Sempre tive o desejo de falar no blog sobre as séries que eu assisto, mas tenho uma dificuldade imensa de fazer isso, porque não sei se devo comentar sobre a série inteira, sobre o episódio que eu vi ou o que exatamente, por isso nunca fiz aqui no blog uma postagem desse tipo, então peço desculpas se essa não ficar boa, será minha primeira postagem.

Como grande fã da série Glee, eu a acompanho desde que foi lançada, defendo a série com unhas e dentes dizendo que não é apenas um musical bobo, é uma série que trata de forma inovadora sobre os problemas que muitos jovens enfrentam hoje em dia e mostra o poder dos “perdedores”, por isso eu não poderia deixar de falar do episódio mais esperado da série, com certeza posso dizer que esse pode se tornar o ponto de divisão da série, afinal perdemos para sempre um dos personagens mais importantes da série. O Finn Hudson, personagem de Cory Monteith que veio a falecer no dia 13 de Julho, devido à uma overdose.

A partir daqui você irá saber spoilers desse episódio, então caso ainda não tenha visto o episódio, recomendo que o veja antes de continuar a ler.

Vamos começar pelo nome do episódio, “The Quarterback”, essa era a posição de Finn no time de futebol americano, mas como Puck bem lembra, quer dizer muito mais, para quem não conhece muito sobre futebol americano, o Quarterback é considerado por muitos o jogador mais importante em um jogo, ele é o responsável por dar inicio as jogadas e fazer os passes, ou seja, ele que direciona as partidas e de certa forma era o que o Finn era para seus amigos e o clube Glee, na primeira temporada foi ele que deu as ideias das músicas que deveriam cantar em uma das competições quando as músicas que o grupo iria cantar foi usada pelos outros corais, então o nome veio muito bem a calhar.

Uma grande dúvida para a maioria dos fãs era saber qual seria o motivo da morte do personagem, seria algum acidente ou o mesmo iria morrer como o ator, ou seja, por uma overdose? Como a série fala muito sobre os problemas dos jovens, muitos acreditaram que o Ryan usaria isso de gancho para falar sobre as drogas, mas a grande questão é que os fãs já aprenderam essa lição, precisaria também trata-la na série? Já temos a banalização de muitos se referirem ao Cory como um drogadinho qualquer, precisaria criar essa banalização na própria série? E importa mesmo o que o levou à morte? Um erro e sua vida toda se resume à isso? Por isso eu achei fantástico sobre como foi explicado sobre a morte do Finn, logo no começo do episódio todos já sabemos que nada sobre como ele morreu será dito, isso devido à seguinte fala do Kurt Hummel, personagem de Chris Colfer.

“Todos querem falar sobre como ele morreu mas quem se importa? Um momento na vida dele. Preocupo-me mais em como ele viveu.”

Nesse episódio temos também a presença de todos os personagens do antigo elenco, a única que não apareceu foi a Quinn Fabray, personagem de Dianna Agron, não se tem um comunicado oficial do porque ela foi cortada desse episódio, já que no inicio do seriado a Quinn era namorada do Finn, o que deveria fazer com que ela tivesse a presença marcada nesse episódio.

Apesar de o episódio se tratar de perda e ter muito choro, confesso que esperava um episódio mais dramático, mas acho que Ryan não é tão fã de Drama (os dramas em Glee são sempre amenizados) e eu estava esperando um grande momento em relação à personagem Rachel, interpretada por Lea Michele, pois Rachel era totalmente ligada ao Finn, além de que a atriz era noiva de Cory, mas a cena que ela aparece não foi a que mais me emocionou, Rachel aparece apenas no final do episódio e canta uma música bem triste em homenagem ao Finn, mesmo assim não foi a parte que mais me fez chorar.

Os pontos altos desse episódio para mim foram os momentos no quarto do Finn, quando Carole Hudson, mãe do Finn interpretada por Romy Rosemont, fala sobre como seguir em frente sem ele, o episódio se passa três semanas após a morte do Finn e ela fala sobre pensar nele o tempo todo, essa aqui foi a frase que mais me emocionou:

“Como os pais podem continuar quando perdem um filho? Você sabe, quando eu via essas coisas no noticiário, eu parava, porque era apenas muito horrível pensar, mas eu sempre pensava: Como é que eles acordam todos os dias? Quero dizer… Como eles respiram querido? Mas você acorda. E apenas por um segundo, você esquece. E então… Oh, você lembra. E é como estar recebendo aquela ligação de novo… E de novo, o tempo todo. Você não consegue parar de acordar. Você tem que continuar sendo um pai, mesmo que você não vá ter um filho de novo.”

Com certeza esse foi a parte mais triste e marcante desse episódio, pelo menos para mim, a dor de uma mãe perdendo um filho com certeza é a pior dor que existe, outra parte também que me emocionou muito foi quando, nessa cena, eles estavam separando as coisas que seriam doadas e o Kurt pega a jaqueta dele e a coloca falando:

“Oh, n-não. Eu preciso disso. Eu quero. Vendo ele vindo no corredor vestindo isso… Era como se o Super Homem tivesse chegado.”

Ao longo do episódio você descobre que não é apenas o Kurt que precisa daquela jaqueta, todos precisam ela, ela é a parte mais marcante de Finn e acho que nós fãs também precisamos daquela jaqueta. Outra parte que me emocionei também nessa cena (como eu disse essa é a cena mais emocionante do episódio para mim) foi o depoimento do Burt Hummel, personagem interpretado por Mike O’Malley:

“Deveria ter o abraçado mais, sabe? Você sabe, nós fazíamos colisão de punho ou fazíamos high-five, mas… Eu deveria ter dado mais abraços nele. Você sabe, a última vez que eu vi ele, ele estava tão chateado com algum teste da escola, e… Eu só, você sabe… Disse pra ele para voltar para isso, você sabe? Ele merecia isso. Foi uma hora perfeita pra um abraço. Mas por alguma razão, eu só… Eu dei um tapinha nas costas dele… E é isso. Agora ele se foi.”

Essa parte é uma das maiores lições do episódio, sobre amarmos e abraçarmos mais aqueles que amamos, porque por mais que a gente ache que sempre terá tempo, não teremos, não sabemos nunca quando alguém nos deixará para sempre e temos sempre que fazer com que a pessoa saiba o que sentimos por elas, não podemos deixar nada para amanhã.

Após essa cena alguns outros personagens falam sobre ele, mas acho que nada tão emocionante como esses trechos, algumas músicas são cantadas em sua homenagem e na minha opinião a melhor sacada foi a da Mercedes, personagem de Amber Riley, ao cantar a música “I’ll Stand By You”, o porque essa foi a melhor sacada? Porque essa música foi cantada pelo próprio Finn na primeira temporada, então eu fiquei vendo a cena dele cantando ao mesmo tempo que a Mercedes cantava.

Agora com certeza o personagem que deu um show e me fez chorar o tempo todo que ela aparecia foi a personagem da Naya Rivera, a Santana, a música que ela cantou “If I Die Young”, me fez chorar demais, ela foi a música top do episódio e ver a Santana, que é toda durona, não conseguir cantar a música até o final criou um sentimento mais real.

No fim, eu tinha expectativas muito altas para esse episódio, esperava mais drama, mas foi bom, os fãs já estão sofrendo seu próprio drama com o luto da perda de Cory Monteith, acho que se apelassem mais para o drama , muitos fãs não iriam conseguir superar essa perda, Cory foi um ator que sempre era visto brincando e divertindo as pessoas, um tributo à ele que nos fizesse apenas ver a perda e não como foi bom conhece-lo, não seria um episódio que faria jus à ele.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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