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Todo mundo já passou por aquele famigerado pavor causado por um filme. Não importa o que faça, aquele filme ou o tema do filme não sairá do seu inconsciente se tornando o medo de estimação.   

Eu devia ter meus 4 para 5 anos quando minhas primas me convidaram para assistir um filme. Apesar de ter sido uma criança Disney, eu também fui uma criança macabra que assistia filmes de terror sozinha… até aquele dia. O filme em questão é um longa italiano, O Rato Humano (1988).

Numa calma e misteriosa ilha do Caribe, uma modelo é assassinada e seu corpo é encontrado devorado por ratos. Terry, a irmã da modelo, chega na ilha para fazer o reconhecimento do corpo, mas a vítima não é sua irmã. Com a ajuda de Fred, um escritor que está de férias, parte atrás do paradeiro de Marilyn, a irmã que também é modelo e está em algum lugar da ilha fotografando. Mas o rastro de morte vai aumentando, até descobrirem experimentos de um cientista que criou um híbrido de rato e macaco sedento por sangue.

A história começa em algum lugar da República Dominicana, onde o Doutor Oben, auxiliado pelo ajudante Tônio, em seu precário laboratório, cruzou o esperma de um rato com um óvulo humano e está prestes a exibir o híbrido para um congresso internacional de genética. Só que a nova criatura tem algumas particularidades: possui um veneno super-poderoso em suas garras que é capaz de matar um humano em segundos por leptospirose instantânea. A intenção do doutor é simplesmente ganhar o prêmio Nobel. (Ele não sabe mesmo o verdadeiro significado por trás deste prêmio rs)

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Enfim, mesmo alertado por Tônio sobre a frágil gaiola em que o “bichinho” se encontra, o doutor não dá ouvidos e vai dormir tranqüilo pensando talvez no sucesso, nas capas de revista e tal.. Mas a criatura foge sem ninguém dar falta.

Já no outro dia em outro lugar da ilha, o fotógrafo Mark está trabalhando com duas modelos, Marilyn e Peggy, enquanto são espiadas por um nativo que acaba por  encontrar a fúria do rato e morre degolado enquanto as garotas são fotografadas. Depois do set de fotos de Marilyn, os três acabam por encontrar os restos de um corpo na areia, provavelmente morto pelo rato. Mais tarde os três decidem manter o que viram em segredo para não provocar problemas com a polícia. Porém Peggy não está nem aí já que estará voltando para Nova York no dia seguinte, enquanto Marilyn está preocupada, já que ficará mais três dias no local.

A noite, Peggy vai dar uma saída para um encontro, mas o taxi que ela pega acaba com o pneu furado no meio do nada. O taxista recomenda que Peggy vá andando até um ponto de ônibus que fica a 100 metros por uma rua escura. No caminho, após ouvir um chiado de rato, ela vê um corpo sendo arrastado dentro de uma casa e, além disso, um homem caminha a passos lentos em sua direção. O homem  “sadicamente” (pelo menos como o diretor tenta passar) pega o sapato alto que Peggy deixou enquanto corria e o picota com uma enorme faca. Peggy dentro da casa está acuada escondida em um armário, enquanto o misterioso homem caminha em sua direção raspando a faca pelas paredes. A lenta e enrolada perseguição finalmente termina com o rato matando Peggy e o bandido anônimo fugindo.

No outro dia, um escritor de mistérios chamado Fred Williams conhece Terry, Fred está no local em busca de inspiração para seu novo livro e Terry vai ao necrotério, pois foi informada que sua irmã Marilyn teria morrido nas mãos de um maníaco. Ambos acabam indo juntos ao necrotério. Como já sabemos não foi Marilyn a vítima e por isso Terry cria um caso com a polícia.

A polícia representada por um inspetor “anônimo” e que, como muitos filmes, se mostra incompetente e incapaz, pois neste caso simplesmente por Peggy ser loira como Marilyn e estar usando as suas roupas, deduziu que era Marilyn a vítima, sem ao menos checar as impressões digitais como foi bem observado por Fred.

Então durante uma conversa entre Fred e Terry, descobrimos que Marilyn, desaparecida há três dias, é a filha rebelde de um Senador dos Estados Unidos e em seguida o escritor resolve leva-la para o local do crime onde ele busca mais ideias para sua nova história – sabemos então que Peggy não morreu pelos cortes, mas de ataque cardíaco! Fred deduz pelos cortes que se trata de algum bicho, então alguém se aproxima e os dois se escondem; é Tônio, que está provavelmente procurando o bichinho fujão. Tônio sai e o casal vai procurar o inspetor.

O inspetor pede que ela reconheça mais um corpo que foi encontrado e, que, mais uma vez não se trata de Marilyn. Na realidade Marilyn está fotografando na floresta com Mark e sua assistente Monique (talvez acampando o que justificaria o desaparecimento, mas nada é esclarecido), e fatalmente acabaram encontrando outro corpo. Mark, Monique e Marilyn vão para a cidade mais próxima buscar ajuda, mas a cidade está deserta, todos morreram nas garras do roedor ou fugiram, só que o trio ainda não sabe disso. Monique vai encontrar um telefone, mas pela sua demora Mark vai buscá-la enquanto Marilyn fica no carro.

Monique está revirando um banheiro velho, o rato humano sai de dentro de uma privada sem que Monique perceba; enquanto Marilyn caminha pela cidade abandonada; Monique ergue a cabeça e vê o rato, o rato então dá uma patada na garota que cai sangrando no chão; Mark ouve os gritos e se desespera por não conseguir abrir a porta, o rato pula sobre Monique e a mata arranhando seu rosto. Marilyn aparece assustada e Mark finalmente consegue abrir a porta.

Marilyn e Mark se envolvem em um acidente de carro com Tônio e são levados para a casa do doutor maluco Oben, que trata de seus ferimentos.  Oben convida os dois a dormir na casa sem saber que o rato está por perto, e Marilyn acaba vendo um vulto pela porta. Então Oben alerta Tônio para que o capture, mas o bichinho é esperto e não pretende ser capturado tão facilmente. Mark é encontrado morto e o rato corta a energia elétrica roendo os cabos. Marilyn está apavorada. Oben explica a ela o que aconteceu com Mark, enquanto Tônio se encarrega de pegar o bicho. Contudo ele acaba surpreendido e morre de maneira bem violenta.

Enquanto isso, Fred e a irmã de Marilyn continuam investigando e chegam também à cidade fantasma de San Martin, mas Oben resolve fugir dali com Marilyn na caminhonete de Mark, porém ao voltar para buscar algo, Oben também é atacado e morre. Agora só resta Marilyn contra o rato. Ela tenta fugir, mas está sem a chave do carro, então vai ter que ir até a casa pra pegar. Uma das primeiras coisas que ela faz é pegar o revolver do cientista louco. E não demora muito pra ratazana aparecer. Ela descarrega a arma, mas sem acertar nada. A mulher foge e se tranca, mas o bichano faz um buraco na porta pra conseguir chegar até ela. Chegando na cozinha, ela consegue barrar a porta com a geladeira, e pega uma faca pra se defender.De manhã ela acorda, e vai checar na geladeira. E o rato está lá, esperando! Dessa vez não tem escapatória, ela vira mais uma das vítimas.

Fred e Terry seguem a trilha do grupo, procurando por Marilyn. Mas já estão praticamente desistindo, quando acham a casa do doutor, de onde pretendem fazer uma ligação pro hotel. Mas ao chegar lá (invadindo a casa), eles encontram várias pessoas mortas, incluindo (finalmente) Marilyn!

Terry sente uma presença perto dela, uma respiração de animal, mas eles não encontram nada. Na sequência, eles já estão na delegacia, prontos pra pegar os pertences de Marilyn e ir embora de lá. Porém dentro da bolsa de Marilyn está o rato. Ele mata a funcionária e se esconde lá dentro de novo. Terry leva a bolsa embora sem nem ver nada. Ao chegarem no aeroporto, a dupla despacha as malas tranquilamente. O avião decola, a imagem congela, e ouvimos um monte de gritos. O que significa que o rato atacou dentro do avião, matando de leptospirose instantânea todo mundo.

Até hoje este filme me causa arrepios.Tanto que não tive coragem de assistir para poder contar a história aqui, procurei na internet e só de ler consegui ter pesadelos.Mesmo depois de 20 anos um filme trash destes me deixa em pânico. Deixo aqui o meu não tão agradecimento as minhas primas que me convidaram a assistir o pior filme da minha vida! (Thaisa e Marina, isso é para vocês rs)

 

Fonte: Boca do InfernoZumbi Gordo

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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