O mistério que liga Tessa Gray ao Magistrado continua indecifrável. Por que Mortmain precisa tanto de Tessa para fechar o quebra-cabeça das Peças Infernais? Além de tudo, enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, ela acaba se envolvendo cada vez mais no mundo dos Caçadores de Sombras e num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para todos que ela ama.
Este é o terceiro e ultimo livro da coleção Peças Infernais da Cassandra Clare, esse livro superou todas as expectativas positivamente.
A história evolui muito bem, todos os questionamentos levantados durante os outros livros foram respondidos e ainda teve um epílogo para lá de emocionante. (Tia Cass estava tentando nos debulhar em lagrimas).
Algo bem interessante do livro foi essa ideia da vida que segue, mostrando o lado finito e o infinito, por exemplo, o Magnus Bane e a Tessa Gray são imortais vivem para sempre e na historia se pontua muito a dor da perda e a convivência com mortais. Porque o ser humano nasce, cresce, reproduz e morre PONTO e para esses personagens que acompanham essa trajetória e não podem mudar a natureza das coisas é bem difícil.
A perda é sentida de qualquer forma, sendo mortal ou imortal, isso não é o caso, mas a ideia de senti-la por cem, duzentos, mil anos ou sei lá é bem pior, porque você acaba acumulando perdas. Assumo que fiquei um bom tempo filosofando sobre isso e arrasada.
Por um lado, a intensidade do relacionamento é muito maior, pois é necessário aproveitar cada minuto, pois eles têm consciência de que acaba muito rápido. O Magnus então é muito intenso se entrega totalmente aquilo que está vivendo, seja com a sua amizade com o Will ou seu relacionamento com o Alec em Instrumentos Mortais tornando cada experiência única e marcante. Porque mesmo que ele perca sabe que fez e viveu tudo que aquele momento ou aquela pessoa poderia proporcionar. (lencinhos, muitos lencinhos!)
Ah! O triangulo amoroso é de uma singularidade e de uma complexidade enorme. Essa cumplicidade do Will, Jem e Tessa é algo tão puro. Não há comparações sobre um amar mais que o outro ou brigas sobre quem deve ficar com ela ou não ou qualquer coisa do tipo. O AMOR é tão grande e intenso que todos os três estão dispostos a abdicar de sua própria felicidade para que o outro possa tê-la.
Mas nada se compara a amizade do Will e do Jem, veja bem, nem Jace e Alec é assim cara. Sabe, é tão forte e de um amor tão profundo que é independente de qualquer ligação. Você vê que um faz parte do outro, por mais bobo que isso possa parecer, eles se complementam. É de cortar o coração, quando o laço de parabatai deles é quebrado, o sofrimento e o desespero do adeus como uma dor física é sem explicação.
A Cassandra Clare soube misturar muito bem o drama com umas pitadas de comédia, usufruindo de tiradinhas engraçadas para aliviar o clima. Outro ponto importante é o seu trabalho de pesquisa tanto nos trechos utilizados no inicio de cada capitulo quanto na geografia da Londres Vitoriana, apesar de não ser 100% fiel a época, visto que ela optou por uma visão mais particular.
O livro te prende do inicio ao fim e tem transmite valores importantes para vida (amizade, amor em sua forma plena, o saber perdoar, o saber reconhecer seus erros,…)
É uma leitura muito dinâmica com uma narrativa repleta de aventura. Cada um dos personagens ao seu jeito agrega muito a historia com suas peculiaridades, reviravoltas e situações inusitadas. Destaque para os irmãos Lightwood que são personagens secundários, mas que fizeram toda diferença. Devo dizer que entre todos eles o meu favorito é o Will, ele é PERFEITO. Seu gosto por livros, sua obscuridade, sua integridade, valores e tudo mais.
Vale muito a pena dar uma conferida nessa coleção, para quem está lendo Instrumentos Mortais, é um grande complemento, já que o Peças Infernais serve como referencia em diversas situações e os personagens se misturam.
“A vida é um livro, e há mil páginas que ainda não li.”
Will Herondale – A Princesa Mecânica
Coleção Peças Infernais é composta por 3 livros:
– Princesa Mecânica
3 Responses
[…] falei na resenha, o mais interesse da história para mim pelo menos, foi essa ideia da vida que segue. O ser imortal […]
[…] – Princesa Mecânica; […]
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