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Em um mundo pós-apocalíptico, Malorie (Sandra Bullock) e seus filhos precisam chegar em um refúgio para escapar do Problema, criaturas que ao serem vistas fazem pessoas se tornarem extremamente violentas. De olhos vendados para não serem afetados, a família segue o curso de um rio para chegar à segurança.

Oi gente

Hoje estou aqui para falar sobre o mais novo filme produzido pela Netflix: Bird Box ( Caixa de Pássaros). O longa é baseado no romance pós-apocalíptico de mesmo nome, escrito Josh Malerman e publicado pela primeira vez em 2014.

No longa, temos Melorie (Sandra Bullock) como protagonista de um mundo pós-apocalíptico onde estranha criaturas ao serem vistas pelas pessoas as levam a cometerem suicídio ou as deixam meio loucas e extremamente violentas. Por isso, para evitá-las, a venda nos olhos tornou-se uma das principais formas de sobrevivência.

Basicamente, o filme se divide entre o presente e o passado de Melorie. Assim acompanhamos o progresso de uma gestação que ela não desejava ou que pelo menos não se sentia confortável com a sua condição. Temos o vislumbre de um certo drama familiar que ela compartilha com sua irmã, mais afável em relação a sua personalidade durona e em seguida todo o caos causado pela chegada das criaturas na cidade onde Melorie vivia.

Sobreposto a isso, iniciamos o filme com a Melorie do presente, uma caixa de pássaro que é a grande poesia do filme e duas crianças embarcando em um barco e sua jornada solitária e perigosa por um rio.  Enquanto eles deslizam pelas águas em busca de um refúgio seguro, somos transportados através dos passos que levaram Melorie até ali. Então somos tragados para o dia em que sua cidade foi invadida, sua irmã morta e ela presa em uma casa com outras pessoas que se refugiaram ali em busca de abrigo. Ali ela faz amizades, inimizades, luta para sobreviver, dá a luz ao seu filho e ainda ganha no mesmo dia um outro bebezinho que fica sobre sua responsabilidade.

O filme é basicamente isso: a vida de Melorie na casa, a vida de Melorie no barco. Nunca é explicado o que são as criaturas. Nem tão pouco de onde elas vieram. As relações de Melorie com os personagens da casa são superficiais, apesar da diretora do filme, Sussanne Bier, forçar a barra algumas vezes para em criar alguma conexão mais orgânica entre Melorie e os demais personagens.

Porém justiça seja feita, Melorie é uma pessoa aparentemente fria que não conseguia se conectar nem com o bebê que carregava no ventre. Quando vi a relação dela com a gravidez, eu achei interessante, afinal quebra aquela coisa romantizada sobre grávidas. Mas conforme o filme foi avançando, fui vendo que não era exatamente isso, ou eles tentaram fazer isso e não colou muito bem. Tudo isso porque Melorie é seca. Distante. E fria e os motivos para o seu comportamento são diluídos a cada novo corte e cena.

 No filme não estamos dentro da cabeça dela, de modo que não temos como saber como ela se sentia em relação a tudo. Então ficou estranho ou pelo menos mal executado. Porém entre o antes e o depois, existe uma lacuna de cinco anos. Em cinco anos Melorie não conseguiu pensar nem em um nome para as crianças que estavam com ela no barco, porém sua força interior foi o que as manteve vivas  durante a dura viagem pelo rio. E no final… ela finalmente entende como se sentia em relação ao garoto e a garota pelos quais ela lutou com tudo o que tinha.

Não sei como expandir mais os meus pensamentos sobre Melorie, não tive o privilégio de ler o livro, mas tentar entendê-la foi uma parte importante da minha experiencia com o filme e uma das poucas coisas que prendeu de fato minha atenção, admito. Porém, o livro já foi resenhado pelo blog e você poderá saber mais clicando aqui.

E como tudo nessa vida, o filme rendeu uns bons memes. Como decidi que assistiria o filme por causa do hype e dos memes que vieram com ele, compartilho aqui alguns momentos hehehe:

 

https://twitter.com/paulogustavu/status/1077758349897330688

https://twitter.com/eueduramos/status/1077271137955004416

 

De resto… não sei o que pensar, não foi nada do que a gente já não tinha visto antes… Lembra um pouco o filme  Um Lugar Silencioso… Porém ao invés do som, as misteriosas criaturas são atraídas pelas visão e tudo o que eu entendi é que ela usa nossos medos e feridas não cicatrizadas para nos enlouquecer e nos levar ao suicídio.

Confira o trailer:


Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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