A crônica de vida de uma adolescente com pitadas de romance policial e o melhor do universo místico – são estes os ingredientes que prometem agradar o público jovem em As cores do mal, escrito pela norte-americana Jennifer Lynn Barnes quando tinha apenas 19 anos. Na trama, Lissy – ou Felicity, nome que ela mesma esquece – vê, de repente, todo seu mundo, na ideal e maravilhosa Califórnia, ficando para trás quando seus pais se mudam para Oklahoma. Oklahoma? Exatamente: O-kla-ho-ma! Um lugar onde as pessoas aindam dançam quadrilha e levam panelas umas para as outras. Definitivamente um pesadelo! Ou uma tragédia? Nem Lissy sabia como qualificar.
Primeiro livro publicado pela escritora americana Jennifer Lynn Barnes, As Cores do Mal é narrado na primeira pessoa e através da protagonista Lissy James, que vive um dilema particular por ter se mudado da ensolarada e badalada Califórnia com os pais, para uma cidadezinha nos confins de Oklahoma, deixando para trás o melhor amigo – por quem nutri uma paixãozinha – e a melhor amiga.
Tudo poderia ser mais fácil para Lissy se ela não tivesse nascido numa família especial, onde as mulheres possuem o dom da Visão. Cada mulher nasce com uma especialidade por causa da Visão, e a especialidade de Lissy é enxergar a aura de cada um e interpretar a mudança de humor da aura através de suas cores e vibrações.
No entanto, Lissy detesta o seu dom e só deseja ser uma garota comum, sem a explosão de cores de auras que sua vida é. Ao contrário de sua irmã, que aguarda ansiosa pela vinda do seu “dom”.
Em sua nova escola, tendo que sobreviver entre Douradas(os populares e Renegados (não populares), Lissy descobre que o professor mais gato da escola tem o tipo de aura que ela chama de Garn. O tipo de aura nojenta, sem cor, sem vida e pegajosa característica de quem cometeu um grave crime, como o assassinato de alguém por exemplo.
Dessa forma, exatamente por saber disso, Lissy precisa impedir os planos sombrios de seu professor, seja lá quais forem eles e para isso ela conta com a ajuda de seus dois novos amigos, sua irmã e… Lilah – que nem Lissy entende direito o que ela é.
A narrativa da estória é bem fraca e chatinha no inicio, o que torna o livro algo cansativo e desinteressante. Mas ele vai ficando melhor do meio em diante e nas últimas páginas eu não consegui largá-la porque queria saber como terminava. A forma como Jennifer Lynn Barnes escreveu essa estória foi bem pop chiclete, ótimo pra quem gosta de leituras com pegadas adolescentes.
Confesso que não senti empatia por Lissy, achei ela chata e isso não mudou com o decorrer do livro. Na verdade, eu senti mesmo foi pouca profundidade nos personagens.
Mas eu gostei do Dylan, da irmã da Lizzy e da misteriosa e dourada Lilah, que na minha opinião é a melhor personagem do livro.
“As Cores do Mal” tem um segundo volume, intitulado de “Platinum”, também da editora Rocco. E que nos trás Lilah como personagem principal.
Excelente leitura para quem quer um pouco de drama adolescente e mistérios sobrenaturais.
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