[Resenha] The Ender's Game – O Jogo do Exterminador

Desde a primeira vez que vi o trailer deste filme fiquei interessado por ele, ainda mais quando soube que era adaptação de um clássico da literatura. Como Hollywood está sedento por adaptações literárias e ainda mais pelas que são voltadas para o público jovem é muito difícil saber se esta seria uma boa adaptação, um divertimento passageiro ou apenas mais um erro cinematográfico.

Pois bem, o filme é simplesmente fantástico. É aquele tipo de filme que é voltado para o publico adolescente, mas que com certeza vai cativar jovens adultos. O foco da história trata da preparação para uma guerra entre uma espécie alienígena que, cinco décadas antes, havia entrado em conflito com a humanidade quando tentaram criar uma colonia no planeta, de forma nada pacifica. E que com a intervenção de Mazer Rackham (Ben Kingsley) durante a primeira guerra contra os formics é que foi conseguida a vitoria sobre esta raça alienígena E para que uma nova invasão, possivelmente maior, ocorra a Esquadra Internacional cria uma escola para treinar futuros comandantes das frotas de ataque contra estas criatura, no entanto todos os seus alunos são apenas crianças super dotadas, o que acaba por criar um conflito entre o peso de uma imensa responsabilidade e a inocência de uma criança. É ai que somos apresentados a Ender, o jovem herói desta história, um garoto super dotado que se destaca em meio a todos os simuladores de combate. Agora vou fazer uma analise mais técnica do filme.

Logo de inicio somos apresentados a efeitos especiais de primeira qualidade, dá pra ver que não pouparam gastos para criar um ambiente bem futurista para fazer jus a este clássico da literatura, nada mais justo. No entanto, não pense que o filme se firma apenas por seus efeitos como muitas obras estão fazendo ultimamente. Dá pra ver que escolheram a dedo o elenco não para que fosse apenas mais um filme de ficção cientifica, mas sim um filme que trouxesse um peso psicológico gigantesco em suas atuações. Não preciso nem ficar falando das atuações de Cel. Graff (Harrison Ford) e da Major Anderson (Viola Davis) que foram primorosas, mas já era de se esperar tendo em vista toda a trajetória cinematográfica de ambos. O que me surpreendeu mais foi a atuação do elenco infantil. Asa Butterfield, que interpreta o protagonista Andrew “Ender” Wiggin com certeza depois deste filme firmará seu lugar Hollywood, ele nos apresenta um jovem menino que tem de escolher entre se tornar o “salvador” da humanidade, mas com todos os medos que uma criança pode ter quando lhe é designada uma grande responsabilidade e faz isso de forma primorosa, tanto que as cenas finais mostram o quão capacitado ele é para incorporar papeis densos como este. Mesmo aparecendo pouco na história Abigail Breslin que intepreta Valetine, irmã de Ender consegue roubar a cena nestes poucos momentos. Outra que se destaca bastante também é Heinlee Steinfeld como Petra Arkanian que se torna uma grande amiga (possível par romântico) de Ender.

O filme traz toda uma critica social ao sistema de como uma guerra é feita e mostra que numa guerra não existem mocinhos. Que chega um hora em que todos acabam por virar vilões. Então se você é fã de uma boa distopia tais como “Jogos Vorazes” e “Divergente” e também gosta de filmes de ficção cientifica como “Independence Day” este filme é um prato cheio para você. Não vou lhes dar spoiler sobre o final do filme, mas vá preparando seu coração para ficar dilacerado ao fim deste filme e também tente ficar o mais calmo possível , pois ao fim há uma reviravolta de deixar os cabelos de pé.

Confiram o trailer:

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