O mundo da moda não é para iniciantes. Especialmente em Nova York. Para conquistar espaço – o mínimo que seja – é preciso muitas vezes experimentar o pão que o diabo amassou. Ou mesmo vender a alma ao dito-cujo. Mas será que vale a pena tanto sacrifício? Com conhecimento de causa, Lauren Weisberger lança a questão com charme e bom humor em seu romance de estréia, ‘O Diabo Veste Prada’, que revela, em detalhes, histórias de personagens facilmente identificáveis no mundinho fashion de Nova York.
Andy acabou de se formar em Jornalismo e precisa entrar no mercado de trabalho. Depois de tantos currículos enviados e entrevistas feitas, a jovem finalmente consegue ser contratada para assumir o cargo de assistente da famosa Miranda Priestly na revista Runway, que é a mais reconhecida de Moda. Cargo este que é visto como muito importante, capaz de trazer uma experiência enriquecedora e oportunidades únicas em grandes empresas. Muitas garotas seriam capazes de matar para consegui-lo.
Mas moda não é bem o seu forte. Andy quer trabalhar com coisas que envolvam a escrita, mas se viu obrigada a aceitar o trabalho justamente por causa da importância que ele pode trazer para o seu currículo. Aos poucos, vai descobrindo que ele exigirá muito de si e que terá que se esforçar bastante para que possa continuar dentro da empresa. Sente-se profundamente pressionada.
Acompanhamos a trajetória da personagem em primeira pessoa, de um modo que os seus pensamentos, as suas sensações, as suas emoções e o seu ponto de vista sejam bastante mostrados e possamos entrar na pele da personagem. Acompanhamos todo o processo que Andy sofre e qual o peso que suas escolhas podem tomar.
“O Diabo Veste Prada” traz uma forte reflexão em relação ao mundo do trabalho e àqueles que fazem parte desse cotidiano. Com essa leitura, percebemos as consequências de atitudes que tomamos ao longo da vida pessoal e profissional. Se você ainda não leu o livro e/ou ainda não viu o filme, está perdendo uma história incrível!
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