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Emma Seeger é muito próxima do pai, Daniel, pois sua mãe morreu quando ela era bem pequena.

Mas toda a relação deles muda quando Emma entra na faculdade e se muda para o campus, pois os dois se veem sozinhos. Em uma visita que Daniel faz à filha, ele conta que se apaixonou por uma mulher cristã, Katya, e pretende se casar com ela. O mundo de Emma desmorona.

Após o casamento, Daniel e Katya, que é escritora, se mudam para Israel e se tornam missionários lá. Emma fica sozinha, precisa trancar a faculdade e se divide entre dois empregos – a cafeteria e cuidar dos gêmeos – para se manter. Sua única principal companhia é a de seu amigo Artie, que é cabelereiro e tem o dobro da sua idade.

Um dia, Emma recebe uma ligação. Ligação da pessoa que ela definitivamente não gosta: sua madrasta, contando que seu pai está desaparecido. A jovem de 23 anos, se desespera e, juntando o pouco dinheiro que tem, consegue ir para Israel querendo encontrar seu pai.

Ainda no avião, Emma conhece um rapaz muito simpático, Travis, que a distrai de todos os pensamentos ruins em uma conversa com leves pontos religiosos e científicos.

Quando desembarca, Katya está à sua espera e ela não sabe bem como agir. A culpa daquilo era da mulher, afinal. Ela tinha feito de Daniel um cristão e o levou para aquele lugar com certa violência e problemas políticos.

Mas as duas precisam deixar de lado as divergências para se unirem no mesmo objetivo.

Aos poucos, Emma, que nunca tinha ouvido o pai falar a respeito de Deus ou religião, começa a dar ouvidos às pequenas coisas com referências bíblicas e presta atenção na crença de Katya, que sempre está disposta a ajuda-la e tirar suas dúvidas, diminuindo sua aversão a ela.

“Ele me ensinou tudo que era importante e nunca me ensinou a acreditar em Deus. Ele dizia que era como álcool ou drogas – intensifica a personalidade. Tipo, se uma pessoa fosse boa, a religião, às vezes, a tornava uma pessoa melhor; mas se uma pessoa fosse má, a religião a tornava pior. ”

Com poucos personagens e uma narrativa empolgante, “A Busca” traz diálogos inteligentes e de fácil entendimento, responde muitas questões sobre a bíblia e a crença que as pessoas têm nela, trata de escritos antigos e se eles falam a verdade historicamente falando, a política e o terrorismo presentes no país.

Também fala da fé. Do surgimento, crescimento, descoberta e importância.

Os capítulos são divididos entre a narração em terceira pessoa no ponto de vista de Emma, o diário de Katya – com seus pensamentos e orações, e relatos jornalísticos.

Gostei muito do livro e recomendo, independente de religião.

Por: Jessyca Azevedo

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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