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ERCHOMAI, Sebastian disse. Estou chegando. Escuridão retorna ao mundo dos Caçadores de Sombras. Enquanto seu povo se estilhaça, Clary, Jace, Simon e seus amigos devem se unir para lutar com o pior Nephilim que eles já encararam: o próprio irmão de Clary. Ninguém no mundo pode detê-lo — deve a jornada deles para outro mundo ser a resposta? Vidas serão perdidas, amor será sacrificado, e o mundo mudará no sexto e último capítulo da saga Os Instrumentos Mortais.

“Cidade do Fogo Celestial” é o gran finale da saga Instrumentos Mortais da Cassandra Clare, mas não ficaremos órfãos por muito tempo. Sinceramente acho que eu leria até a lista de compras da Cassandra Clare. Hahahaha… Enfim…

Eu estava muito curiosa para saber como seria o final dessa saga, ela tinha a faca e queijo na mão, ou podia sair um final incrível ou ser uma porcaria e devo dizer que me surpreendi positivamente. Essa moça sabe fazer finais. Apesar de que nada se compara ao final de Princesa Mecânica (chorei demais).

Suas tramas são bem pensadas e construídas, mas o mais interesse é a forma com que ela mistura as historias e interliga os personagens. Há muitas referencias do “Peças Infernais”, algumas sutis, mas outras interferem diretamente na historia atual e na que está por vir. Pra quem não leu super recomendo.

Já no prólogo temos o gancho para a nova serie de livros The Dark Artifices (tradução livre: Os Artifícios das Trevas), pois conhecemos os personagens Emma Carstairs e Julian Blacktorn –a família Blacktorn e o instituto de Los Angeles – e já temos até um ponto de partida em relação aos conflitos, romances etc. Não foi algo jogado sem pé nem cabeça apenas para aguçar o interesse dos fãs, foi de uma forma coerente, eles acabaram se tornando regulares na narrativa do cidade do fogo celestial.

Começamos o livro já com muita ação, pois Sebastian quer de qualquer forma acabar com o mundo dos caçadores das sombras e não medirá esforços para ser bem sucedido. Ele passa a invadir todos os institutos do mundo obrigando aos caçadores a beberem do Cálice Infernal e os transforma em Crepusculares. Ideia genial, pois é muito mais difícil de lutar contra quem se gosta fora que a transformação é imposta a pessoa. Então numa situação de guerra você sempre vai ponderar em ferir a pessoa, pois ela não tem consciência dos seus próprios atos e você tem. E veja bem, ele tinha um foco muito grande em seu objetivo e não permitiria que ninguém se opusesse a isso. Então ou estava com ele ou estava contra ele e sofreria as consequências.

Sebastian é algo a parte. É um bom vilão, sim é, sua crueldade beira à insanidade, mas a sua sensibilidade e a fragilidade são os pontos altos. É difícil não ter pena, porque vemos que a única coisa que ele queria era ser amado e dentro de toda a loucura realmente acreditava que a Clary e o Jace seriam aqueles dos quais ele poderia contar. O final do personagem foi esperado, pois ele precisava de uma redenção independente de qual fosse, era necessário. Muito do que ele se tornou foi culpa das escolhas e atitudes dos pais dele. Já falei que se tivessem colocado o menino psicólogo muita coisa teria sido evitada. Hahahahhaa.

Para mim o final mais irado foi do Simon, a Cassie conseguiu me pegar de surpresa, o que foi incrível, só que ela pecou por não ter seguido até o fim com a ideia, ter criado certos subterfúgios para não desagradar ao publico e tudo mais.

É uma narrativa deliciosa de acompanhar e durante o livro aconteceram muitas coisas, amadurecimento de alguns personagens, a morte de outros e o mais importante é que mesmo sendo o final de um ciclo, ao mesmo tempo em que ele fecha, ele abre novas portas para os personagens. Deu aquela impressão de que não era realmente o fim, mas um até breve.

Ave atque vale.

 
 
Série os Instrumentos Mortais:
Cidade dos Ossos;
Cidade das Cinzas;
Cidade de Vidro;
Cidade dos Anjos Caídos;
Cidade das Almas Perdidas;
– Cidade do Fogo Celestial;
Trilogia Peças Infernais:
Anjo Mecânico;
Príncipe Mecânico;
Princesa Mecânica;
Em breve
Magisterium: Desafio de Ferro
Lady Midnight (Primeiro livro da Saga The Dark Artifices)

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

3 Responses

  1. Foi realmente um final muito bom para a saga. O que aconteceu com o Simon no final foi realmente muito triste (ele era meu personagem favorito), mas não imaginei que depois a autora fosse criar subterfúgios. Apesar disso, foi de qualquer forma um bom final, que me deixou satisfeita. Preciso ler ainda As Peças Infernais.

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