Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?
Se o amor fosse dado como uma doença e uma cura fosse criada, você escolheria ser curado? A cura é obrigatória para qualquer americano quando chega aos seus 18 anos ( tomada antes disso pode ter efeito colaterais físicos e psicológicos graves), pois o amor (amor deliria nervosa) é dado como um grande mal que pode vir a ser o causador de várias outras doenças. E o Estados Unidos quer se ver livre dessa doença e por isso o governo obriga todos a tomarem a cura seja por bem ou por mal.
Lena Haloway esta perto de seu aniversário de 18 anos e consecutivamente de estar segura, de tomar a cura, e ela não vê a hora de não precisar possuir mas medo de contrair amor deliria nervosa. Por estar perto de ser curada, Lena deve passar por uma avaliação que concluirá com que ela deve se casar depois de formada, um casamento seguro e pré-avaliado pelo governo. E Lena tem um bom motivo para querer estar segura, afinal se tem consequências ruins quando se “caí nas garras” da Deliria e o passado de Lena foi marcado por essas consequências, e não só o passado de Lena mas também o de toda a sua família.
Quando pequena sua mãe suicidou-se por não ser curada mesmo tendo passado por várias intervenções, deixando assim Lena e sua irmã mais velha, Rachel, sozinhas. Com a morte de sua mãe elas vão morar com sua tia Carol e seu marido que anos mais tarde também ficam responsáveis por suas primas Gracie e Jenny. Para Lena o motivo pelo qual suas primas também terem ido morar com sua tia também só faz com que ela queria seguir todas as regras se questionar e se sentir segura o mais rápido possível, isso para Lena significa tomar a cura.
Mas como nem todos são como Lena, alguns tente a resistir ao sistema. E como nem tudo é como planejamos, semanas antes de ser curada ela conhece Alex e se apaixona e isso faz com que ela pense mais sobre a sociedade em que vive e levante questões para sim mesma e em uma sociedade ditadora isso não é a melhor coisa a se fazer.
O universo criado por Lauren Oliver é realmente incrivelmente criativo e bem escrito, isso foi uma das coisas que mais me fez gostar do livro. A leitura é sutil e vai te conquistando aos poucos, fazendo com que você se apaixone pela forma que ela narra os acontecimentos. Outro ponto positivo do livro são os versos que antecedem capa capítulo.
Delírio de Lauren Oliver é um livro encantador e sutil que faz com que você se apaixone logo no seu inicio e lei ele todo o mais rápido possível. Estou louca para poder ler sua continuação, Pandemônio.
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