O Darkling comanda Ravka em seu trono das sombras. Agora o destino da nação depende de uma Conjuradora do Sol arruinada, de um rastreador desonrado e dos cacos do que antes fora um grande exército mágico.
No fundo de uma antiga rede de túneis e cavernas, uma fraca Alina deve se submeter à duvidosa proteção do Apparat e daqueles que a veneram como uma Santa. Porém, sua mente está na busca pelo misterioso pássaro de fogo e na esperança de que um príncipe foragido ainda esteja vivo.
Alina deverá formar novas alianças e deixar de lado velhas rivalidades, enquanto ela e Maly buscam pelo último dos amplificadores de Morozova. Mas assim que começa a elucidar os segredos do Darkling, ela descobre um passado que mudará para sempre seu entendimento sobre a ligação que os une e o poder que ela carrega. O pássaro de fogo é a única coisa que está entre Ravka e a destruição — e reivindicá-lo pode custar a Alina o futuro pelo qual ela tem lutado.
Este é o terceiro e ultimo livro dessa brilhante trilogia. A autora Leigh Bardugo conseguiu criar um mundo interessante, repleto de crenças e misticismo. Poderia ter tido um final melhor? Poderia, mas foi de certa forma foi bem surpreendente. Só achei que o personagem do Darkling sendo ele o grande vilão foi bem mal explorado nesse ultimo livro tendo passagens pequenas e nada significativas. É um personagem carismático e complexo, valia a pena ter sido melhor trabalhado.
Depois do final de tirar o fôlego de Sol e tormenta, o nível de expectativa aumento consideravelmente sobre o desenrolar da trama. Alina está escondida no subsolo aos cuidados do Apparat e cercada por seguidores que a veneram como Santa. Devido à falta de luz, ela esta cada vez mais fraca, praticamente enterrada viva, fora que o peso da responsabilidade está cada vez maior e os últimos acontecimentos só mostram que será necessário se doar muito mais para que tudo acabe bem.
É bizarro ver o quanto as pessoas são suscetíveis, não que ela não fosse realmente importante, pois ela é o contraponto ao Darkling, a luz na escuridão e tudo mais. Mas o que me assusta é como o Apparat manipulou a fé das pessoas, a transformou numa arma poderosa para unir e guiar um exercito. A imagem dela deixou de ser meramente de uma grisha poderosa para se tornar a santa que os levaria a glória. Pressãozinha de leve!
O clima é de muita tensão e de falta de esperança. Muitos dos grishas foram dizimados em seu ultimo conflito com o Darkling, o próprio Nikolai encontra-se desaparecido e a vida no subsolo estava cada vez mais impraticável. A esperança estava em encontrar o terceiro amplificador, o pássaro de fogo de Morozova, que poderia conceder a Conjuradora do Sol o poder suficiente para derrotar a escuridão. Veja bem, a própria Alina não consegue discernir se a busca é motivada por altruísmo ou apenas pelo puro poder. Essas duvidas e medos da protagonista são bem pontuados e estão sempre a impulsionando a seguir em frente. A Autora conseguiu equilibrar muito bem a ação e as questões políticas com esses momentos mais sentimentais.
Assim que fogem do subsolo e reencontram o Nikolai a historia toma uma guinada mais interessante. O quadrilátero amoroso ficou de plano de fundo, mas não aconteceu nada para além do esperado. Não foi negligenciado nem nada, mas achei que as possibilidades eram tão ricas que fiquei meio sei lá, esperando mais.
Foi um livro bem amarrado, com uma narrativa bem leve e rápida, sem contar com um desfecho que me surpreendeu positivamente. Para quem gosta de uma boa aventura essa trilogia foi um achado.
Trilogia Grisha:
– Ruínas e Ascensão;
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