Nova aposta da DC na televisão chegou ao serviço de streaming Netflix, para a sorte de todos os fãs.
Como todos já sabem, a DC lançou um serviço de streaming próprio para as vindouras séries de super-heróis, mas como ela ainda não foi confirmada no Brasil, a Netflix comprou os direitos e a transformou em mais uma das suas séries originais.
Na trama temos Dick Grayson, um detetive da cidade de Detroit, mas que na realidade leva uma vida dupla como um justiceiro mascarado, o Robin. Cansado de trabalhar para o Batman, Dick passa a se aventurar na nova cidade, longe de Gotham, mas ele não esperava encontrar tantos problemas pela frente, assim que a adolescente Rachel aparece em seu caminho.
Para aqueles que assistiram a famosa animação dos anos 2000, com a abertura cantada por Hihi Puff Ami Yumi, essa série vai ser difícil de engolir, pelo menos no inicio. Aqui a série é para maiores de 18 anos, e não temos aquele encontro para a pizza, um esconderijo secreto, piadas ou momentos fofinhos dos personagens. Ao contrario, a série tem um tom escuro, sombrio, e sangrento. E nada de tramas rápidas de vilões casuais, a temporada é cheia de perseguição e logo, mudança de cidades.
Eu tive dificuldade de aceitar determinadas mudanças nos personagens, mas amei o tom sombrio, a violência e o sangue. O tom da série e seu visual são de grande qualidade, mas a mudança de locais me cansou. A perseguição atrás de Rachel é estranha, e ao menos para mim, cansativa. A “família” que persegue a adolescente também é chata, mas o vilão final é bastante interessante.
A dupla, que também é um casal, Columba e Rapina são excelentes, suas cenas são ótimas e sua interação com Robin funciona. O episódio focado na relação dos dois foi a melhor de toda a temporada. O elenco em si é de qualidade, Brenton Thwaites entrega um excelente Robin, Ryan Potter um bom Mutano, mas minhas surpresas ficaram com a novata de apenas 15 anos Teagan Croft como Ravena, que foi incrível, e Anna Diop que entregou uma ótima Estelar.
A direção da série é falha, as cenas de luta são fracas e sem motivação, apenas o básico de toda cena de luta, muito corte, pouca ação. Esse tipo de cena é de fácil acesso, difícil mesmo é criar uma sequencia de luta real, com plano-sequência, socos e chutes de aparência real. Titãs não entregou nada além do trivial, e por isso as séries da Marvel continuam superiores nesse quesito.
O roteiro é estranho em vários momentos, mas entrega o que se propõe. Embora não tenha nada de espetacular, são os personagens que me intrigam. A forma como muitos deles são apresentados é de um jeito jogado, sem muito preparo. A forma como o grupo é formado, é ainda mais estranho. Sem duvida Robin e Rachel (Ravena) são os melhores em cena, e os melhores no roteiro.
A série entrega boas participações, como o novo Robin, vivido pelo novo discípulo de Batman, Jason Todd. E ainda Moça-Maravilha, Doom Patrol, a sombra do Batman, e várias menções e pequenas participações de vilões conhecidos da gótica Gotham City. Falando em Gotham, o visual da cidade também ficou incrível, na verdade, todos os lugares tem uma bela direção de arte digna de ser lembrada. Mas falando de efeitos visuais, a série também é falha nesse sentido, não sei se faltou verba, mas muita coisa em CGI não ficou do meu agrado. Piores até do que das séries da The CW com a DC, como Flash, Supergirl…
Enfim, depois de altos e baixos, a série consegue entregar algo novo e promissor, um novo futuro para as séries da DC. E embora eu não tenha vibrado em toda a temporada, eu realmente acredito que a segunda vai ser superior, pois ainda temos muito o que conhecer de Estelar, um vilão para derrotar, e enfim, a formação dos Titãs. E espero eu, uma evolução de Robin para Asa-noturna.
Nota: 7.0
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