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Hoje no segundo dia da nossa “SEMANA DO ORGULHO LGBTQ NO MEU MUNDO” venho trazer outro top 5, porém dessa vez em ver de ser das séries, será do cinema.

5 – LeFou (Josh Gad) – A Bela e A Fera

O filme A Bela e a Fera veio para quebrar inúmeros paradigmas no mundo: além de ser um filme sobre uma princesa empoderada, conta com o primeiro personagem abertamente gay da Disney; LeFou, o fiel escudeiro de Gaston. Ele não só fala sobre ser apaixonado pelo caçador, como também tem cenas que demonstram isso. Uma vitória incrível para o estúdio que por décadas recebeu críticas por não sair da mesmice e ter uma mentalidade tão fechada.

4 – Patrick (Erza Miller) – As Vantagens de ser Invisível

As Vantagens de Ser Invisível mostra como é complicado lidar com o preconceito e a homofobia quando se é um adolescente. Patrick, interpretado por Ezra Miller, é apaixonado por Brad, que ainda não saiu do armário e tem um pai que é muito rígido e homofóbico. O longa fala muito também sobre amizade: quando Patrick está inconsolável e beija o amigo, Charlie, como uma forma de esquecer a dor, ele é encontrado com carinho e consolo e não com repulsa ou raiva.

3 – Lili Elbe (Eddie Redmayne) Garota Dinamarquesa

A dinamarquesa Lili Elbe é conhecida por ser uma das primeiras pessoas transgêneras a fazer a cirurgia de mudança de sexo. Ela entrou para a história da medicina por se submeter a um procedimento que, naquela época, o ano de 1930, era primitivo. A ciência não estava preparada para casos como o de Lili. Antes disso, ela era um homem atormentado que contemplava o suicídio por não compreender sua identidade – o bem-sucedido pintor Einar Wegener foi casado com uma mulher, a também artista Gerda Wegener, por quase 30 anos. A história do filme é baseada nessa história real, numa versão romantizada, mostrando a descoberta do seu gênero, a luta para conseguir mudar para o seu corpo correto e ter lidar com todo preconceito da época. Tudo isso com a ajuda de sua esposa e melhor amiga Gerda, que por mais que ajude, começa a desabar ao sentir que está perdendo seu esposo e melhor amigo. Apesar de ter alguns erros no seu roteiro, como ocultação de alguns casos homossexuais que Einer teve antes da cirurgia e Gerda casos lésbicos, o que causa uma confusão sobre a conduta de orientação sexual e a identidade de gênero. O filme conta com atuações maravilhosas, um excelente figurino é uma história que nos sensibiliza do início ao fim.

2 – Dumbledore (Richard Harris/Michael Gambon) – Saga Harry Potter

A escritora britânica J.K. Rowling, autora da série “Harry Potter”, revelou que o personagem Alvo Dumbledore, o sábio diretor da escola de bruxos Hogwarts, é gay. Enquanto promovia o sétimo livro da série, “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, ela foi questionada sobre “o verdadeiro amor” do personagem, e respondeu:”Dumbledore é gay”.Ela ainda explicou que ele era apaixonado pelo bruxo das trevas Grindelwald. Apesar de termos 8 filmes adaptados nenhum abordou isso, o tema deverá ser abordado na sequência de “Animais Fantásticos e Onde Habitam”.

1 – Trini (Becky G) – Power Rangers

Trini foi a primeira personagem abertamente LGBTQ em um filme de super heróis, e consequentemente a primeira super heroína lésbica. Trini que é uma adolescente Latina e que é nova na cidade, desde o começo ela é mostrada com uma personalidade forte e um tanto quanto reclusa. Trini vai evoluindo durante o longa, e começa a se aproximar mais dos outros rangers e em um momento crucial para o longa, ela conta para os seus amigos que é lésbica, num diálogo emocionante, que pessoalmente me tirou lágrimas no cinema, porque me senti extremamente representado. Apesar de até agora não ter sido mostrado nenhum para romântico, o fato da comunidade gay ter uma heroína para chamar de nossa já é algo bem grande, vamos esperar os próximos filmes para ver a evolução disso.

Essa foi a lista de hoje, foi bem difícil colocar apenas 5 personagens e que tivessem uma boa representatividade, vale lembrar também que por mais que tenhamos ganhado cada mais destaque no meio cinematográfico, de 126 filmes lançados pelas grandes gravadoras no ano passado apenas 22 tinham algum personagem LGBTQ em seu elenco. Outro grande problema é o grande número de atores Hetéros cis atuando como gays, lésbicas ou trans, assim a comunidade não tendo uma visibilidade total, devido ao não uso de  atores ou atrizes realmente LGBTQ.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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