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Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama – e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor. “

Insurgente é o segundo livro da trilogia distópica de Veronica Roth. Este livro se inicia exatamente a onde acabou o primeiro livro da saga, dentro do vagão do trem, após ao caos gerado pela simulação criada pela Erudição para eliminar os membros da Abnegação, que apesar de Tris ter conseguido interromper, causou muitos estragos, começando pela morte de seus pais e por ela mesma ter assassinado seu próprio amigo, Will, em legítima defesa. Devo dizer este fato a atormentou por todo o livro e fez com que ela se sentisse indigna de viver. Fora que sua situação em si já é um pouco difícil por ser divergente (ter aptidão para mais de um facção).

Tobias (Quatro), Tris e os outros que conseguiram fugir acabaram se refugiando na sede da Amizade e tentaram a partir daí bolar algum plano, pois Jeanine em parceria com a Audácia continuava ampliando seus planos de dominação e suas simulações estavam ficando cada vez piores.

Então no decorrer da trama eles buscaram se aliar a todos que se opunham aos planos dela se unindo até mesmo com os Sem-facções. Que por sinal simbolizam uma fatia muito grande a população desta Chicago futurista.

É um livro cheio de ação, quando você imagina uma coisa, outra acontece e muda toda a direção da história. Muitas traições ocorrem e as vezes partiram de pessoas tão improváveis, mas alianças inusitadas também surgem. A história em si se desenrola de uma forma que reconheci uma influencia da “Alegoria da Caverna” de Platão, que se alicerça na teoria dos dois mundos, que estabelece a separação do mundo sensível, das aparências e da ilusão e do mundo inteligível, das essenciais imutáveis e da verdade.

A alegoria da Caverna é precisamente o percurso do prisioneiro de conhecimento superficial até transformar-se no sábio que busca a verdade. Para que entendam melhor sobre esta teoria imaginem que homens desde a infância foram aprisionados no interior de uma caverna sem mobilidade alguma, apenas olhando fixamente para uma parede que tem uma pequena fresta de luz. Para os prisioneiros nessas condições nada era verdadeiro a não ser as sombras projetadas na parede. Ao lado de fora da caverna à vida cotidiana era normal, mas para os prisioneiros essas sombras e os ecos os assustavam. Agora se um desses prisioneiros fosse solto, primeiramente os movimentos o fariam sofrer e a claridade o ofuscaria, tendo uma grande dificuldade de adaptar seus olhos a luz. Sua visão na caverna era sem consistência e agora estava tendo acesso à realidade e aos objetos, fazendo com que ele busque respostas e contemple a verdadeira realidade. Ao retornar a caverna e tentar transmitir aos demais a experiência vivenciada ao lado de fora, seria ridicularizado e se caso continuasse poderiam até tentar machuca-lo ou mata-lo.

Uma ótima referência contemporânea é o filme a “Vila” do diretor M. Night Shyamalan de 2004. O conceito dele era de pessoas que tinham o conhecimento e por falta de esperança na sociedade comum, se mantiveram fora e buscaram criar uma nova sociedade para além da sociedade já existente. Só que esta nova sociedade não teria acesso ao mundo exterior, seriam como os prisioneiros de Platão, tudo o que eles imaginavam ser real eram apenas medos impregnados por aqueles que sabiam da verdade. A criação de monstros e mitos.

Em insurgente, vemos a ideia dessa possível existência de uma outra civilização para além dos muros da cidade a onde vivem. Mas ainda não sabemos o que isso realmente significa e até que ponto a realidade em que eles vivem é realmente a verdadeira ou se fazem apenas parte de alguma experiência. Há muitas perguntas a serem respondidas e com o decorrer dos fatos ficamos cada vez mais curiosos em relação ao que está acontecendo de fato.

Livros da trilogia:

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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  1. Ficou muito interessante a relação que você fez com a alegoria da caverna. Enquanto lia o livro, não tinha percebido, estava envolvida com a história, mas agora, lendo sua resenha, vejo que faz sentido. Mas não vejo a hora de ler o terceiro volume da saga e saber o que há do “lado de fora”. Pelos acontecimentos do livro realmente deu a entender que era um experimento. Aliás, durante a leitura dos dois livros, sempre me perguntei porque a história se passava somente em uma cidade, e se em outras cidades existiria o mesmo modelo. Espero que a autora consiga explorar tudo isso nesse último livro.

    • Yo ya lei Divergente e Insurgente, y la verdad me paecern unos libros increibles, aunque si me gustaria que el libro lo contare1 Four, Beatrice para mi es muy seca, espero que les guste Insurgente! Que yo ya me estoy muriendo por que salga Allegiant 🙂

  2. Oi adorei sua resenha…mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei… se trata de um livro arrebatador…ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos…..e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história…..acesse o link da livraria cultura e digite reverso…a capa do livro é linda ela traz o universo de fundo..abraços. http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem..busca.livrariasaraiva.com.br/saraiva/Reverso
    http://www.buqui.com.br/ebook/reverso-604408.html

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