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Foto: Freepik

A função clássica de um escritor é sentar o popô numa cadeira e escrever uma boa história, certo? No entanto, o que você faz depois que termina uma história? Até onde sei, ainda não existe um serviço de clarividência editorial no qual assim que você termina seu livro, algum espírito sopra a informação nos ouvidos de diferentes editores. Deixo isso para os mundos mágicos e afins. O que quero dizer é que um autor que deseja ser publicado precisa, de alguma forma, vender-se para esse ser invisível e em crise chamado mercado editorial.

Mas o que é o mercado? À grosso modo, é todo o conjunto de empresas, pessoas e serviços que envolvidos na produção do livro. Vamos deixar isso claro desde o começo: o livro é um produto cultural? É, mas é também mercadoria, não se engane. E como tal, sua produção e venda visa o lucro. Sei que alguns vão se sentir ofendidos com isso, mas é a verdade e esse fato facilita como vamos trabalhar por aqui.

Onde estava? Ah, sim. Livro é um produto e como tal precisa ser atrativo para dois públicos. O primeiro são os leitores e eu, pessoalmente, acredito, que o autor que se preze deve manter algum contato com seus leitores em potencial, conhecê-los fará toda a diferença lá no fim do processo editorial (um tema para outra ocasião, é preciso colocar alguma ordem na loucura).

O segundo, cares amigues, são as editoras. Afinal, caso você opte pelo caminho tradicional e queira ser publicado, é preciso chamar a atenção de algumas dessas empresas e seus editores. Seguindo essa linha, penso que conhecer minimamente o que cada casa editorial produz, como funciona seus procedimentos de recepção de originais, a quantas andam suas finanças e sua posição no mercado editorial faz com que você não precise enviar seu original de romance hot para uma editora que só publica terror ou vice-versa.

Posto isso, há outra coisa que o autor deve ter o mínimo de conhecimento: o processo editorial, que não é complexo, mas exige confiança nos profissionais envolvidos nessa produção. Além disso, conhecer esses meandros desmistifica muitas de um ou duas tolices que levamos nos miolos.

Antes de mergulhar no mercado e no processo editorial em si, vou trazer nos próximos textos: uma perspectiva do cenário do mercado editorial e um perfil básico do leitor brasileiro.  

No mais, sinta-se em casa. Puxe uma poltrona, sinta-se confortável, pois lhe garanto que a nossa viagem pelos meandros editoriais será muito interessante.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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