desejo dos mortos

“Enquanto tenta manter seu segredo, Violet, involuntariamente, torna-se objeto de uma perigosa obsessão. Seu primeiro impulso, como sempre, seria pedir ajuda ao melhor amigo, Jay – porém, agora que os dois são um casal, as coisas não funciona mais assim. Ele passa cada vez mais tempo com um novo colega, Mike, e Violet tem oportunidade de sobra para pensar e repensar sobre o que, afinal, está fazendo seu namoro dar errado. É então que ela se dedica a investigar a vida do récem-chegado Mike, e diante da trágica história familiar do garoto Violet se depara com uma verdade capaz de colocar todos eles em extremo perigo.”

Uma coisa que eu tinha reclamado muito do primeiro livro da saga, o Ecos da Morte, foi a questão da capa, que eu achei muito frágil, arranhava por qualquer motivo, a capa desse parece ser no mesmo estilo, mas acho que por algum motivo que eu desconheço ela é mais resistente, pois esse eu consegui manter o aspecto de novo mantendo os mesmos cuidados do livro anterior.

Mas agora sobre o livro, novamente parabenizo a autora pela forma que ela consegue descrever um relacionamento juvenil de uma forma tão bem feita, de forma que o relacionamento de Victoria e Jay continua me fazendo sentir apaixonada, como se eu tivesse vivendo uma paixão adolescente, mesmo os dois já começando o livro juntos, o relacionamento dos dois não cai na rotina, de forma que você quer ler cada vez mais sobre os dois juntos.

Além disso a autora mantém o sucesso na parte de escrever sobre suspense, como no livro anterior, temos o capitulo onde nomes não são falados, um capitulo totalmente na visão do “vilão”, mas desta vez temos mais de um “vilão”, só confesso que teve muita coisa que eu vim a descobrir antes de ser revelado, mas isso, logicamente, se você seguir bem as pistas dada no livro.

Agora, cá entre nós, Violet minha filha, quando você vai deixar de ser burra? Sério mesmo, dizem que errar é humano, mas persistir no erro é burrice, porém Violet persiste no mesmo erro que quase a fez ser morta no livro anterior, eu juro que me irritei um bocado com ela. Nesse aspecto acho Violet muito personagem, quero dizer, ter a sorte que ela tem, não é para qualquer um, vocês devem agora achar que fiquei louca por falar isso afinal “Desde quando uma garota que sente ecos da morte é sortuda?”, mas de verdade, ela cisma em fazer tudo sozinha, mesmo com experiências passadas (onde mostra que o anjo da guarda dela é na verdade o super-homem para ela escapar dos problemas que causa ao ser teimosa), Violet continua arriscando a própria pele. De boa, eu tenho 25 anos, fui assaltada no meio do ano por um cara armado e ainda morro de medo de passar sozinha no local onde sofri o assalto, ou começo a suar frio quando vejo uma bicicleta, agora Violet foi perseguida e quase morreu no ano anterior e continua desafiando a sorte. O que a torna muito “apenas um personagem”, afinal, ninguém teria tanta sorte como ela se gostasse tanto de provocar a morte como ela faz.

Mas apesar disso, vale muito a pena ler o livro, principalmente pelos irmãos Russos, quando terminar o livro você vai querer leva-los para casa e cuidar deles com todo amor e carinho.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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