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A Filha da Floresta | Trilogia Sevenwaters – Livro 1 | Juliet Marillier | Ano 2012 | Butterfly Editora | 616 páginas | Skoob

O domínio de Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas, que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos… Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a magia uma força da Natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis amados irmãos, vítimas de uma terrível maldição que os transformou de bravos guerreiros em belos cisnes selvagens… Os invasores da floresta, os salteadores de além-mar, os bretões e os vikings, estão todos decididos a destruir este lindo paraíso. Porém, o mais urgente para os guardiões de Sevenwaters é destruir o mal sombrio que se introduziu em seu domínio: Lady Oonagh, uma feiticeira, bela como o dia, mas com um coração negro como a noite. Landy Oonagh conquista Lorde Colum, mas não consegue encantar a prudente Sorcha e seus bravos irmãos. Frustrada por não conseguir destruir a família, ela aprisiona os jovens guerreiros com um feitiço que somente a força silenciosa de Sorcha pode quebrar. Se falhar, todos continuarão encantados e morrerão! Mas os seres da floresta veem Sorcha como sua filha e a colocam sob a guarda de um destemido guerreiro, porém o preço dessa proteção é abandonar a segurança de tudo o que conhecia para seguir até terras estrangeiras e hostis… Em pouco tempo, a jovem se vê dividida entre o seu dever, que significa a quebra da maldição que aprisiona seus irmãos, e um amor cada vez mais forte, e proibido, pelo guerreiro que lhe prometeu proteção.

Eu iniciei a leitura de A filha da floresta sem muita expectativa; nunca tinha ouvido falar da série ou da autora, mas eu estava com saudade da mitologia celta em livros de ficção então me arrisquei. Não demorou muito para eu ser completamente fisgada pelo livro de abertura da série histórica e medieval de Sevenwaters.

Aquilo era amor, que consome e destrói o coração? E não da nada além do poder de ferir um ao outro? É o que faz um simples toque ser desejado e temido ao mesmo tempo? O quer que seja, é como uma ferida letal.

Aqui conhecemos Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho. Sorcha é um espírito livre e corajoso que se vê pressionada quando Lady Oonagh, esposa de seu pai, irritada com a rejeição dos filhos de Lorde Colum amaldiçoa seus seis irmãos com um feitiço que só Sorcha pode quebrar. Logo, ela se encontra sozinha e desprotegida e com um peso que apenas seu silencio pode sustentar.

Conhecer Sorcha e seus irmãos foi um refresco para minha mente. Em sua maioria são personagens dignos de um conto de fadas, apesar que nem sempre a fantasia medieval de Sevenwaters trata de assuntos tão simples quanto um vestido bonito para Cinderella. A dramatização nos acontecimentos que cercam Sorcha vão da mais suave pincelada de magia até terrores tão comuns para personagens femininas, como perda ou violência física. Em um enredo que transborda magia, Juliet nos faz mergulhar junto com os personagens em um mar de encanto e suspense. Também há uma pincelada de romance e drama, mas nada tão digno de nota.

A narrativa é fluída e eu mal senti as 600 páginas passando. Se eu li o livro em dois dias, foi muito. Eu conclui a última pagina com um aperto feliz no coração e ansiosa para a continuação; que foi lida logo em seguida, assim como o terceiro livro. A filha da floresta foi uma surpresa agradável e conquistou um lugar especial na minha estante.

Mas de uma coisa você deve se lembrar: não existe bem ou mal. Tudo muda o tempo todo e, ao mesmo tempo, continua tudo igual.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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