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Hoje para o terceiro dia da nossa “SEMANA DO ORGULHO LGBTQ NO MEU MUNDO” vou listar os melhores 5 personagens LGBTQ dos quadrinhos..

5 – Mística (Marvel Comics)

A icônica vilã de pele azul da Irmandade dos Mutantes, do universo dos X-Men, é bissexual. Ela e a vidente Destino têm um relacionamento de longa data e, juntas, foram mães adotivas da X-Men Vampira. Chris Claremont, roteirista da série, diz que a personagem teria gerado Vampira quando transformada num homem, mas a Marvel não deixou esta história ser publicada por causa da legislação de quadrinhos vigente à época. A primeira aparição da transmorfa foi num quadrinho da Ms. Marvel de 1978. Apesar de já ter tido duas versões no cinema, e inúmeras versões animadas, nenhuma delas até agora mostrou sua sexualidade como bi.

4 – Loki (Marvel Comics)

Vilão e meio-irmão de Thor, Loki já apareceu como mulher depois do arco Ragnarok (2004). Em sua série própria, Agent of Asgard, ele é bissexual e transgênero – Loki varia entre as formas de homem e mulher (quando usa o nome Sif). O personagem apareceu pela primeira vez em 1962. Loki já foi retratado no cinema uma vez, e tem inúmeras aparições em animações, porém em nenhuma delas sua sexualidade ou identidade de gênero é explorada.

3 – Batwoman (DC Comics)

Kate Kane deixou o exército norte-americano por ser lésbica. Depois de ter sido salva por Batman, a jovem resolve viajar o mundo aprendendo artes marciais e aprimorando suas habilidades físicas e mentais. De volta a Gotham, ela descobriu que o Batman não estava mais protegendo a cidade é resolveu lutar contra o crime com as próprias mãos assumindo a identidade de Batwoman. Ela é parceira de Renee Montoya (Questão) tanto na luta contra o mal como na vida amorosa. Quando a DC Comics impediu, em decisão editorial, a personagem de se casar com sua namorada, sua dupla de roteiristas pediu demissão. Batwoman estreou em 2006.

2 – Hulking e Wiccano (Marvel Comics)

Sei que era para ser um só, mas não me aguentei, eles são o casal mais fofo que eu shippo muito, ambo membros dos Jovens Vingadores, fazem parte de uma geração que aceita o relacionamento homo-afetivo de maneira aberta. Nas histórias deles, os parceiros de time e outros Vingadores acham o namoro dos dois uma coisa natural, e eles são apenas um casal como todos os outros e fogem do clichê de apenas abraços intensos em cena. Hulkling é alienígena (metade Kree, metade Skrull, duas raças alien do universo Marvel) e surgiu em 2005. Wiccano é mutante. Tem dons eletrocinéticos e mágicos, e estreou em 1986. Um detalhe interessante é que ambos os personagens são declaradamente judeus, marcados até em seus sobrenomes Altman e Kaplan. Fato esse que não demonstra ironia já que o criador dos personagens, Allan Heinberg, é gay e judeu. Atualmente os dois estão noivos nos quadrinhos.

1 – Estrela Polar (Marvel Comics)

Jean-Paul Beaubier, também conhecido como “Estrela Polar”, é o mutante superveloz que já fez parte dos X-MEN e da Tropa Alfa.Sua primeira aparição foi em 1979. Ele é o primeiro super-herói assumidamente gay dos quadrinhos. Causou furor em 2012, quando se casou com seu namorado.

Com o passar dos anos a inclusão de personagens LGBTQ veio aumentando nos quadrinhos, porém mesmo aparecendo novos personagens e a mudança de alguns personagens, seja na etnia ou na orientação sexual o público hetéro nerd tem se mostrado bem averso a essas mudanças. Apesar de muitos deles serem leitores de HQs como Xmen que prega a aceitação de diferenças e luta contra preconceitos, o público ainda se mostra extremamente preconceituoso, planejando boicotes e atacando as páginas online com comentários homofóbicos, misóginos e racistas, tudo em nome da “defesa da originalidade” do personagem. O que é difícil de entender, visto que boa parte do público consegue amar um vilão que é capaz de fazer atrocidades pelo o que deseja mas não pode ao menos aceitar um personagem LGBTQ que vem para o lado dos moçinhos? Outro fato que podemos reparar é que a maioria dos personagens que são LGBTQ em suas adaptações fora das HQs são sempre representados de forma heterossexual, ou seja, a representatividade que já é pouca, muitas vezes é perdida nas adaptações, e os fãs nerds que reclamam quando há alguma mudança na orientação de um personagem e que prezam tanto pela “originalidade” não reclamam.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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