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Água para elefantes conta a história de Jacob Jankowski, um velhinho polonês que aos 90 anos (ou 93… ele não sabe ao certo) vive em uma casa de repouso. Quando o circo chega na cidade, Jacob relembra da sua juventude e nos leva a conhecer os segredos que ele nunca revelou antes.

 
Quando tinha apenas 23 anos e era estudante de veterinária, Jacob é perde os pais em um acidente de carro. E para piorar, todos os bens deixados são pegos pelo banco para quitar a hipoteca da casa, da qual ele nem sabia. Desolado e sem saber o que fazer, ele larga a prova final da faculdade no meio, e anda durante horas sem rumo. Até que ele vê um trem passar e por impulso, pula para dentro dele.
 
O trem é do “Circo dos irmãos Benzini, o maior espetáculo da Terra”. Lá ele é admitido para cuidar dos animais e conhece Rosie, a simpática e desastrada elefanta, e Marlene, a estrela do número com os cavalos com quem Jacob viria a se apaixonar. O problema é que Marlene é mulher de August, seu chefe que sofre de distúrbio bipolar e é irmão do empresário do circo, Tio Al.
O livro é narrado em primeira pessoa no presente, o que não prejudicou em nada nesse livro, diferente de outros com o mesmo tipo de narrativa.  A leitura é leve, simples e com detalhes bem descritos, Sara Gruen fez com que eu me interessasse pelo circo (embora eu continue sem interesse em ver ele pessoalmente). Mas é claro que em meio aos espetáculos, também vemos os maus tratos que os animais sofrem.
O livro tem umas das características mais fascinantes que possa existir, o fato de o protagonista, já idoso em um asilo, contar sua história. Poucos livros que eu li e conheço tem essa característica que ao meu ver é fascinante.
E em meio a velhas loucas, ele sendo um homem lúcido, ele vê  próximo ao seu asilo chegar um circo e ele logo, em meio a lembranças e nostalgias, deseja ingressar novamente nesse mundo.E dai se inicia realmente a história.
Jacob é um personagem incrível, que mescla uma fusão de sentimentos que te guiam para uma melhor absorção da história. Ele é apaixonado, meigo, belo, inocente, e é um dos meus protagonistas masculinos favoritos.
Marlena não foi uma personagem encantadora, embora bela, acredito que apesar de toda a situação que eles se encontravam, ela deveria ter lutado pelos seus sentimentos por Jacob. Não gostei dela, nem um pouco! Além de vermos ela como uma mulher perfeita pelos olhos apaixonados de Jacob.
E então temos Rosie, a elefante mais inteligente e perfeita que existe, tornando-se uma das personagens mais importantes do livro.
Além da magia dos truques, e, muito além das performances, lantejoulas, do figurino e dos animais selvagens, o circo revela um lado obscuro. A administração e a relação de funcionários (trabalhadores e artistas) não parece ser assim… tão espetacular. Manter um espetáculo de pé requer estratégias que vão muito além do que vemos das arquibancadas.

 
Apesar de todos os bons personagens, enredos amarrados e todos os detalhes para um bom livro, o grande protagonista dessa história é a narração.  Sara Gruen te guia por um mundo de cenas, e detalhes, realidade e veracidade que te faz apaixonar. Eu odiava circos até ler este livro, a narração junto as imagens, faz com que você navegue pelo circo dos Irmãos Benzini.

Com toda certeza, um dos meus livros favoritos!
A respeito da adaptação aos cinemas, ela me agradou apesar das mudanças, me transportou para essa leitura fascinante.
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O filme foi dirigido pelo diretor Francis Lawrence, lançado no Brasil em 2011, estrelado pelo querido ator Robert Pattison  pela nossa eterna Legalmente Loira Reese Whiterspoon.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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