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Perdida – Sofia vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e as facilidades que ela traz. Ela é independente e tem pavor à mera menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são aqueles que os livros proporcionam.

Após comprar um celular novo, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século dezenove, sem ter ideia de como voltar para casa – ou se isso sequer é possível. Enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de retornar ao tempo presente, ela é acolhida pela família Clarke.

Com a ajuda do prestativo – e lindo – Ian Clarke, Sofia embarca numa busca frenética e acaba encontrando pistas que talvez possam ajudá-la a resolver esse mistério e voltar para sua tão amada vida moderna. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos…

Perdida é uma história apaixonante com um ritmo intenso, que vai fazer você devorar até a última página.

Sabe aquele tipo de história que você para e pensa: “Ai que fofo”, então esse é o sentimento ao terminar o livro “Perdida” da autora brasileira Carina Rissi. Esse foi o primeiro livro de alguma escritora brasileira que eu li. Não que não leia escritores brasileiros, que isso fique claro, mas dos que já li esse foi o primeiro escrito por uma mulher.

Como sou leitora assídua de Diana Gabaldon, senti certas semelhanças, mas de uma forma mais infanto-juvenil. Quem já leu Diana sabe o quanto intensa é a sua escrita. Já a da Carina é leve e engraçada. É a típica historia de que tudo dá certo no final e o amor é lindo.

Sofia Alonzo é a nossa protagonista, ela é a típica garota do século XXI. Mora sozinha, trabalhadora e simplesmente não sabe viver sem tecnologia. Celular e computador? É vida. Em um dia fatídico ela deixou sem querer cair o seu celular dentro do vaso sanitário e acabou precisando de um novo.  E foi assim que ela se meteu na maior confusão de sua vida! Pois, a funcionária da loja de celular lhe apresentou um modelo de ultima geração e bem viável ao seu bolso, mas o que ela não imagina é que ele a mandaria direto para 1830.

Em pleno século XIX, Sofia se viu perdida e atordoada, mas acabou sendo acolhida pelo jovem cavalheiro Ian Clarke (um rapaz responsável por sua casa e irmã mais nova, Elisa) que assim que a viu ferida, quase “sem roupas” (indumentária típica do século XXI) e com um vocabulário bem diferente na estrada não pensou duas vezes antes de ajudá-la e leva-la para sua casa para que um medico pudesse examina-la. Por fim ele acabou se solidarizando com a situação dela e permitiu que a mesma se hospedasse pelo tempo que fosse preciso em sua propriedade.

É super divertido ver os devaneios da Sofia e como a falta da modernidade a afeta. Convenhamos, né? Tudo bem ficar sem celular ou computador, mas BANHEIRO? É realmente tenso. Além disso, é bem difícil lidar com o fato de estar no passado e não poder contar a ninguém. Fora que única coisa que ela sabe é que o celular serve para a vendedora se comunicar com ela, mas não ao contrario, e que de acordo com a mesma, só poderá voltar para casa quando encontrar o que procura e então realmente começar a viver.  Parece mensagem de biscoito da sorte né?

Em meio a isso tudo ela acabou se afeiçoando as pessoas com as quais esta convivendo, apesar das diferenças gritantes de comportamento e costumes acabou se tornando parte da família. E como todo bom romance, surgiu algo especial entre nossa protagonista e o Ian e seu coração acabou divido sobre voltar para o futuro ou permanecer onde estava. Será que ela seria capaz de abandonar sua própria realidade por amor?

Ian é um querido! Fofo demais! É um homem de sua época, integro, responsável e um pouco antiquado nos costumes, mas tenta manter a sua mente aberta ao novo.

Perdida é um romance leve, muito divertido e repleto de reviravoltas. E a mensagem da historia é muito bacana, porque nós nos vemos cada vez mais presos e dependentes da tecnologia moderna e esquecemos-nos de olhar a nossa volta e aproveitar realmente o que a vida tem para nos oferecer.

Coleção:

– Perdida;

– Encontrada;

 

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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