A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.
É de conhecimento de todos o quanto Cassandra Clare é uma escritora talentosa e o quão rico é o mundo fantástico e urbano que ela criou para Os Instrumentos Mortais. No entanto, em vários momentos durante a leitura de Cidade dos Anjos Caídos (que até agora não entendi o porquê desse nome) eu me questionei se o fato dela ter dado continuidade a estória foi realmente algo que valeu a pena. Claro que o bolso dela e os cofres da editora podem responder isso por mim. Mas no final, apesar de todo talento que Cassandra tem, fiquei com a sensação de que foi esse incrível universo que ela criou que saiu perdendo de alguma forma.
A primeira coisa que me deixou meio incomodada durante a leitura foi a demora que a estória leva para engatar, para prender e fazer as coisas se moverem dentro do livro. Ritmo frenético mesmo você só vai encontrar nas páginas finais – mesmo assim não é tão frenético assim.
A segunda coisa que me incomodou foi o Jace. Juro. Amo ele. Mas dessa vez ele conseguiu encher o meu saco durante os vários momentos dentro do livro em que ele afundou em autopiedade por causa daquela velha história com o Valentim. Tudo bem que os acontecimentos que explodiram em Cidade de Vidro ainda estão recentes nesta etapa da série, que o Valentim foi a figura dele como pai e blá blá blá… Mesmo assim fiquei muito entediada lendo os trechos em que ele remoía as velhas feridas. Ele e Clary até proporcionam cenas legais, românticas e até mesmo sensuais. Mas o caminho que Cassandra deu para Jace nesse livro para mim acabou flopando tudo no final.
Por outro lado, eu amei o fato de Cassandra ter se focado mais no Simon. Na verdade, as partes que eu mais gostei do livro foram as com o Simon, que tornou-se o personagem central nesta etapa.
Foi interessante vê-lo tentando ser um vampiro diferente, saindo de casa, indo morar com Jordan, a Marca de Caim e tudo mais. Por tabela, todos os personagens envolvidos com ele tornaram o livro melhor, como Isabelle por exemplo, que finalmente teve um destaque maior do que nos três livros passados. Cassandra nos apresentou um lado mais vulnerável dela – ao meu ver a conversa dela com Simon no Santuário foi uma das mais emocionantes e proveitosa do livro. Agora todo mundo sabe que ela é muito mais do que uma simples bitch fútil e estressadinha.
Também gostei do destaque que Cassandra deu para Maia e a importância dela dentro do livro foi o que mais me surpreendeu. E o Jordan… (suspiros)… me conquistou desde o começo, sem dúvida foi uma ótima adição a estória. Não tenho o que reclamar.
Mas a aparição de Camille, também envolvida com Simon, foi a melhor coisa do enredo para mim. Eu gosto da personalidade totalmente manipuladora, aproveitadora e oportunista que ela tem. Ela é o tipo de personagem que não dá ponto sem nó e só joga ao lado do time dos outros para beneficiar o dela própria. Além de ser um poço de mistérios. O que te leva automaticamente a querer saber muito mais sobre ela.
O final, embora seja mais instigante do que as quatrocentas páginas anteriores a ele, não me surpreendeu como deveria ter surpreendido. Apenas o nome e o peso do mestre final levantou minhas orelhas. Mas achei muito sem noção e até forçado algumas coisas que aconteceram nessa parte. Uma dessas coisas totalmente sem noção quase me fez atirar o livro contra a parede, porque foi obviamente arquitetado para deixar um gancho para o próximo livro, Cidade das Almas Perdidas.
E cara, como isso me irritou. Achei aquilo tão fraco. Me irritou porque além de fraco, me comprovou uma coisa que eu já vinha sentindo ao longo de todo o livro: falta de espontaneidade. Uma coisa que não aconteceu nos livros anteriores e aconteceu nesse, justamente pelo o que eu constatei no inicio da resenha: valeu a pena tornar o que era pra ser uma trilogia numa série?Eu acho que não.
Mas uma coisa muito peculiar da escrita de Cassandra, é sua obsessão por sangue e metáforas, analogias, comparações esquisitas que ela às vezes faz. Segue uma:
“Mas o tecido começou a cintilar, como o calor rolando de um teto preto quente.”
??????
Pois é.
De qualquer forma, é claro que o desfecho me deixou curiosa e eu quero muito ler a continuação(embora não tenha ficado em cólicas).
Apesar das minhas constatações durante a leitura, o livro é bom, mas perde muito em qualidade para os anteriores, talvez por ela estar começando uma nova trajetória dentro da série, vamos ver. Só espero que esses livros adicionais não desgastem algo que sempre foi muito mais do que bom.
Livro da Série os Instrumentos Mortais lançados no Brasil até o momento:
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o nome Cidades dos Anjos Caídos é porque tecnicamente o Sebastian/Jonathan é um anjo caído por ele ser caçador de sombras e ter sangue de demônio.
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