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Após seu mais recente e traumático pé na bunda – o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine – Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Depois que John estourou por aqui com o profundo e de corta o coração “A Culpa é das Estrelas”, todos ficaram ávidos por mais livros escritos pelo autor e assim a editora Intrínseca, que publicou alguns livros de John aqui no Brasil, logo lançou “O Teorema de Katherine” que nos conta a história de Colin Singleton, um ex garoto prodígio, apaixonado por anagramas e curiosidades em geral.

Colin cresceu sendo incentivado pelos pais, o que faz dele alguém que queria ser muito mais do que um garoto prodígio. O que Colin mais queria era ser lembrado como alguém que fez algo realmente importante, alguém que se tornou-se genial o suficiente para fazer descobertas que mudariam o mundo.

Mas Colin tem algo peculiar, pois todas as suas ex namoras se chamavam Katherine. K-a-t-h-e-r-i-n-e, todas sempre escritas dessa forma. Foram dezenove ao total. Outra coisa muito peculiar é que eram sempre as Katherines que terminavam com ele. E após levar um pé na bunda da décima nona Katherine, o menino acaba entrando numa grande depressão. Assim, seu melhor amigo, Hassan, querendo fugir da rotina e na tentativa de ajudar Colin, propõe uma viagem de carro sem rumo pelos Estados Unidos, que acaba os levando até a cidadezinha de Gutshot , onde eles conhecem Lindsey e sua mãe Hollis, que os convida para trabalhar pra ela e a ficarem hospedados em sua mansão cor-de-rosa, onde a história toda se desenvolve.

“O Teorema de Katherine” é o típico livro onde você fica esperando, cruzando os dedos, torcendo para alguma coisa de interessante acontecer, mas que nada acontece. Achei a leitura cansativa, a construção em cima dos fatos principais morna e arrastada. John Green até tentou umas tiradas engraçadas com o Hassan, que na minha opinião é o personagem mais cativante e divertido do livro, mesmo assim Hassan não foi o suficiente para salvar a história de Colin. Achei Colin um personagem chato, pouco cativante e chorão. Essa coisa de sempre namorar K-a-t-h-e-r-i-n-e-s, fala sério!

Admito que sofri muito pra ler esse livro, pensei em largar a leitura muitas vezes, mas respirei fundo e senti um grande alívio quando cheguei ao final. Não odiei, mas achei chato pra caramba. Depois do memorável “A Culpa é das Estrelas”, não esperava uma construção, uma narrativa pouco cativante vinda do Green. Mas acontece, assim é a vida.

Minha música para esse livro:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=-Wzdml0TFks]

🙂

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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