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Em sua última missão, a alquimista Sydney Sage foi enviada a um colégio interno na Califórnia para proteger a princesa Moroi Jill Dragomir, e assim evitar uma guerra civil entre os vampiros que certamente afetaria a humanidade. Porém, a convivência com Jill, Eddie e principalmente Adrian leva Sydney a perceber que talvez os Moroi não sejam criaturas tão terríveis assim – e ela passa a questionar os dogmas que lhe foram ensinados desde a infância. Tudo se torna ainda mais complicado quando Sydney descobre que talvez tenha a chave para evitar a transformação em Strigoi, vampiros malignos e imortais, mas esse poder mágico a assusta. Igualmente difícil é seu novo romance com Brayden, um cara bonito e inteligente que parece combinar com Sydney em todos os sentidos. Porém, por mais perfeito que ele seja, Sydney se sente atraída por outra pessoa – alguém proibido para ela. E quando um segredo chocante ameaça deixar o mundo dos vampiros em pedaços, a lealdade de Sydney será colocada mais uma vez à prova. Ela confiará nos alquimistas ou em seu coração?

Ler os livros escritos por Richelle Mead é sempre um grande problema, isso porquê você não consegue parar de lê-los e isso acaba gerando uma grande ansiedade quando o livro em questão ainda não possui continuação lançada por ela. É de esperar roendo as unhas. Exatamente o aconteceu comigo durante os meses que eu esperei o lançamento de “O Lírio Dourado”, segundo volume da série Bloodlines.

Considerei o primeiro volume dessa série, “Laços de Sangue”, um livro mediando; com momentos óbvios e outros inteligentes, demonstrando a pura sagacidade e criatividade dessa autora, que conseguiu aproveitar um universo maravilhoso criado por ela em “Academia de Vampiros”, acrescentando novas informações que tornou seu negócio algo ainda mais incrível e delicioso de se ler. Como sempre faz em todo o primeiro volume de suas séries, Richelle foi preparando o terreno, levantando questões, e claro, aproximando os mocinhos, Adrian e Sydney, de um jeito suave, natural, deixando o envolvimento de ambos para ser desenvolvido nos volumes seguintes. Em todos os livros que eu li dessa mulher, os mocinhos nunca embarcam numa paixão arrasadora no primeiro livro. Richelle sempre deixa os sentimentos entre eles suspensos no ar e vai lhe dando com isso nos livros seguintes, o que acaba por nos deixar extremamente necessitados por suas continuações. No final você acaba tornando-se uma torcedora ávida e manchando as páginas dos livros com lágrimas.

E confesso que é mais para saber qual rumo ela dará para seus personagens centrais que me deixa tão louca da vida de ler e devorar seus novos lançamentos (adoro um bom romance). Não foi diferente com Adrian e Sydney, e assim, parti para a leitura de “O Lírio Dourada” ansiosa para saber se os sentimentos de um pelo outro ganharia um melhor destaque, vindo a ser mais escancarado.

No entanto, apesar de ter me deliciado em todos os momentos entre Sydrian, tenho que admitir que esse segundo volume é um tanto quanto parado, nada de muito relevante acontece, pelo menos até a metade do livro, talvez porque Richelle explique bastante como funciona toda a política dos alquimistas, sempre com um toque de humor e com tiradinhas engraçadinhas de sua parte – simplesmente amo sua narrativa.

Neste volume Sydney está bem mais aberta em relação aos Morois. Ela não precisa lidar com o conflito de achá-los repulsivos, ou criaturas das trevas, como ela mesma repetiu  inúmeras vezes para si mesma em outras ocasiões. Aqui, seu carinho e preocupação por Eddie e Jill é delineado o livro todo, e fica mais evidente quando ela transpassa seus problemas pessoais para ajuda-los incontáveis vezes.

E acho lindo como Richelle vai retratando os sentimentos de Adrian pela nossa Alquimista, embora ele tenha que lidar com o fato de que Sydney tem muitos demônios e crenças que a impede de se entregar logo em seus braços. Mas Sydney começa a combater esses próprios demônios neste volume. Ela faz comparações o tempo todo, e a cada encontro se pega pensando o quanto toque de Adrian sobre sua pele a deixa elétrica, pensa no Moroi na maioria das vezes, e fala dele sem motivo algum. Isso não são sentimentos de quem está apaixonada ? Se não for, eu não sei o que mais poderia ser.

As batalhas pessoais da nossa protagonista não terminam por aí, com diálogos muito esclarecedores e duvidosos Sydney começa a se debater com outras questões; sobre o que aprendeu em todo esse tempo com os Alquimistas, se eles são mesmo a visão pura e pacífica que ela mantém sobre eles. Além disso, ela precisa lhe dar com os assédios inocentes de sua professora de história, que insiste em ensiná-la magia de forma indireta, por osmose, já que Sydney se nega a aceitar o talento nato que tem pra coisa.

E tenho que dizer o quanto a capa desse livro é ma-ra-vi-lho-sa. Dourada. Muito bem elaborada, a Editora Seguinte está de parabéns pelo bom trabalho.

O final, como sempre, me deixou louca para ler a continuação. O que me fez caçar uma versão online do terceiro volume, “O Feitiço Azul” e já estou quase na metade dele. Falo dele aqui quando terminar.

Livros da série publicado no Brasil até o momento:

Minha música para Sydney e Adrian 🙂

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Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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