Preciso dizer antes que de todos os livros da série Crepúsculo, Eclipse foi o que menos me agradou, então sim, por mais que eu goste da série, não consigo falar de Eclipse sem implicar muito com ele. Então desde já peço desculpas aos fãs mais cricris e apaixonados.
Eclipse além de me proporcionar uma leitura altamente entediante, com poucas passagens de efeito, me deixou em muitos momentos com uma uma tremenda vontade de jogá-lo contra a parede, atirá-lo pela janela do trem (sim, eu lia a caminho do trabalho) ou fazer algumas páginas em pedacinhos (sim, eu já disse que eu não curto essa coisa de triângulo amoroso. Ainda mais quando não é algo tão profundo e emocionante assim).
E para a minha tremenda infelicidade, o livro é quase que todo construindo em cima do dilema de Bella entre Jacob e Edward. O meu descontentamento com isso já existia porque sempre fui team Edward declarada. Piorou quando me deparei com o comportamento herege, profano e traíra de Bella nesse livro.
Fiquei pensando: Quando o Edward foi embora essa garota surtou. Ficou se atirando de penhascos e andando em motos perigosas apenas para ter o gostinho de ouvir a voz do grande amor de sua vida. Agora que ela o tem de volta, sente-se no direito de ficar confusa e insegura com ele por causa do Jacob. Só que não, né querida!
Eclipse me decepcionou em muitos níveis diferentes, começando pela perda de qualidade gritante que todos os personagens sofreram.
1- Edward se transformou de vez em um bobão paranoico capacho da Bella. Se ele fosse esperto, daria um pé na bunda dela e deixaria ela por aí de novo para refazer os pedaços. Tenho certeza que rapidinho ela acordaria pra vida;
2- Jacob não saiu perdendo tanto, mas oficializou seu papel de cachorrinho da humana insegura e dividida entre os dois únicos homens que conheceu na vida;
3- E quanto a ela, Bella Swan, apesar de ter recuperado parte do que ela foi no primeiro livro da série, caiu de vez num abismo de chatura sem procedentes. Aquela explicação de que ela agia daquele jeito por que era simplesmente humana não colou comigo. Não mesmo. Seria mais fácil Stephenie ter dito que era daquele jeito porque ela queria que fosse daquele jeito e não porque a Bella precisava passar por aquele para se resolver na vida – Você-me-deu-muito-sono-Bella.
Enquanto todo esse drama à la Televisa acontecia, uma gente estranha (vampiros do mal) estava organizando um super exército de recém criados para se vingar de Bella e dos Cullen – nossa, quanta emoção!
Mas quem conseguiu encarar Eclipse, sabe que isso não é nada. A coisa mais incrível, chocante e inacreditável desse livro – voltando ao drama caótico que Bella viveu em Lua Nova – contrariando todo o bom senso que existe no mundo, foi que a garota hesita, enrola, resiste diante do pedido de casamento do vampiro pelo qual ela quase quebrou o pescoço se atirando de um penhasco para apenas, repito, ouvir a voz dele mandando que ela parasse com a maluquice. Agora me diz se dá pra entender essa gente?Qual é mesmo o sentido disso?C* doce?Não. É muito mais do que isso. O negócio de Eclipse foi lucro, dinheiro, bufunfa, dólar. São incríveis 446 páginas de NADA!São quatros livros para uma história que poderia ser perfeitamente resumida apenas em um único livro. Seria tão lindo se existisse apenas o Crepúsculo, tão maravilhoso se Meyer não se enrolasse cada vez mais com a história que criou, inventando coisas para encher e vender linguiça que até God dúvida. Putz, e eu ainda nem estou falando de Amanhecer.
A franquia estava rendendo tanto dinheiro para os cofres da Summit, que menos de um ano após o lançamento de Lua Nova nos cinemas, a Summit atacou no verão (americano) de 2010 com “A Saga Crepúsculo : Eclipse”, com a direção de David Slade. Eclipse foi vendido como sendo algo mais escuro, mais sinistro, com mais ação, para os meninos. Bobagem. Achei Eclipse o filme mais chato dos cinco. Vi apenas uma única vez. Nos cinemas. E só. Pelo menos eu gostei bastante da trilha sonora.
Eles voltaram para o gelado-azulado-debotado do primeiro filme, o que eu gostei. Bella e Edward ficaram mais joviais, embora mesmo com a péssima qualidade do primeiro, nenhum dos filmes seguintes foi pário em caracterização com ele – tudo bem que eles foram envelhecendo, mas a atmosfera do Crepúsculo dos cinemas é a mesma que encontramos no livro escrito por Meyer.
Histórias de alguns personagens são contadas através de flashes backs, o que acontece também no livro, mas sem o recurso do flash back. Alguns efeitos ficaram melhores, como os utilizados nos lobos, mas muita coisa ficou irritantemente ruim como as cenas finais do filme, da grande batalha com os recém criados e com o super boss. Aquele cenário falso com neve estava mais irritante do que a peruca usada pela Kristen Stwart. Era melhor não ter feito nada!
No elenco houve uma grande mudança quando Bryce Dallas Howard substituiu Richelle Lefevre no papel da vampira Victoria. Na época, a Summit alegou que o desligamento de Richelle da trama, foi por “incompatibilidade de agenda”, algo que atriz negou posteriormente.
A Saga Crepúsculo : Eclipse somou US$ 698 milhões nas bilheterias de todo o mundo, deixando uma grande expectativa para a reta final da badalada saga de vampiros, que foi dividida em parte um e dois para a produção de mais dinheiro. Falo dela amanhã!
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2 Responses
Estava pesquisando imagens do livro quando me deparei com o post. Achei que foram INCRÍVEIS os seus comentários sobre a história. Apesar de amar a saga, o livro que mais me desapontou foi Lua Nova por diversos motivos; e o que mais me alegra é ver pessoas como você que são capazes de amar e odiar algo, sendo sincera quanto à qualidade.
Muito, muito, muito mais sucesso!
http://www.rodadeprosa.com
Obrigada Cibele!
Acho que depois de Crepúsculo, as coisas saíram totalmente dos trilhos. Até Lua Nova até deu pra levar, mas Eclipse e Amanhecer, peloamor, gosto nem de lembrar!