[Resenha] Sem Deixar Rastros

Myron Bolitar parecia destinado a uma carreira de sucesso na NBA quando uma lesão no joelho o afastou das quadras para sempre. Porém, 10 anos depois, o agente esportivo e detetive particular com passagem pelo FBI está de volta ao jogo – não para cumprir seu destino como astro do basquete, mas para desvendar mais um mistério.

O ídolo dos Dragons de Nova Jersey, Greg Downing, maior adversário de Myron na época da faculdade, desapareceu sem deixar rastros pouco antes das finais do campeonato nacional. À frente do caso, com a ajuda de seus dois fiéis escudeiros, Win e Esperanza, Myron trabalhará infiltrado entre os jogadores para tentar obter informações capazes de levar ao paradeiro do antigo rival, com quem também competiu pelo amor de uma mulher

Myron está se saindo muito bem como agente esportivo, contando com a ajuda de uma equipe pequena, porém eficaz, composta por seus dois melhores amigos, Win e Esperanza. Até que tudo muda para esse carismático personagem bom de briga quando ele recebe uma proposta para voltar a jogar basquete, algo que ele não faz há tempos por causa de uma grave lesão no joelho que o afastou e pulverizou todos os seus sonhos como atleta profissional de basquete.

O livro começa com Myron recebendo a proposta de Clip Arntein, um dos presidentes dos Dragons, que sugere que ele volte para as quadras, mas com o único intuito de usar seus dotes de ex detetive do FBI para descobrir o paradeiro Greg Dowing, ídolo da equipe, antigo rival de Myron, e que sumiu do mapa repentinamente.

Por algum motivo que sempre me deixa muito feliz, Harlan Coben nunca se cansa de me surpreender. Por mais que eu leia, releia e ache que eu já conheço sua linha de raciocínio, suas tiradas engraçadinhas e suas pistas falsas; no final eu acabo descobrindo que eu nunca sei de nada sobre o jeito genial que ele tem de pensar e no conhecimento que ele tem todo especial de passar sua genialidade para seus livros.

Em Sem deixar rastros, o autor mais uma vez nos faz embarcar numa investigação de tirar o folego com muitas pistas, interrogações e reviravoltas. Para investigar o desaparecimento de Dowing, Myron conta com a ajuda de sua sócia, amiga e ex-lutadora Esperanza, e também com o excêntrico e nada convencional almofadinha Windsor Horner Lockwood III, nosso querido Win.

Coben nos dar a oportunidade também de entender melhor o passado de Myron, como o fato que culminou em seu rompimento com Jessica antes do retorno dela para sua vida (Em Quebra de Confiança #1). A explicação fica um pouco vaga, mas dar pra ter uma base melhor do que aconteceu entre os dois. Por algum motivo, me vejo obrigada a concordar com a Esperanza. Acho a Jess mesmo uma bicaste!(ha ha ha…)

Cof cof!

Mas durante a investigação em torno do desaparecimento de Dowing, nem o próprio Mayron poderia imaginar o quanto seu passado seria importante para o desfecho final de toda a trama. Myron acaba se deparando em situações que nunca imaginou reviver. Pesadelos que ele enterrou há muitos anos atrás no fundo de uma gaveta, mas que fogem dela para mudar a vida de todo mundo que está envolvido com a história. Essa ligação foi o grande ponto alto do livro na minha opinião. É tipo, UAU.

Então, não dá pra perder essa chance de conhecer um pouco mais sobre a vida Myron Bolitar, não mesmo.

Harlan Coben é simplesmente um dos autores de ficção policial mais lido em todo mundo. Sempre surpreendendo seus leitores e tratando de problemas sociais de um jeito crítico bem humorado e sarcástico que te prende a suas histórias do início ao fim. Tirando um erro feio de edição que você encontra neste livro, onde ler-se que Myron tem uma irmã e não um IRMÃO conforme já é fato para todos os fãs e seguidores da série Bolitar, o livro é perfeito, você não irá se arrepender.

E caso este humilde incentivo não tenha bastado, mandarei o Win atrás de você!!

A série foi lançada fora de ordem aqui no Brasil, mas nada que possa atrapalhar a leitura. São elas até o momento:

• Quebra de Confiança;
• Jogada Mortal;
• Sem deixar Rastros;
• O preço da vitória;
• A Promessa;
• Quando ela se foi;
• Alta Tensão.