Baseado no reboot da DC, o longa é uma continuação do último Liga da Justiça – Guerra e conta a história dos heróis no início da formação, das desconfianças e de como o grupo vai se formando. Perdido entre tudo isso, Arthur segue sua vida sem desconfiar que sua mãe é a rainha do povo perdido de Atlântida.
Baseado nessa premissa, o longa apresenta um Aquaman começando, descobrindo os seus poderes e com um senso mais complexo de violência e de justiça. Apesar desse Aquaman ser um pouco diferente do dos quadrinhos, sendo um pouco arrogante e convencido, a abordagem foi muito boa.
Que o Aquaman dos cinemas será diferente do dos quadrinhos nós já sabemos, mas também não seria necessário que ele fosse tão diferente assim. E esse filme mostra bem isso: um Aquaman com uma pegada diferente, mas não tão distante da versão dos quadrinhos.
A história se passa após os eventos de “Guerra”, o filme anterior, quando a equipe enfrentou as tropas do vilão Darkseid, vindas do planeta Apokolips. Porém, desta vez, a ameaça à Terra não vem dos confins do espaço, mas do fundo do mar, pois os exércitos de Atlântida estão se preparando para atacar a superfície, sob o comando de Orm, o auto-proclamado rei do continente. Enquanto Arthur vaga sem rumo pela superfície, tentando encontrar seu lugar no mundo e sua verdadeira origem.
Além de uma história de ação e aventura, típicas da Liga, a trama também é marcada por traições e revelações, principalmente, em relação ao Aquaman, que nunca teve grande destaque nas histórias da DC Comics, mas que nos últimos anos, vem ganhando destaque e importância no universo dos heróis. O mesmo vale para Shazam e Cyborg, que definitivamente, integraram-se ao grupo.
Outro destaque da animação é a relação entre Batman e os outros membros da liga. Bruce segue sua caçada silenciosa e solitária e evita se envolver pessoalmente com os demais heróis, que por sua vez adotam entre si a postura oposta. As cenas em que ele interage com os outros combatentes, principalmente com o Lanterna Verde, demonstram bastante da personalidade sombria do personagem.
O filme apresenta também bons personagens que não são integrantes da liga da justiça. Mera, a fiel seguidora da rainha, não apresenta muito de novo para o roteiro, fora o que já é esperado, mas suas cenas de ação são simplesmente incríveis. Seu poder de manipular a água nas batalhas é usado com maestria, e ela consegue ser o centro das atenções, mesmo ao lado de heróis consagrados.
A animação segue o nível de qualidade da anterior, porém, peca pela falta de “arranhões” e “sangue” nas batalhas, possivelmente para evitar uma classificação indicativa maior. Isso faz um pouco de falta para quem é fã mais hardcore da DC, atrapalhando as cenas de luta.
De qualquer maneira, a Liga da Justiça continua trilhando um excelente e emocionante caminho nas animações e deixando cada vez mais ansiosos para seus trabalhos em live action.
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