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Sydney estava encrencada. Em sua última missão, ela tinha ajudado a dampira Rose Hathaway a escapar da prisão, e essa aliança foi considerada uma traição grave, já que vampiros e dampiros são criaturas terríveis e antinaturais, ameaças àqueles que os alquimistas devem proteger – os humanos. Com sua lealdade colocada em questão, Sydney se sente obrigada a voluntariar-se para uma tarefa nada agradável – ajudar a esconder Jill Dragomir, uma princesa vampira que está sendo perseguida por rebeldes que querem o poder. Caso ela seja capturada e assassinada, a rainha Lissa ficará sem nenhum parente vivo e, como manda a lei, terá de abdicar do trono – o que culminará numa guerra civil tão sangrenta no mundo dos vampiros que certamente afetará a humanidade.

Assim, pelo bem dos humanos, Sydney aceita se disfarçar de estudante e passa a conviver diariamente com Jill e seu guardião Eddie, quando os três são matriculados como irmãos no último lugar em que qualquer um procuraria a realeza dos vampiros – a Escola Preparatória Amberwood, em Palm Springs, na Califórnia. Mas entre uma pizza e outra, entre um jogo de minigolfe e uma conversa sobre garotos, ela começa a ter a sensação de que talvez esses seres estranhos não sejam tão maus assim, principalmente Adrian, um vampiro muito próximo de Jill que desperta os sentimentos mais contraditórios – e proibidos – em Sydney…

O problema é que além de refletir sobre suas convicções e se preocupar com o seu coração, que anda acelerando mais do que deveria, a garota terá de encarar outros inconvenientes um pouco mais graves, como as tatuagens que viraram febre entre os alunos da escola e que parecem conferir poderes sobrenaturais a quem as usa. De que ingredientes elas eram feitas? Quem estaria por trás disso? Será que havia algum alquimista traidor entre eles? Caberá a Sidney resolver todos esses mistérios e garantir a paz entre os humanos antes que seja tarde demais.

Antes de mais nada eu gostaria de dizer que: EU AMO A RICHELLE MEAD, mas de jeito nenhum achei que ela encerrou bem a série Academia de Vampiros. Claro que o último livro de Vampire Academy, Último Sacrifício, é muito bom, mas Richelle focou-se muito em certas coisas (mesmo sendo elas importantes) e por isso acabou por deixar muitas pontas soltas e questões mal resolvidas. Assim, quando eu soube que ela lançaria um spin-off da série, fiquei me perguntando se ela fez isso porque deixou essas lacunas vazias em o “Último Sacrífico” ou até mesmo se ela deixou essas lacunas já com a intenção de prosseguir com a história, mas pelo ponto de vista de outros personagens. Sinceramente eu não sei se foi uma atitude intencional ou não.

De qualquer forma, o que não se pode negar é o talento nato que essa mulher tem para criar histórias e possibilidades fantásticas.

Laços de Sangue é o primeiro volume da série Bloodlines, que conforme eu falei, é um spin-off de Academia de Vampiros, onde o foco principal é a humana alquimista, Sydney e o  vampiro Moroi – meu amor grande amor – Adrian Ivashkov. Além desses dois, também temos a possibilidade de um contato maior com a Jill e com o Eddie, todos personagens com vidas mal resolvidas em “Academia de Vampiros”.

Um pouco depois do desfecho de ” Último Sacrifício”,Jill, a irmã recém descoberta da Lissa sofreu um ataque de alguns Moroi que não concordam com a rainha que têm. Por causa disso ela precisou ser retirada da corte e ser protegida. Assim Sydney acaba sendo envolvida no esquema, juntando-se a Adrian e a Eddie para proteger a menina que se matrícula em uma escola particular na Califórnia.

Eu achei a sacada de Richelle muito boa, mas achei muitas coisas na trama de “Laços de Sangue” ridiculamente fracas. Me surpreendi muito pouco ou quase nada lendo esse livro. Achei até muito clichê.

O que me deixou mais feliz, foi a oportunidade de ter um novo contato com esses personagens que eu tanto aprendi a amar, ainda mais com o Adrian que eu sempre amei demais e nesse livro ele é muito mais aproveitado e explorado. Gostei do jeito com o qual a Richelle abrangeu a personalidade dele; mimado, triste por causa de seu término traumático com a  Rose, fanfarrão, sensível, às vezes até babaca demais, o que me deixava incomodada com ele(não com raiva, jamais) e com pena da Sydney por ter que aguentar todas as rabugices repentinas dele.

Pois é, fiquei cheia de pena da Sydney, não por ela se ver de repente no meio de um monte de vampiros mimados e imprevisíveis , mas sim pela carga pesada e triste que a personagem carrega. Os alquimistas são humanos que possuem conhecimento do mundo dos vampiros e são eles os responsáveis por manter esse mundo apenas no imaginário dos demais humanos. Todas às vezes que um Strigoi é morto, eles estão por perto para dar um fim nos corpos, para por fim nos boatos caso algum humano(que realmente tenha visto) saía por aí dizendo que viu vampiros. Sydney nasceu numa família de alquimistas e sobrou pra ela a responsabilidade de passar o bastão em diante. Por isso a garota foi treinada de forma rigorosa pelo pai(se é que posso chamar aquilo de pai/Tá. Não quero ser dura. Vai ver existe um motivo para aquele comportamento – Tô lendo muito Naruto) sendo afastada de tudo o que uma menina, uma adolescente normal gostaria de fazer. Sydney tornou-se uma pessoa brilhante e inteligente( tipo nerdona boa samaritana) mas que possui grandes dificuldades em se relacionar socialmente com as pessoas, ainda mais com Morois e sua magia, algo que é quase uma fobia para a personagem.

Eu gostei desse lado da história, gostei de ver a Sydney se relacionando e descobrindo o quanto era bom estudar numa escola normal e ter amigos. Gostei de seus conflitos íntimos, que ocorriam todas às vezes que ela percebia o quanto se envolvia mais com os Morois que sempre aprendeu a temer. Fora que ela é boa e inocente, tão amável e caridosa. Sempre preocupada em ajudar mas sem se preocupar se o mesmo seria feito por ela. Gostei muito dela. Fora que ela é totalmente diferente das protagonistas que Richelle costuma criar – nada da sensualidade e do humor forte e extrovertido que a autora costuma explorar em suas mocinhas. Sydney é… normal.

Acho que a adaptação de Sydney neste novo universo é a grande jogada desse livro. Acho que Richelle usou esse primeiro livro para preparar o terreno para o que vem em diante, já que tá na cara que ela e o Adrian vão se envolver daquela forma bonita e de cortar o coração, que apenas Richelle consegue escrever. Digo isso porque romances entre vampiros e humano é um grande tabu dentro da história e a própria Sydney demonstra uma grande aversão ao assunto.

O envolvimento entre ela e o Adrian foi outra coisa que eu gostei de acompanhar. Richelle soube colocar um na vida do outro de forma sutil e espontânea. Eles vão ficando mais próximos aos poucos e mal dá pra perceber. Uma mistura interessante de personalidades já que os dois são muito parecidos e ao mesmo tempo não são.

O segundo livro da série, Lírio Dourado, tem sua previsão de lançamento entre outubro e novembro. O que me deixa muito feliz, já que terminei essa leitura louca para ler a continuação e ver o que Richelle está guardando para Adrian e Sydney. A Editora Seguinte, também divulgou que o terceiro livro, Feitiço Azul, deve ser lançado no primeiro semestre de 2014.

Livros da série “Bloodlines” :

Mione Le Fay é carioca, formada em Jornalismo. Escritora, professora de informática, apresentadora e produtora de eventos. Apaixonada por livros e fotografias, encontra nesses nessas duas artes uma forma de mostrar tudo o que existe em seu mundo.

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  1. […] Como foi dito já de forma exaustiva aqui no blog, o filme foi baseada no primeiro volume de uma série de seis livros escritos por Richelle Mead, uma autora que eu particularmente amo de paixão. Adoro a atmosfera que ela cria em suas estórias, a audácia de suas mocinhas, a capacidade que ela tem de falar sobre tudo em seus livros – amor, paixão, amizade, humor, ação. Considero Richelle uma das autoras mais completas da atualidade, e única em sua esfera de trabalho. […]

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