‘Quem Salvará o Herói?’ é um livro escrito em co-autoria pelos autores Fabrício Medeiros (O Sol da Meia-noite) e Carla Montebeler (Série: As Crônicas de Adulão).
‘Quem Salvará o Herói?’ conta a história de Asafe, um menino quase sem fé. Asafe não é nenhum herói, e não tem nada de herói em si. Ele mesmo se julga covarde, e odeia a si mesmo em pensamentos. Asafe é o tipico garoto que apanha na escola, magro e feio. Mas Asafe tem uma unica característica que o diferencia dos outros, ele tem uma mutação nos olhos chamada Heterocromia, o que fazia com que ele tenha um olho castanho e o outro azul. Asafe vive em uma cidade pequena, onde as pessoas todas se conhecem, e pior, todos sabem o que acontece com ele, mas ninguém tenta ajudá-lo. O sofrimento de Asafe é unicamente dele, só dele, e de mais ninguém.
Até que Asafe encontra uma chance de sair daquele lugar, ele descobre que há um lugar para onde ele pode ir e esquecer aquela outra cidade e quem ele ali. Alana éa uma garota como ele, e é ela quem o convida para fugir. Há também Diego, que é exatamente o contrário exato de Asafe, alto, bonito e confiante. E Asafe descobre que sobretudo eles têm cada um uma dor, e o que há de tão mágico no lugar onde eles querem ir é justamente isso, pessoas cheias de problemas e dores esquecidas.
Para ser bem sincero, só li esse livro pela capa. A sinopse não diz muita coisa e a leitura só carimbou isso: não acontece nada com nada, a história não convence e a escrita muito menos.
O livro conta a história de Asafe, um garoto que perdeu a mãe, tem um relacionamento difícil com o pai, que é alcoólatra, e sofre bullying por ser portador de heterocromia, anomalia genética onde o indivíduo possui os olhos de cores diferentes. Constantemente chamado de “ceguinho” (o que não faz o menor sentido) o próprio Asafe se considera um covarde por não se impor em relação a nada em sua vida. Sentindo-se preso no pequeno inferno que ele chama de cidade, onde todos se conhecem e ninguém faz nada para ajuda-lo contra os garotos que o perseguem, quando surgem Alana e Diego, ambos estudantes do mesmo colégio de Asafe, com um convite de fugirem juntos para um lugar melhor, Asafe precisa decidir rapidamente seu futuro.
Nenhum dos personagens consegue cativar o leitor. Os únicos três que realmente aparecem na história: Asafe, Alana e Diego, parecem uma folha plana e unidimensional. Principalmente Asafe. O livro é narrado em terceira pessoa, porém focado nele, e a cada parágrafo ele vai se contradizendo mais e mais. Exemplo: em um parágrafo ele enaltece uma súbita carga de coragem e determinação, no seguinte ele se rebaixa a um mísero inutilzinho covarde que não consegue lidar com seus probleminhas; o que acarreta de fazer o leitor acreditar que ele não serve para nada como personagem – e é verdade.
O prólogo me confundiu infinitamente. Logo de cara somos jogados numa cena que acontece umas coisas sem pé nem cabeça: com um tom sobrenatural, várias pessoas se juntam em um circulo de oração com raios caindo do céu e em nenhum momento durante o livro a situação é explicada; o que faz esse prólogo ser uma discrepância grotesca para com o resto da história. Não sei sei isso é abordado nos outros livros da série, mas com certeza não pretendo continuar lendo para saber.
O que me surpreende nesse livro é que foram necessárias duas pessoas para escrevê-lo. Extremamente mal escrito e com um vocabulário tão restrito que dói – as palavras medo, ódio e covarde aparecem praticamente o tempo inteiro – , a narrativa afunda a história, que já não é lá essas coisas, até que eu só continuei lendo para achar mais erros, sejam eles da própria escrita como de revisão, que parece ter sido feita às pressas e a muito contragosto.
Aparentando uma manuscrito bruto de uma história qualquer, esse livro só conseguiu ser uma tortura enorme, e olha que são menos de 100 páginas. Peguei ele na expectativa de uma leitura rapidinha e saio dele com nada mais do que decepção.
No responses yet