Olá amigos!Hoje, 18 de abril se comemora o dia nacional do livro infantil e sabem por que?Porque hoje é dia do nascimento de Monteiro Lobato, um dos principais nomes do nosso Pré-Modernismo e autor de obras consagradas em nossa literatura infantil como o “Sítio do Picapau Amarelo. Foi instituído em 2002, ano que foi criado a Lei 10.402/02, registrando a data de nascimento de Monteiro Lobato como o dia oficial da literatura infanto-juvenil no Brasil.
Monteiro Lobato foi o primeiro escritor da literatura infanto-juvenil a perceber a necessidade de inserir nas histórias para as crianças e os jovens elementos da cultura nacional, como os costumes do povo do interior e as lendas de nosso folclore. Fez isso de maneira única, combinando a identidade brasileira aos elementos da literatura universal, como a mitologia grega. Foi também o precursor da literatura paradidática, cuja principal característica é permitir que a criança aprenda enquanto brinca e lê.
Criar produções literárias para crianças no Brasil foi um novidade de inicio do século XX e ainda hoje é um campo que carece de mais produções ou pelo menos carece que sejam melhor divulgadas, que ganhem maior espaço e notoriedade. É muito comum ouvir alguém dizer que seu primeiro contato com a literatura infanto-juvenil nacional ocorreu a partir de livros do Machado de Assis ou José de Alencar, autores consagrados mas que produzem um tipo de literatura destinada a um público adulto. Muita das vezes, esse contato se dá através de trabalhos escolares. Mas eis aqui alguns dos belíssimos trabalhos dedicados ao publico infantil que você pode não ter lido na época da escola, mas com certeza já ouviu falar.
A Série Vaga-Lume
É uma coleção de livros lançada pela Editora Ática a partir de janeiro de 1973. As obras são principalmente voltadas para um público infanto-juvenil. A coleção ao longo do tempo teve algumas alterações no seu formato, mas, são inesquecíveis suas capas clássicas nas quais as imagens de objetos ou pessoas ficam para fora do quadro. Escolhida em muitas escolas, suas obras possuem um suplemento de trabalho com várias atividades para o leitor. Criada entre 1973 e 1974 com o objetivo de oferecer literatura de qualidade para o público juvenil e, assim, promover o gosto pela leitura, principalmente para aquelas crianças e jovens que buscam aventuras literárias.té 2013, a coleção tinha um total de 91 obras, divididas na série Vaga-lume, com 69 livros, e a Vaga-lume Jr., com 22. Dentre as obras do primeiro grupo, as mais vendidas são A Ilha Perdida, O Escaravelho do Diabo, Açúcar Amargo, Deu a Louca no Tempo e A Turma da Rua Quinze.
O menino Maluquinho
É uma série de história em quadrinhos brasileira criada pelo desenhista e cartunista Ziraldo. A revista foi baseada no livro infantil de mesmo nome publicado em 1980 que se tornou um fenômeno durante os anos de 1990 e 2000. As histórias em quadrinhos foram publicados pela Abril e Globo, de 1989 até 2007. Ela apresenta as histórias e invenções de uma criança alegre e sapeca, “maluquinha”. São cartuns e atividades que descrevem liricamente o sabor da infância.
O Fantástico Mistério da Feiurinha
É um livro infanto-juvenil de 1986 escrito por Pedro Bandeira. O livro trata do desaparecimento de uma suposta princesa, chamada Feiurinha, e promove um reencontro entre as principais princesas dos contos de fadas: Cinderela, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, Rapunzel, Bela (de A Bela e a Fera) e Rosaflor Della Moura Torta. Todas, com exceção de Chapeuzinho vermelho, se encontram grávidas e prestes a completar 25 anos de casadas com seus respectivos príncipes encantados.
Meu Pé de Laranja Lima
Escrito por José Mauro de Vasconcelos e traduzido para mais de 32 línguas, este livro retrata a história de um menino de cinco anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e numerosa. Sua mãe trabalhava numa fábrica e o pai estava desempregado. Passavam por muitas dificuldades, pelo que as irmãs mais velhas que tomavam conta dos mais novos e, por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmãozinho mais novo, Luís.
A Bolsa Amarela
Um dos livros mais icônico da nossa literatura infanto-juvenil. Escrito por Lygia Bojunga, A Bolsa Amarela conta a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) – a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação- po si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio ‘criança não tem vontade’- essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias.
Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias
Situações do cotidiano ganham encanto nas palavras de Ruth Rocha, que inova a maneira de contar histórias. Os personagens dos três contos deste livro são crianças que vivem no espaço urbano. Elas resolvem seus impasses com muita esperteza e vivacidade: Marcelo cria palavras novas; Teresinha e Gabriela acabam se identificando, apesar das diferenças; Caloca compreende a importância da amizade.
Raimundo, Cidadão do Mundo
Em forma de poesia, Fábio Yabu conta as aventuras de Raimundo, ao mesmo tempo em que revela fatos da história e cultura do mundo. As ilustrações são de Ana Terra e o prefácio é do jornalista Marcelo Tas.
Série O Sítio do Picapau Amarelo
é uma série de 23 volumes de fantasia, escrita por Monteiro Lobato entre 1920 e 1947. A obra tem atravessado gerações e geralmente representa a literatura infantil do Brasil. O conceito foi introduzido de um livro anterior de Lobato,A Menina do Narizinho Arrebitado (1920), a história sendo mais tarde republicada como o primeiro capítulo de Reinações de Narizinho (1931), que é o livro que serve de propulsor à série de Sítio do Picapau Amarelo. Precedentemente, Lobato já havia publicado os volumes O Saci (1921), Fábulas (1922), As aventuras de Hans Staden (1927) e Peter Pan (1930).
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