Cat Brenner tem uma vida perfeita: mora num flat em Londres, tem um emprego glamoroso e um perfil supercool no Instagram. Ah, ok… Não é bem assim… Seu flat tem um quarto minúsculo – sem espaço nem para guarda-roupa –, seu trabalho numa agência de publicidade é burocrático e chato, e a vida que compartilha no Instagram não reflete exatamente a realidade. E seu nome verdadeiro nem é Cat, é Katie.
Mas um dia seus sonhos se tornarão realidade. Bom, é nisso que ela acredita até que, de repente, sua vida (não tão) perfeita desmorona. Demeter, sua chefe bem-sucedida, a demite. Tudo o que Katie sempre sonhou vai por água abaixo, e ela resolve dar um tempo na casa da família, em Somerset. Em sua cidadezinha natal, ela decide ajudar o pai e a madrasta com a nova empreitada do casal: os dois planejam transformar a fazenda da família em um glamping, uma espécie de camping de luxo e estão muito empolgados com o novo negócio, mas não sabem muito bem por onde começar.
E não é justamente lá que o destino coloca Katie e sua ex-chefe cara a cara de novo? Demeter e a família vão passar as férias no glamping, e Katie tem a chance de, enfim, colocar aquela megera no seu devido lugar.
Mas será que ela deve mesmo se vingar da mulher que arruinou sua vida? Ou apenas tentar recuperar seu emprego? Demeter – a executiva que tem tudo a seus pés – possui mesmo uma vida perfeita ou, quem sabe, as duas têm mais em comum do que imaginam? Porque, pensando bem, o que há de errado em ter uma vida (não tão) perfeita?
Quando fiquei sabendo que sairia este livro senti a necessidade de lê-lo por motivos de Sophie Kinsella!
Em Minha vida (não tão) perfeita conhecemos a história de Cat, uma jovem recém formada que morava no interior, e que na verdade se chama Katie. Mora num apartamento minúsculo com pessoas estranhas, um emprego que só lhe oferece funções pouco desafiadoras e conta cada moedinha para poder fechar o mês. Depois de trocar o nome para Cat, para perder o ar interiorano, e construir um mundo paralelo com tudo que ela sonha, só tem um lugar que ela pode expor essa vida de fantasia: o Instagram, a terra das vidas perfeitas.
Quase como uma marca registrada, Sophie Kinsella consegue através de clichês trazer algo esplêndido para se ler: uma história bem construída, onde todas as situações de aperto e comédia da personagem é apenas um pano de fundo para todo o processo de aprendizado e amadurecimento da personagem, dando uma sensação de satisfação na leitura. Em diversos momentos é possível se ver dentro da história.
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O livro conta com diversas reviravoltas e tudo começa quando Cat é demitida por sua chefe e toda vida “perfeita” inventada para seus amigos e familiares desmorona, fazendo com que ela precise voltar para casa de seus pais, naquele interior que ela queria esquecer. Como se não fosse o suficiente, ela decide ajudar os pais com um novo negócio na área hoteleira e, nada mais nada menos que sua antiga chefe resolve se hospedar com toda sua família, criando um verdadeiro furacão emocional para Cat.
A identificação com Cat é fácil, basicamente uma representação de como seguimos a vida atualmente/; exageradamente frustrados e juvenis, com reclamações para dar e vender. Eu sempre digo que os livros são uma representação da sociedade onde estão inseridos e aqui a autora conseguiu ser fiel ao nosso dia a dia: as aparências sendo mais importante do que a vida real..
Minha Vida (não Tão) Perfeita não é daqueles livros de finais surpreendentes, ele é um clichê, mas com certeza é uma leitura prazerosa. Chego a ser um pouco suspeita de falar pois tenho Sophie Kinsella como autora favorita da vida, porém o trabalho dela é sempre feito com maestria. Entre risadas e situações loucas sempre uma pequena reflexão sobre sua vida.
Resenha por Rafaela Degliomini
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🙂