Antes de qualquer coisa, deixe-me dizer: eu ODEIO Tony Stark. Desde o primeiro filme o odiei como personagem. Nem mesmo o carisma inegável de Robert Downey Jr. conseguiu me entreter. O motivo disso, claro, é sua característica mais gritante: o sarcasmo. Por três filmes inteiros (isto é, “Homem de Ferro”, “Homem de Ferro 2” e “Os Vingadores”), o personagem não passou de uma construção unidimensional e batida, um clichê imenso, chato e repetitivo. Sarcasmo, sarcasmo, sarcasmo. Nada além disso. No inicio, admito, é interessante – mas depois de mais de 7 horas em três filmes, não.
Por isso, fico extremamente contente em afirmar que Tony Stark, finalmente, ganhou alguma substância em “Homem de Ferro 3”. Se nos outros filmes ele mais pareceu uma máquina de piadas bobas e previsíveis, aqui, finalmente, ele dá algum sinal de humanidade e os roteiristas enfim se dão o trabalho de tornar o personagem gostável. Tony Stark está com grandes problemas no inicio do filme: as marcas de uma batalha que ameaçaram tudo o que amava (em “Os Vingadores”) continuam a persegui-lo.
O filme, como um todo, é bastante interessante: além de melhorar bastante o desenvolvimento de personagens e ter algumas atuações bastante interessantes (Downey Jr. se supera mostrando que Stark não é só um comediante frustrado), há uma melhoria nas cenas de ação, que, em “Homem de Ferro 2”, foram bem ruinzinhas, mal dirigidas e anticlimáticas. O roteiro também vinga, trazendo frases marcantes, situações bem boladas e o equilíbrio que faltou nos outros filmes – isto é, comédia na hora de comédia e desenvolvimento constante.
Este é, sem dúvidas, o melhor filme da série de Tony Stark. A primeira metade, inegavelmente, trouxe um clima nostálgico e dramático digno da trilogia “Batman” de Christopher Nolan, ou seja, construiu um cenário altamente sombrio e emocional, além de trazer ótimas surpresas. Pontos também para Gwyneth Paltrow, que interpretou Pepper brilhantemente em todas suas cenas, trazendo uma emoção genuína ora de revolta, tristeza ou alegria e alívio. A intenção disso tudo foi trazer um sentimento de queda e de derrota – Tony Stark estava passando por grandes problemas pessoais e profissionais. Por algum tempo, o filme conseguiu capturar bem essa sensação, e foi aí que encontrou sua força, tanto que parecia destinado a se tornar um dos melhores filmes da Marvel até agora.
O único problema é que o filme não é bom o tempo todo. É a partir da metade que a história perde um pouco a linha. Do momento em que Tony decide viajar para Miami em diante, o filme parece deixar de lado a genialidade desenvolvimentista e a emoção para focar numa fórmula batida de filmes de ação: uma reviravolta desnecessária e previsível em relação ao vilão, que não vou contar qual é, a fim de não dar spoiler. Isso basicamente significa que cagaram o Mandarin, e o verdadeiro vilão acabou por ser mais um daqueles personagens genéricos de filmes de ação que não tem realmente uma boa desculpa para serem maus, só são vilões por que precisam ser para que o filme tenha algumas cenas de ação. Além disso, o filme cai na velha história da mocinha em perigo e do presidente em perigo, o que, sinceramente, depois de mais de cem anos de cinema e de trocentos filmes de ação, é inaceitável. O bom é que Pepper nos surpreende no final com uma reação surpreendente e bem bolada – vocês entenderão nos últimos minutos do filme –, deixando uma abertura bem vinda para filmes futuros.
Mas isso não é suficiente para consertar os clichês da segunda parte do filme. O trailer, os pôsteres, enfim, toda a atividade promocional acerca do filme tentaram ao máximo vender uma imagem da “queda” de Tony Stark, uma história bastante emocional – e, apesar de a primeira metade do filme chegar perto desse objetivo, o filme como um todo não conseguiu passar esse sentimento. “Homem de Ferro” tentou tanto ser “Batman”, mas aí decidiu voltar às bases e acabou caindo na mesma fórmula de “Homem de Ferro” de sempre.
Não estou dizendo que o filme é ruim. Longe disso. Como já disse, este terceiro filme é o melhor “Homem de Ferro” até agora. Mas, realmente, a segunda parte não faz jus à primeira. Se os roteiristas tivessem se esforçado um pouquinho mais na conclusão, na reviravolta quanto ao Mandarin e quanto a construção de um bom vilão – e até mesmo de uma desculpa para esse terceiro filme todo –, poderiam fazer com que este filme fosse épico. Infelizmente não o fizeram, e desperdiçaram um bocado do potencial que esta história tinha de inicio.
Concluindo, “Homem de Ferro 3” é uma aventurazinha legal, mas só isso. Seu maior erro foi ter sido tão genérico e ter investido em certas fórmulas e tramas tão batidas, numa época em que os blockbusters, influenciados pelo cinema independente e alternativo (que por sua vez estão em alta), estão cada vez mais inteligentes, criativos, filosóficos e emocionais – veja, por exemplo, a própria trilogia “Batman”, ou então “Jogos Vorazes”, os filmes finais de “Harry Potter”, “Os Miseráveis”, “A Viagem”, “Django Livre”, “Star Trek”, “Super 8” e até mesmo o ainda-por-estrear “Homem de Aço”. Ser genérico, talvez, não seja o suficiente. Mas ao menos o filme é uma garantia de diversão, mesmo que inocente.
Nota: 7,5
Um outro ponto de Vista por Samantha Freitas
Como uma boa menina, todo meu universo dos quadrinhos era a Turma da Mônica, Quadrinhos Disney (Mickey, Tio Patinhas, Pato Donald e cia), Bolinha, Luluzinha e alguns outros menos conhecidos como Recruta Zero, Gasparzinho e Riquinho. Nunca fui dada a ler o universo DC Comics e Marvel. Para ser honesta, nunca sei de quais são o Homem Aranha, Homem de Ferro, Vingadores, Hulk…
Nunca tinha assistido a nenhum filme dos heróis dos quadrinhos no cinema. Até então, por não ser uma grande fã, esperava sair dos circuitos e estrear nos Telecine`s ou locadoras. Porém, ontem, fui assistir Homem de Ferro III no cinema. E apesar das críticas negativas, eu fiz questão de ir.
O cinema escolhido foi o Kinoplex do Grupo Severiano Ribeiro no Shopping Tijuca. Por ser uma cortesia, o filme não era em 3D, mas não vi assim muitas cenas que merecessem assistir em 3D em detrimento da voz original dos atores (as opções em 3D eram dubladas).
Não conhecia a sala, mas as cadeiras se mostraram bastante confortáveis e com um espaçamento que possibilitava esticar as pernas. Apoio para copos já é padrão em todos os cinemas, mas a possibilidade de levantar os braços nem sempre está disponível. Nesta sala, todas as poltronas permitiam isso.
O filme começou meio morno. A história contém grandes furos, mas as cenas de ação e o enfoque que o diretor quis dar, foi algo que me chamou profundamente a atenção.
Em primeiro lugar… Tony Stark amadureceu. Seria ótimo, se o personagem, que se tornou o impagável com a atuação e carisma de Robert Downey Jr. não tivesse mudado tanto do primeiro filme para o terceiro, sem melhorias graduais. Em alguns momentos eu me peguei me perguntando: “Quem é você e o que você fez com o Tony Stark?”
Não… ele não parou de fazer piadinhas, as piadas, antes sutis, inteligentes e com grandes sacadas em meio à citações de cultura pop, tornaram-se piadas quase do tipo pastelão. Seu ego do tamanho do universo também diminuiu drasticamente. E mesmo estando aparentemente apaixonado e tentando culpar o amor, as mudanças foram intensas demais. Tony se tornou mais humano, tratando as pessoas com delicadeza, carinho e demonstrar interesse real em seus amigos – antigos e novos. Além disso, Tony, passa a ter insônias, pesadelos e ataques de ansiedade. Nada disso condiz com o perfil psicológico que tínhamos de Tony Stark até então.
O segundo ponto foram os problemas que todos os filmes de ação costumam ter. Desprovido de sua armadura, Tony precisa invadir a casa do vilão. E a facilidade com que ele entra, passando pelos guardas, armado apenas de pistola de pregos e algumas invenções dignas de Mac Gyver. Numa cena final, também pouco sofre ao invadir um navio cheio de guardas e alguns com “poderes especiais”. Dei uma risada leve e comparei imediatamente com “Duro de matar” e “Missão Impossível”, clássicos de ação em que o mocinho sempre vence no final.
E o terceiro e mais crucial, foi a cirurgia no fim do filme. Seria o término do Homem de Ferro? Se era tão simples resolver, porque não havia sido feito desde o início?
Muitos pontos ficaram mal resolvidos e saí do cinema cheia de dúvidas que o diretor poderia ter resolvido dando explicações sensatas sobre como funcionava o projeto extremis. Não sei se o roteiro é adaptado de alguma história em quadrinhos e se para quem é fã prá valer, entendeu tudo. Mas para mim, que só assisti aos filmes, nada ficou muito claro. A própria trama em si, tem o que eu chamaria de grandes erros de coesão na história… Num determinado momento, um menino vê a armadura e joga um jornal sobre Tony Stark. A manchete é “Tony Stark está morto” com a foto dele.
E então o menino pergunta: “Quem é você?” – Como assim, Bial? O guri não sabia ler???
Enfim, embora o roteiro esteja fraco e o diretor aparentemente preferiu focar mais nos conflitos do personagem e mostrar mais de sua vida. E em determinado momento, ele subitamente lembra que é um filme de ação, inserindo cenas e mais cenas impossíveis para um homem comum, sem armadura.
Mas, o filme não é feito só de coisas ruins. Veja bem, seu pior erro, também conseguiu ser seu maior acerto. Tá certo, o diretor caprichou nos dramas pessoais do Tony, mas particularmente, eu adorei conhecer mais o lado humano de Stark. Seus hobbies, seus medos, compartilhei de suas incertezas e seus pensamentos. Isso, sim, foi uma grande jogada. O pecado não foi incluir o drama. Mas tentar fazer um filme em que surge a dúvida sobre como classificá-lo. Seria Ação? Drama? Romance? Sinceramente, eu fiquei sem saber.
Além disso, outra coisa bacana foi percebermos que, se antes, Tony não era nada sem a armadura, agora, descobrimos que a armadura também não é nada sem ele. Complexo? Assista ao filme que você vai entender melhor o que estou dizendo.
O filme diverte, faz a gente torcer e até mesmo dei pulinhos quando a “cavalaria” de armaduras chegou.
Tudo que eu tenho a dizer, é que apesar dos problemas, Robert Downey Jr, como sempre, atuou de forma brilhante, salvando o filme de um completo fracasso. Sua “esposa” no filme, Gwyneth Paltrow, conseguiu quase se equiparar a Robert com uma atuação impecável, mostrando a força que sua personagem precisa para não ficar apagada como todos os demais personagens.
Mesmo com todos os problemas do filme, Homem de Ferro 3, ainda consegue ser infinitamente melhor que Thor e Capitão América. Talvez, se tivesse tido um roteiro melhor e não deixado tantas pontas soltas, poderia facilmente se tornar o grande filme de 2013.
Nota: 7,5
17 Responses
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