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Desde o início de seu Universo Cinematográfico a D.C deixou bem claro que iria explorar tudo que a Marvel teve medo de fazer. Muitas vezes questionada sobre o motivo de a Vingadora Viúva Negra nunca ter ganhado um filme solo, a Marvel Studios nunca soube dar uma explicação concreta sobre o assunto e, foi só em 2015 que a produtora disse estar se “comprometendo” a fazer um filme da agente. Mas a D.C já havia saído na frente nesse quesito, em 2014 a Warner anunciou o longa solo da semideusa Mulher Maravilha.

O filme teve sua estreia marcada só para 2017 porém a produtora resolveu inserir a heroína num dos filmes mais esperados do ano: Batman vs Supeman, o que não poderia dar mais certo. A personagem foi abraçada pelos fãs se tornando um grande destaque do filme. Ela protagonizou cenas onde ela luta sem demonstrar nenhuma fraqueza, toda vez que nossa Amazona caia ela levantava cada vez mais forte. Como esquecer da cena em que no auge da luta contra o grande vilão do filme, Diana recebe um golpe e ao invés de desistir, olha nos olhos de cada telespectador e, com um lindo sorriso, digno de uma amazona, avança para cima da criatura com toda sua força.

Para quem achou que a D.C pararia por aí, se enganou. Sua nova aposta, Esquadrão Suicida, não trouxe apenas uma mulher como destaque mas sim um filme dominado por elas. Logo de início conhecemos Amanda Waller, interpretada por ninguém menos que Viola Davis, uma das melhores atrizes de Hollywood na atualidade. Para quem não conhece a personagem, ela é conhecida nos quadrinhos como a pessoa mais manipuladora e fria da D.C, capaz de enfrentar a pé igual o Batman e também é responsável por reunir o Esquadrão Suicida. Viola nos presenteou com uma Amanda Waller que botaria medo até em sua icônica personagem Analise Keating (How to Get Away With Murder) e agradou não só os fãs mas também a crítica.

Como já era de se esperar, a personagem de Margot Robbie, nossa querida Arlequina, não ficou para trás e roubou todas as cenas em que apareceu. Apesar de a personagem não ser um modelo de mulher empoderada, ela caiu no gosto do público e mostrou sua força quando [SPOILER] conseguiu salvar o dia arrancando o coração da grande Vilã da história, interpretada por Cara Delevingne, outra personagem mulher que dominou o filme.

Temos então, um trio de mulheres que, sem elas, o filme não existiria: uma mulher negra dominando uma cúpula governamental repleta de homens brancos, uma personagem mulher como a grande vilã da história e temos o dia sendo salvo por outra mulher que até então só era vista como submissa.

No filme temos um grupo de protagonistas repleto de minorias das quais muitas vezes são esquecidos pelo cinema e ignorados pelo mundo nerd. Podemos ver também uma grande diversidade cultural através dos personagens Katana (oriental), El Diablo (latino) e Amarra (indígena). Apesar de não terem sido muito explorados, ter essa diversidade num dos filmes mais esperado do ano é um grande passo para quebrar os padrões Hollywoodeanos.

Toda essa diversidade parece não ter agradado a todos. A escolha do ator Will Smith para dar vida ao personagem Pistoleiro havido sido bastante questionada devido ao fato do personagem ser branco nos quadrinhos. Porém o ator nos entregou um dos personagens mais engraçados e com uma das maiores cargas emocionais do longa, com uma interpretação impecável, provando que talento não tem cor. Usando as palavras do mesmo, Esquadrão Suicida é um arco-íris de todas as raças, crenças e cores, um filme de diversidade e representatividade.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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