“Com muitas cenas de suspense e horror, o filme “A Bruxa” é situado na Nova Inglaterra, no ano 1630, e é narrado pela jovem Thomasin. Após a mudança de sua família para a nova casa, coisas estranhas começam a acontecer: animais tornam-se malévolos, a plantação morre e uma criança desaparece aparentemente possuída por um espírito maligno. Desconfiados e paranoicos, os membros da família acusam a adolescente de praticar feitiçaria.”
Diferente do que a maioria dos críticos, profissionais ou não, relataram, o filme A Bruxa foi uma verdadeira decepção. Não consegui ver o filme na estreia e devido a vários imprevistos, que hoje encaro como salvação do meu dinheiro, não peguei uma sessão no cinema. Assisti ao longa superestimado dias atrás, e antes disso eu o defendia bastante. As pessoas chegavam do cinema e falavam que era ruim, que não dava nenhum pouco de medo e eu sempre frisando que sua finalidade não era causar um medo comum, como disse o mestre King, era um “terror de mal estar”. Para a analise crítica do ponto de vista técnico e até estético o filme deve ter sido realmente bom, pois até prêmios ganhou, porém estou me colocando como mero expectador e adorador de filmes de terror que sou: o filme realmente não dá muito susto e, sim, ele causa uma agonia inicial, mas achei tudo muito parado, a trilha não é boa, e o silêncio que deveria ter causado minha morte mental de agonia, na verdade me causou tanto tédio que, admito, tive que pular uns dez minutos (curiosamente voltei os dez minutos por motivos de TOC, e percebi que realmente não perdi nada).
O final é um pouco interessante, mas realmente não me causou nenhum espanto. A todo o momento se repete que a protagonista era acusada por algo injustamente, e que ela não era culpada fica óbvio o tempo inteiro. Li por esses sites aleatoriamente que o filme trazia uma importante questão relacionada ao machismo, o patriarcado, assuntos ligados ao feminismo de forma implícita. Realmente é bem forte a presença do patriarcado, pois a família está sempre tomando o pai como “norte” em todas as problemáticas recorrentes, mas sinceramente não vejo uma abordagem crítica ao tema, vejo uma abordagem meramente representativa que em nenhum momento me fez repensar sobre esses assuntos, que diga-se de passagem, são bem importantes. No fim de tudo foi só mais um filme de terror para a minha coleção de filmes que nunca vai ter um replay na minha vida.
Para ser um pouco positivo e não mostrar totalmente odiador do longa de Robert Egges, eu senti muito nervoso e aflição em apenas uma cena…
A PARTIR DAQUI TERÁ SPOILERS, SÓ CONTINUE LENDO SE NÃO SE IMPORTAR COM ISSO
A cena em que a protagonista, Thomasin, mata sua mãe.
Obrigado pela atenção, até a próxima, bjks
2 Responses
Apesar dos pesares acho que o final compensa, gostei do filme pois entendi que o bode tava ali o tempo todo usando em vários momentos pra desestabilizar a família e levar a alma da pessoa que ele queria e ele conseguiu, sem meter terror em ninguém apenas da forma mais natural possível pra parecer que e pura loucura quando na verdade e ele ali por trás de tudo, achei inteligente.
Eu me divido com relação á Thomasin. Se ela sempre foi uma ou se torna após o assinar o livro. Pois quando na cena do celeiro os gêmeos gritam ao ver a bruxa, ela “acorda” ,grita e nada mais acontece ate William achar ela com o celeiro destruído e as cabras mortas,quando ela diz que a bruxa veio do céu. A cena final parece ser a repetição factual do que ela inventa ou não ao falar para a gêmea que sua alma dança nua com o Diabo. Além disso alguém mais percebeu o olhar do bebê antes de desaparecer? Ele muda a expressão como se ela tivesse se transformado por um instante. Além disso a bruxa vista carregando o bebê, usa uma.capa vermelha, e reparei que o bebê estava deitado num pano vermelho também. Porem por outro lado a bruxa que seduz Caleb, tem mãos enrugadas. Porque Thomasin se transformaria (e ai a hipótese do incesto) e mesmo assim teria mãos enrugadas? Essa dúvida é colossal. Excelente filme.