Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.

Minha historia com esse livro começa na Bienal do Livro, eu gostei muito do filme “O Lado Bom da Vida” e depois que vi o filme comprei o livro mas ainda não tinha lido (mais a frente vou falar sobre o livro e fazer um comparativo dos dois), quando o Matthew Quick veio ao Brasil, na Bienal do Livro autografar seus livros, eu esqueci de levar o meu “O Lado Bom da Vida”, para não ficar sem o autógrafo dele eu acabei comprando “Perdão, Leonard Peacock” e o meu livro foi o ultimo (literalmente) a ser autografado.

Não dava nada pelo livro e me xinguei de todos os nomes possíveis por não ter levado o meu “O Lado Bom da Vida” onde ele estaria autografado agora, até que meu amigo, Uchiha Michel (que também fez uma resenha desse livro) falar que leu e que esse era o melhor livro que ele tinha lido em 2013, como estava procurando algum livro para ler (já estava em dia com minhas séries literárias) peguei o Perdão para ler e tenho que dizer que adorei ter sido esse meu livro autografado pelo Matthew.

O livro conta a historia de Leonard Peacock, um garoto introvertido, que mora sozinho, pois sua mãe vive em NY, bem longe dele, é aniversário de Leonard seu dia já está programado, ele hoje irá matar seu ex-melhor amigo e se suicidar em seguida com a P-38 nazista pertencente ao seu avô, mas antes disso ele tem que presentear as quatro pessoas mais importantes da sua vida:

Walt, um vizinho idoso sem muitos prazeres na vida a não ser fumar e assistir seus filmes de Humphrey Bogart.

Baback, um estudante da mesma escola que ele mas de outra nacionalidade, excelente músico, toca violino de uma forma que faz Leonard viajar.

Lauren, uma garota cristã que passa os dias tentando levar a palavra de Deus até as pessoas na estação de trem e Leonard tem uma grande queda por ela.

Her Silverman, seu professor sobre Holocausto, que parece ter um grande mistério por sempre usar camisas de manga, mesmo nos dias mais quente, além de ser o único professor que parece realmente se preocupar com os alunos.

Durante o decorrer da historia você conhece um pouco mais sobre essas pessoas, como Leonard os conheceu e porque são importantes na vida dele, no fundo tudo o que Leonard quer é saber que é importante para alguém e ter uma esperança que no futuro as coisas vão ser melhores, com o tempo você descobre também o porque Leonard quer se matar e matar seu ex-melhor amigo, você descobre também como um melhor amigo se torna alguém que Leonard quer matar.

O livro te faz refletir muito e se emocionar com a historia de Leonard, todo momento você torce para que algo acontece e Leonard mude de ideia até o final.

O livro me fez fazer um tour pela minha adolescencia e me lembrar das coisas ruins que me fizeram superar, por isso tinha vontade de entrar no livro e falar “Leonard, aguente firme, você vai ver que as coisas podem ser melhores, nem todos os adultos são tristes em seus empregos, por favor, aguente firme” e se tiver algum “Leonard” lendo esse blog, fica esse o conselho, aguente firme, as coisas vão melhorar.

Um personagem que eu gostei muito também foi o Her Silverman, que mostra como simples gestos podem mudar a vida de alguém e que você tem que fazer o que acha certo, mesmo que algumas pessoas vejam isso de forma ruim, as vezes um olá, um aperto de mão, pode mudar tudo.

Her Silverman é uma inspiração para mim, atualmente trabalho como instrutora de informática e desejo do fundo do meu coração ser uma professora tão boa quanto Her Silverman é, não apenas em questão de conhecimento passado, mas também sobre o cuidado com os alunos e a atenção dada a eles.

O livro é simplesmente fantástico e espero de verdade ver um filme dele em breve, é uma leitura que aconselho à todos e agradeço de coração ao Michel por ele ter torrado tanto o meu saco sobre esse livro que me fez ter vontade de lê-lo e depois que comecei, não conseguia parar até termina-lo.

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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