Paris, anos 30. Hugo Cabret (Asa Butterfield) é um órfão que vive escondido nas paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado por seu pai (Jude Law). Umdia, ao fugir do inspetor (Sacha Baron Cohen), ele conhece Isabelle (Chloe Moretz), uma jovem com quem fez amizade. Logo Hugo descobre que ela tem uma chave com o fecho em forma de coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura existente no robô. O robô volta então a funcionar, levando a dupla a tentar resolver um mistério mágico.
Carnaval chegando ao fim e eu sem nada pra fazer na quarta de cinzas. Aproveitei para ir ao cinema, já que não queria ficar em casa acompanhando a apuração. No cinema mais próximo, o Cinespaço do Boulevard Shopping, alguns filmes um tanto sem graças. Em meio a esses, uma história que, pelo cartaz, parecia infantil: “A Invenção de Hugo Cabret”, de Martin Scorsese. Vê-lo-ia então.
O começo da história confirma a impressão deixada no cartaz. Um menino órfão, que vive dentro dos relógios de uma estação de trem, procura meios para sobreviver e tenta reativar um autômato, única lembrança de seu pai. A partir daí, começa a criar um “vínculo” com o vendedor de brinquedos da estação, que percebeu o furto de peças de alguns brinquedos feitos pelo protagonista. Espionando a esse vendedor, que “sequestrara” um caderno deixado por seu pai, Hugo acaba aprendendo com ele a arte de fabricar brinquedos.
Através do contato com esse vendedor, ele conhece Isabelle, neta dele, que o apresenta ao mundo dos livros. Tornando-se sua parceira nas próximas aventuras, eles descobrem, através da reconstrução do autômato, parte do passado que o avô dela buscava esconder. Fascinados pela descoberta, eles o incentivam a retomar o antigo trabalho, que ele insiste em recusar. Para isso, em suas investigações pelas bibliotecas parisienses, encontram um estudioso fã, que deseja conhecê-lo. Afinal, foi por causa do trabalho desse vendedor que o estudioso seguiu naquela carreira. Paremos aqui, pra não revelar toda a história.
A destacar no filme, a atuação de Ben Kingsley, como esse vendedor, e de Sacha Baron Cohen ( o Borat), hilário como o guarda da estação que tenta capturar Hugo. Além disso, o roteiro, a direção e os efeitos especiais merecem um destaque. A Paris do início do século XX, época em que se passa a trama, foi bem “reconstituída” através desses efeitos. Sem falar na história, que, uma vez revelados os grandes segredos da trama, fica cada vez mais emocionantes.
Não preciso dizer que recomendo. Agora, é buscar o livro que o inspirou para lê-lo.
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