) se submetendo a intensas sessões de sadomasoquismo com um rapaz bem mais jovem (Jamie Bell) onde algumas das técnicas de S&M nunca foram retratadas com tanto detalhe em um filme de circuito comercial, também uma cena em que Joe faz sexo oral explícito em um pedófilo e a já famosa cena em que ela tenta, mas não consegue, transar com dois africanos – onde o tempo todo a câmera fica mostrando seus órgãos sexuais enormes e intumescidos!
Joe engravida nesta parte, o que acaba levantando questões interessantes, já que ela não consegue conciliar direito seu lado maternal com o seu problema com o sexo. Deixe-me explicar porque achei isso interessante. Quando vi Joe deixando seu filho de lado(o que permitiu a Lars Von Trier em uma cena nos recordar de ” O Anticristo”, seu outro filme, também com Charlotte Gainsbourg) eu fiquei com raiva dela, a achei irresponsável. Ela foi irresponsável, mas também estava sofrendo de uma doença, um vicio, não muito diferente de uma dependência química ou alcoolismo. O que torna isso diferente aos olhos da sociedade é que Joe é a Joe, é uma mulher, e tem por obrigação segundo a sociedade SER MÃE antes de qualquer coisa. Eu também fiquei chateada inicialmente, mas depois, você acaba entendendo onde Trier queria chegar. Se fosse um homem e não a Joe, a questão não seria um tabu tão grande assim.
Gostei muito do filme até os vinte minutos finais, mais exatamente até a cena que nos é explicado porque ela foi encontrada toda machucada no beco. Achei muitas coisas aqui altamente desnecessárias. É incrível ver como Lars Von Trier tem um fácil gosto pela provocação gratuita. Os 20 minutos finais são obra de um homem que tem muito talento, mas que fica feliz apenas em nos chocar, sem oferecer nada de mais profundo ou inteligente.
Clique aqui para ler a crítica da primeira parte do filme.
http://www.youtube.com/watch?v=c4mN1NNb3XM
One response
Johanna Madden – Thank you soooo much! I love the frog photo and the ones of us are good too 🙂 I can’t wait for the wedding now. It was great to meet you and we had a llveoy afternoon. Thanks Ann.August 24, 2011 8:19 pm