Categories:

O Despertar do Príncipe – Quando a jovem de dezessete anos, Lilliana Young, entra no Museu Metropolitano de Arte certa manhã, durante as férias de primavera, a última coisa que esperava encontrar é um príncipe egípcio ao vivo com poderes divinos, que teria despertado após mil anos de mumificação.E ela realmente não poderia imaginar ser escolhida para ajudá-lo em uma jornada épica que irá levá-los por todo globo para encontrar seus irmãos e completar uma grande cerimônia que salvará a humanidade.Mas o destino tem tomado conta de Lily, e ela, juntamente com seu príncipe sol, Amon, deverá viajar para o Vale dos Reis, despertar seus irmãos e impedir um mal em forma de um deus chamado Seth, de dominar o mundo.

O Despertar do Príncipe é o primeiro livro da nova coleção da queridíssima Colleen Houck. Eu gosto dessa ideia de entrar em uma cultura diferente e aprender sobre novos costumes. A cultura egípcia é muito rica, seja em sua indumentária quanto na parte religiosa com o seus deuses e simbolismos. E uma coisa que já vimos da coleção dos tigres é que a personagem principal é sempre uma ocidental que não tem muito conhecimento e no decorrer da historia vamos aprendendo junto com ela sobre a cultura em questão.  A escrita da autora é bem juvenil e com uma pegada aventureira.

Liliana Young é uma adolescente de 17 anos privilegiada, mas aprecia as coisas simples da vida. Um de seus hobbys é observar as pessoas, seus hábitos e desenhá-las. Prestes a terminar o ensino médio ela se viu em um grande dilema sobre ser o que os seus pais querem que ela seja ou seguir o que ela quer para ela mesma. É um passo difícil a ser dado.  Fora que a vida dela em si parece ser muito solitária e sem muitas expectativas.

Certa vez, em um dos seus passeios pelo MET, The Metropolitan Museum of Art, ela acabou em uma ala do museu que estava em reforma e foi lá que o Príncipe do Egito, Amon, despertou de seu sono de mil anos. Para quem tinha uma vida meio monótona e sem muita perspectiva de aventura sua vida mudou da água para o vinho na mesma hora.

Inicialmente, Liliana achou que estava lidando com alguém que saiu direto de um manicômio, como acreditar em uma historia de deuses e missões mirabolantes. Mas no fim das contas, acabou ajudando Amon na busca por seus dois irmãos para que assim juntos pudessem realizar um cerimônia e impedir o ressurgimento do deus do caos, Seth.

Por estar longe de seus vasos canópicos, Amon precisou unir o seu Kah ao de Lilly para que a força vital dela pudesse suprir aos dois enquanto não achasse seus órgãos e se fortalece.

É difícil não fazer comparações entre personagens, ainda mais quando já se leu todos os livros da autora. Tem certas similaridades como: o irmão mais centrado, o mais badboy, a menina que se torna objeto de desejo dos irmãos e o senhor mais velho que esta ali para ajudá-los a completar a missão. Isso não quer dizer que sejam idênticos, mas em alguns momentos lembramos-nos do Ren, Kishan, Kelsey e companhia.

A Lilly se mostrou uma protagonista muito coerente e questionadora. Sem muito blah blah a la Kelsey sabe? Ela tem as duvidas da idade e alguns complexos, mas sabe se posicionar e esta disposta a largar tudo por aquele que ama independente de qualquer coisa. Além de ter um humor muito peculiar cheia de ironias.

Os três irmãos são enigmáticos, com personalidades diferentes e você sente o amor e a entrega que eles têm pelo seu povo. A cada mil anos eles retornam com o mesmo objetivo e se sacrificam por ele. Amon recebeu as bênçãos do Deus Sol, Amon-Rá, tendo ele o Olho de Hórus. É extremamente altruísta, integro e fiel ao trabalho que lhe foi dado. Asten é o nosso badboy, talvez essa nem seja a palavra certa, ele é o mais bon vivant charmoso que sabe que é bonito, é a personificação do deus das estrelas, muito corajoso e fiel aos irmãos. Ahmose é uma espécie de curandeiro, personificação deus da lua. É tímido, carinhoso e adora zombar de seu irmão Asten, o que nos proporciona momentos engraçados.

É uma leitura fluida, instigante e muito divertida. O desenvolvimento da trama, todo misticismo, os costumes são sempre pontos altos dos livros da Colleen.  E questões são levantadas, será que realmente os irmãos foram abençoados ou amaldiçoados? Pois a existência deles é unicamente para a realização da cerimônia, por isso eles não podem criar ligações e ter sonhos e desejos, é um tanto quanto frustrante.  Com um final aquém do esperado, ficaremos aguardando o próximo livro da coleção. A quem diga que se chamará o Coração da Esfinge.

 

Coleção Deuses do Egito:

– O Despertar do Príncipe;
– Coração da Esfinge (especula-se);

Coleção A Maldição do Tigre:

– A Maldição do Tigre;
O Resgate do Tigre;
A Viagem do Tigre;
O Destino do Tigre;
Prequel A Promessa do Tigre;

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *