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Um mundo aparentemente perfeito, onde não existe guerra, fome, preconceito ou qualquer forme de conflito parece perfeito, não é? Mas valeria a pena todos os sacrifícios para se chegar a ele?

Esse com certeza é um dos livros mais tocantes que já li, me atrevo a dizer que é a distopia mais emocional de todos os tempos. Com uma história curta, Lois Lowry, conseguiu criar um ambiente tocante e trouxe à tona ideias que muitos autores precisariam de uma saga para nós fazer refletir. Na verdade, foi isso que mais amei do livro. Com tão pouco ela fez muito.

Aos doze anos, todas as crianças são designadas aos seus respectivos trabalhos pela “sociedade perfeita.” Jonas acaba por receber a tarefa mais importante, ser o Recebedor de Memórias, onde deve ser treinado pelo Doador. Um senhor de grande sabedoria, que carrega as memórias de todo passado. A medida que o Doador passa as memórias para Jonas, o garoto começa a questionar tudo ao seu redor.

O livro não possui cenas de ação, ou aventura como muitas distopias de hoje em dia. Ele se mantem pelas ideias e filosofias. Como podemos saber que estamos acorrentados a uma prisão se não vemos as correntes, ou como o mundo é se estamos cegos? Jonas se manteve cego por quase toda sua vida, até o dia que recebeu as memórias.

As memórias acabaram por se tornar minha parte favorita do livro. Elas são tão tocas, tão profundas, que você se sente como o Jonas, vivendo o passado.

É através das memórias que Jonas começa a sentir, amor, felicidade, paz, e também dor, e medo. A sociedade não só tirou as memórias, mas também as emoções, deixando as pessoas o mais igual possível.

Quando Jonas olha de verdade para o mundo, não há como voltar, e nós também entendemos isso. O que o levará para o seu destino final. Muitos podem não ter gostado de como o livro terminou, mas eu não vejo outro final dessa história. Para mim o mais importante não foi o fim, e sim a jornada.

Talvez facilite se você ver essa história não como um livro, mas sim um conto distópico. De qualquer jeito, prepare-se para sentir o seu íntimo sendo mexido com as ideias do livro.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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