Uma das séries de maior sucesso da Netflix retornou para a sua terceira temporada, e já tem sido considerada a melhor por muitos fãs.
Depois da decepção em volta da série ‘Os Defensores’, já era de se esperar um certo receio por parte dos fãs, principalmente depois dos cancelamentos de ‘Luke Cage’ e ‘Punho de Ferro’, mas ‘Demolidor’ e ‘Jessica Jones’ continuam vivos, e essa temporada chegou para provar isso. Nesse retorno, a série parte logo após os acontecimentos de ‘Os Defensores’, partindo de um novo ponto da vida de Matt Murdock, ou Demolidor.
A série já havia revolucionado a forma de se fazer cenas de ação na televisão, mas nessa temporada eles conseguiram entregar ainda mais. No quarto episódio, temos mais uma das famosas cenas em plano sequencia, só que dessa vez a cena durou mais de dez minutos, e não teve nenhum corte sequer. O ator Charlie Cox, que interpreta Murdock/Demolidor na série, trocava em momentos específicos com seu dublê durante o movimento de câmera. Ao final da cena, temos um Charlie completamente exausto, e isso fica claro na tela. Uma das cenas mais bonitas que eu já assisti, melhor do que muito filme grande.
Mas as cenas não param por aí, durante a temporada temos vários embates entre Demolidor e Mercenário, e todas elas são excelentes. Mas, não é só de ação que se conta uma boa estoria, não é verdade? Toda a temporada contou muito bem as estorias de outros personagens, como a mente perturbada por trás de o Mercenário, o passado sombrio de Karen, e um olhar mais intimo na vida de Foggy. E claro, temos a volta triunfal de Wilson Fisk assumindo de uma vez por todas o manto de Rei do Crime. Nem um segundo em tela de nenhum dos personagens foi desperdiçado.
Toda a temporada foi muito bem escrita, com uma trama que fluiu com facilidade. Dos antigos aos novos, todos os personagens foram bem aproveitados, em situações que ajudaram na trama. De todas as temporadas, a terceira é a mais bem realizada. O plano de Fisk é realmente estarrecedor, e a forma como ele pressiona o Demolidor a agir também é fruto de uma ótima escrita por parte dos roteiristas.
O final da temporada, que também marca o ultimo embate entre as maiores forças de Hell’s Kitchen, infelizmente deixa a desejar. Naquele momento faltou um pouco mais de coragem por parte dos roteiristas, que até então, estavam fazendo um trabalho impecável. Mas fora isso, a temporada inteira beira a perfeição.
Nota: 9.5/10
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