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Não faz muito tempo em que escrever um livro era algo místico, publicar, então… Aos poucos, com a informatização de tudo e a internet, começaram a surgir fanfics e livros autopublicados em blogs e sites específicos, até que chegamos ao momento de livrarias de livros virtuais e plataformas como Kindle e o Wattpad, favoritos dos escritores independentes.

Não me toque, eu sou famosa.

Não me toque, eu sou famosa.

 

A crença mística de que o escritor é uma figura ilustre caiu por terra e, hoje em dia, qualquer um pode escrever um livro.

(Não quer dizer que qualquer um escreve um livro bom.)

Para te ajudar a seguir esse caminho de ladrilhos dourados, trazemos aqui algumas informações e dicas úteis para te ajudar a amadurecer sua ideia.

1 – Você não vai ficar rico e famoso

Pelo menos não no primeiro ano. Qualquer escritor iniciante vai demorar um pouquinho para terminar um livro e terá um pouco mais dificuldade para encontrar alguém dispoto a acreditar no seu livro. Ou, até mesmo, se deparar com a situação de que seu livro não é tão bom assim e você pode fazer melhor. Acontece. É só manter em mente de que é difícil e que vai demorar.

2 – Escrever demora

É comum o leitor achar que escrever é rápido já que ler é rápido. Você, que está pensando em passar para o lado de cá, deve entender que escrever demora… E muito. Se formos pensar nos momentos que passamos criando, esquematizando, revisando e divulgando, então… Vixe. Não ache e nem se planeje a ter um livro pronto em poucos dias, não vai dar.

Eu queria lançar meu livro amanhã.

3 – Personagens precisam ser realistas

Um dos erros mais comuns dentre os iniciantes é o desejo de que seus personagens sejam perfeitos e que tenham diversos tipos de qualidades impossíveis de administrar como vender concursos de culinária, ser chefe de líderes de torcida, participar de um concurso de bandas e fazer parkour. Pensem: a maioria das pessoas tem um ou dos hobbies que fazem com frequência e que conseguiram conquistar um nível de habilidade. É impossível ser bom em tudo. Crie seus personagens com defeitos, manias e realismo. Ninguém quer ler sobre pessoas perfeitas.

4 – Você vai sentir o gosto amargo da derrota

E vai doer. Principalmente quando começar a receber críticas. Mas, lembre-se: raramente críticas são para te magoar ou te diminuir, o mundo não quer que você chore. As críticas, por mais duras e grossas que possam ser, são feitas por pessoas que estão insatisfeitas de, na opinião delas, terem perdido tempo lendo algo que não gostaram. Não quer dizer que você não vai receber umas sem noção tipo “Você deveria ter deixado a Ana com o José, o Carlinhos é um babaca. Odiei seu livro.”, mas até nessas você deveria pensar, será que o Carlinhos realmente é um babaca e a Ana merecia algo melhor? Meu livro ficaria melhor se ela terminasse com o José? Esse é o famoso leite de pedras que nossas avós nos falavam. Tentem colocar os sentimentos de fora e analisar se a crítica pode te ajudar a melhorar em algo.

5 – Você vai ter que ler

E ler muito. Bons escritores são bons leitores. Você vai precisar ler de tudo, desde biografias até ficções científicas, mas ler com atenção e análise, percebendo recursos narrativos e jogos de palavras. Quando mais se lê, mais sua escrita tende a ser mais surpreendente e agradável para quem lê.

Essas coisas são ótimas! É como uma TV na sua cabeça!

6 – De nada adianta não avançar.

A maioria dos escritores sofre com autocritica. Nada nunca está bom, escrevem e apagam e nunca saem da mesma página. Não apaguem a não ser que deem de cara com um beco sem saída. Escrevam e deixem a autocritica para a revisão. Reescrevam, se for necessário, mas avancem.

7 – Tenha um leitor beta

Ou vários. Leitores betas são aqueles que te mostram quais são as impressões do seu livro, um olhar de fora para o que você está escrevendo. Pode ser um amigo próximo até mesmo sua mãe! Mas tenha! E se a pessoa souber regras do português é melhor ainda pra corrigir errinhos que cometemos.

8 – Escrever é só a ponta do iceberg

Você vai gastar tanto tempo no marketing do seu livro quanto escrever (se gastar menos e não tiver leitores, está aí porque não os tem!) e ainda vai gastar tempo revisando, estudando, lendo, pesquisando… Escrever é a parte fácil, acredite em mim. O difícil é saber o que escrever, como escrever e o que fazer com o que você escreveu.

9 – Você não é o último biscoito do pacote

E vai ter um monte de rascunho ruim antes de ter uma obra prima. Estude, pesquise e continue escrevendo. O terceira sinfonia virá!

10 – Se divirta!

Uma das principais regras de escrever é se divertir. Não escreva para ser famoso, para ter 300 pessoas batendo na sua porta e exigindo um livro novo (isso nem deve ser legal). Quando estamos ocupados querendo agradar, nossas histórias tendem a ser manipuláveis. Lembra do critico opinativo que queria que a Ana ficasse com o João? Pense: você pode ter um motivo forte para Ana terminar com Carlinhos, mas para agradar e conseguir mais leitores, você pode acabar fazendo a Ana ficar com o João só para agradar! Escrever é sobre você, sobre o que você quer passar, não deixe essa essência se perder!

 

 

Referências bibliográficas (em inglês):

1 – https://ericmralph.com/2013/04/14/so-your-want-to-write-a-novel-infographic/?utm_content=bufferdf6d4&utm_medium=social&utm_source=pinterest.com&utm_campaign=buffer

2 – https://joanneguidoccio.com/2015/07/17/10-things-i-wish-id-known-before-deciding-to-write-a-novel/

3 – https://ericmralph.com/2013/04/14/so-your-want-to-write-a-novel-infographic/?utm_content=bufferdf6d4&utm_medium=social&utm_source=pinterest.com&utm_campaign=buffer

 

 


Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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