“A sequência nunca é melhor que o original.” – ditado popular.
Não sei se sou adepto a esta regra – em trilogias, por exemplo, o segundo capítulo é geralmente o melhor da saga -, e, particularmente no caso de “Anjos da Lei”, não poderei opinar, pois não vi o primeiro. Infelizmente! O segundo provou-se uma boa surpresa para quem não esperava nada, sabendo facilmente levar o público a gargalhar alto e ainda brincando de maneira inteligente com as manias de Hollywood.
“Anjos da Lei 2” não é o tipo de filme que qualquer um chamaria de genial. De fato, temos aqui problemas sérios na direção, e a premissa não é lá inovadora nem especialmente chamativa. Ainda assim, durante quase duas horas, o filme se segura e procura risadas até onde estas não deveriam existir. O porquê? Um roteiro bem feito, que nunca se leva a sério, e sempre – sempre! – consegue surpreender seu público, nunca se contentando com piadas óbvias.
Ainda, a sequência brinca com a metalinguagem e com a indústria de continuações Hollywoodianas: os momentos finais, por exemplo, são simplesmente épicos. “Anjos da Lei 2” é feito por pessoas que entendem o que é comédia. Isto, somado às atuações cômicas espetaculares de Channing Tatum e especialmente Jonah Hill, torna “Anjos” um filme surpreendentemente divertido. É incrível ver um besteirol americano que sabe entreter, sem nunca ter que menosprezar o intelecto de seus espectadores.
“Anjos da Lei 2” é escandalosamente hilário. Completa e assumidamente guilty pleasure, o filme cumpre o papel de divertir, e mergulhando seus espectadores em ataques incontroláveis de riso com facilidade.
Nota: 6,5/10
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