A menina que tinha dons conta a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico.
A menina que tinha dons foi um livro que me encantou e me deixou curiosa para ler pelas sinopses e pelo tema, pois tudo que envolve zumbis, vampiros, lobisomens e afins me fascina.
A historia se passa em um futuro distópico onde a humanidade foi exterminada há mais de 20 anos e uma turma de crianças vive em um base militar confinada.
Eles vivem presos em suas celas e só podem sair para a sala de aula em cadeiras de rodas e amarrados ( tornozelos, pulsos e pescoços) e ainda sob a mira de revolveres. O responsável por esse transporte é o sargento Parks.
A protagonista da historia é Melanie. Uma menina de 10 anos muito inteligente e astuta que não entende por que vive em uma cela e porque ninguém se aproxima.Ela até brinca uma vez com os oficiais que não ia morde los e ninguém ri.As semanas são na sala de aula, aos sábados cárcere o dia todo e aos domingos o banho químico e as larvas como alimentação. Mesmo assim Melanie ama sua escola e estudar.
No decorrer da historia a Dra.Caldwell , pesquisadora responsável dos estudos, nos mostra o que ocorreu com a sociedade . Um fungo mutante o Ophiocordyceps unilateralis (fungo que infecta formigas amazônicas que as controla e se alimentam dela) encontro na raça humana um melhor hospedeiro. Os humanos infectados passaram a ser chamados de “famintos” pela relação à fome que sentiam ativada pelos odores humanos e por se alimentar de humanos saudáveis.
Existem seres humanos sobreviventes. Ou eles estão na cidade de Beacon na Inglaterra (onde pode se viver e morrer sem ver qualquer faminto) e os lixeiros ( humanos que sobrevivem fora de Beacon vivendo de restos nos destroços das cidades).
O sargento Parks sempre esteve em busca de antigos equipamentos de tecnologia que foram deixados nos tempos antigos e começam a perceber crianças famintas que não queriam só correr e comer como os famintos e sim que pensam, falam, aprendem e sabem socializar. A partir daí ele fazia os pega-ensaca, como chamava, e pegaram algumas crianças para estudo. Melanie é uma delas. Ela não esta em uma escola. Ela é uma cobaia de estudo.A cobaia numero um.Ela acha estranho quando algumas crianças saem e não voltam.Mas não entende o por que disso tudo.
Dos vários “professores” a sra.Justineau é a preferida de Melanie e a quem mais tem afeição.Como um dia prometem uma a outra nunca se deixaram sozinhas.Até que um dia quando chega a vez de Melanie ser “estudada” pela dra.Caldwell a base militar é invadida por famintos e escapam Melanie, sargento Parks, dra.Caldwell, um oficial militar e sra. Justineau.
Fora da base, a mercê de famintos e buscando chegar a Beacon este grupo enfrenta vários obstáculos e tenta sobreviver numa terra dominada pelos famintos.
Agora minhas observações deste livro que tem cenas fortes de terror ( principalmente nas alimentações) e suspense.Eu esperava bem mais do livro.Adoro o tema apocalipse zumbi e mesmo tanta coisa já feita sobre o tema acho que é inesgotável.
Carey nos mostra a sociedade pós apocalíptica de um panorama geral gostaria de ter mais sobre a sociedade como um todo. Temos muitos relato cientifico que não deixam de ser importantes e necessários. Mas… um pouco mais do resto do mundo seria legal de se ver na história.Os capítulos que mostram eles tentando sobreviver também é bastante empolgante. Tudo que enfrentam, os medos e os desafios e como saber onde estão os famintos.A narração é da própria Melanie e dos personagens que a cercam.
O desfecho foi inusitado e não os finais felizes que sempre esperamos que uma historia apresente.Mas caberia bem mais um livro.Não encontrei nada que relatasse que teria continuação mas quem sabe?
Nota: 3/5
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