Baseada nos quadrinhos de Charles Forsman, a série apresenta os peculiares adolescentes James e Alyssa, que embarcam em uma viagem para encontrar o pai dela, que deixou a casa quando ela ainda era pequena. Os dois são desajustados sociais cheios de problemas psicológicos. Ele tem traços de psicopatia, e sonha em matar um ser humano. Ela é uma sociopata de boca suja, com traços de bipolaridade.

Quando comecei a assistir “The End of the F**king World” confesso que não me empolguei nada com o primeiro episódio, além de ele ser muito curtinho (assisti o episodio inteiro na barca Niterói-Rio e ainda sobrou tempo) eu o achei meio sem noção, pensei até que a Netflix estava supervalorizando demais a série sem nenhuma explicação e se não fosse por Alex Lawther (que fez um ótimo trabalho em Black Mirror e O Jogo da Imitação), que interpreta James eu tinha desistido.

Sobre os personagens, achei as personagens femininas caricatas demais, até mesmo Alyssa que tem uma ótima trama por trás. A princípio achei a personagem um porre, de verdade, eu torcia para James mata-la logo, a garota é totalmente sem noção, folgada e escrota e eu achei a interpretação de Jessica Barden meio fraca, eu não sei se é a personagem ou a atriz (pois não conheço outros trabalhos dela), mas Alyssa parecia inicialmente uma personagem muito superficial me cativando apenas a partir do episodio 6.

Outras personagens que me incomodaram foram as duas detetives que aparecem, com roupas totalmente caricatas eu achei desnecessário o desenvolvimento da trama pessoal das duas, achava as partes um saco, tinha vontade de pular, talvez se tiver uma segunda temporada venha a existir uma justificativa para o relacionamento das duas, mas para a primeira temporada, parecia que estavam apenas enchendo linguiça.

Mas o ponto forte da série não são seus personagens e sim a trama no geral, onde James e Alyssa, dois adolescentes com fortes problemas de relacionamento resolvem um dia fugir de casa e isso os leva a cometer uma série de crimes que faz com que a historia pareça um Thelma e Louise atual, deixando claro o que pode acontecer quando não se existe um bom apoio familiar em casa.

Com episódios curtos, de cerca de 20 minutos cada, você vai se deixando levar pela série e quando percebe já está no final da mesma que não deixa a desejar, na verdade o final do episódio 8 é de ficar com gostinho de quero mais.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *