Humanos e macacos cruzam os caminhos novamente. César (Andy Serkis) e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito e outros são capturados, César luta contra seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo.
O último filme da trilogia ‘Planeta dos Macacos’ estreou nos cinemas, e com ele o fim da jornada de Cesar.
Mais uma vez com Matt Reeves no comando, o filme conta com uma direção excelente, que leva o espectador para uma viagem ao mundo dos primatas, mas ao mesmo tempo em um mundo apocalíptico. Com ótimas cenas de ação, Reeves consegue apresentar um filme cheio de momentos heroicos, emocionantes, tiros, balas e explosões, tudo que um filme de guerra precisa para ser bom, mas ao mesmo tempo temos uma jornada de poucos personagens, foragidos talvez, que também remete aos clássicos de western, ou faroeste. Na verdade todas essas cenas de macacos montados a cavalos, cavalgando ao por do sol, é um ótimo exemplo da beleza do filme, uma fotografia incrível de encher os olhos.
Durante anos foi visto a crescente evolução do cinema, desde o uso da captura de movimentos usada em Gollum na trilogia ‘O Senhor dos Anéis’, até o primeiro filme dessa nova fase de ‘O Planeta dos Macacos’, e hoje é realmente impressionante como essa tecnologia evoluiu. O visual do filme é simplesmente magnifico, de tirar o folego, de perto os macacos exibem um ultra realismo impressionante, e apenas durante grandes movimentos que fica claro o CGI. Trabalho realmente impecável de toda a equipe, que até o momento, merece o Oscar.
Outro ponto extremamente positivo é a trilha sonora, que trilha… Com uma mistura de musica clássica com um tom quase bíblico, o embate entre os humanos e símios se torna memorável.
O roteiro está mais maduro, assim como o próprio Cesar. Todos os personagens foram bem trabalhados, e bem desenvolvidos durante todo o filme, e da trilogia, esse foi provavelmente o que conseguiu te envolver em um nível emocional muito mais profundo com os macacos do que os anteriores. Eu assisti a todos os três filmes no cinema, e todas as vezes eu me lembrei apenas do nome Cesar, mas dessa vez eu sai com Bad Ape, Maurice, Winter, Rocket e alguns outros na cabeça. Inclusive, o tom cômico de Bad Ape (Steve Zahn) é uma das melhores coisas do filme, é no tom certo, sem estragar a tensão ou quebrar a emoção das cenas. E claro, eu deixei para o final a grande atuação de Andy Serkis que simplesmente detona o filme inteiro, mesmo com um processo super complicado para criar o personagem digitalmente, é possível sentir as emoções do ator o tempo inteiro, e você se emociona junto, fica tenso junto, isso graças a um grande ator que Hollywood ainda não soube reconhecer.
Sinceramente, eu sou um grande fã da franquia clássica que estreou no final dos anos 60, mas a atual ainda não tinha me conquistado, e eu até mesmo sentia saudade das mascaras usadas pelos atores. Embora que na minha opinião ‘A Guerra’ ainda apresente algumas coisas parecidas até demais com o anterior, Matt Reeves conseguiu pegar o que deu certo no filme anterior e transformou e implementou em uma experiencia digna de um grand finale.
Nota: 9.5/10
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